Arquivo para 24 de junho de 2009

Onda de demissões eleva custos dos planos médicos.

Demitido da Embraer, onde trabalhou durante 20 anos, o fresador de usinagem mecânica Julio Cesar da Silva, sua esposa e seus dois filhos planejam fazer uma série de exames médicos antes de terminar a validade do plano médico, benefício concedido durante um ano para os 4,2 mil demitidos da Embraer. “Pretendo fazer um check-up. Também já falei para minha mulher e dois filhos fazerem o mesmo”, disse Silva, 39 anos, cuja esposa, que trabalhava como doméstica na casa de um ex-funcionário da Embraer, também perdeu o emprego no mês passado.

Como a família Silva, outras milhares de pessoas também estão usando muito mais os planos médico e odontológico porque foram dispensadas ou por conta do medo de uma possível demissão. As empresas que descontam uma parcela do plano de saúde em folha de pagamento são obrigadas a manter o benefício entre seis meses a dois anos, após a dispensa do empregado.

Apesar do risco de um passivo futuro, cerca de 35% das mil maiores companhias no Brasil ainda cobram do funcionário um percentual do custo do plano de saúde. Existe esse risco de passivo porque a taxa de sinistralidade – que indica quanto o custo com atendimento de clientes representa da receita das operadoras de planos de saúde – com ex-funcionários chega a ser três vezes superior quando comparado à sinistralidade dos empregados. Além disso, é comum os funcionários que não foram demitidos irem mais ao médico prevendo que podem ser os próximos.

Antes da crise estourar, os gastos médicos com demitidos não eram vistos com tanta preocupação pelas operadoras – eram casos pontuais. Mas, com a onda de demissões, as operadoras já começam a sentir no balanço os efeitos desse maior uso dos planos.

Levantamento realizado no mercado – mostra que após o estouro da crise (novembro de 2008 a dezembro de 2009) houve aumento de 9,3% no número de exames e de 8,6% no de consultas médicas. Levando-se em consideração apenas os titulares dos planos, a quantidade de consultas aumentou 12,9%. Com isso, o gasto médio mensal por usuário saltou de R$ 103,42 para R$ 118,48. O levantamento foi feito com 120 mil beneficiários no período de novembro de 2008 a fevereiro de 2009 em relação a novembro de 2007 a fevereiro de 2008.

Diante desse cenário, é esperado um crescimento de 6% a 12% na taxa de sinistralidade nos próximos 12 meses nos planos corporativos. “Em processos demissionais, as pessoas usam mais o plano de saúde, antecipam cirurgias e tratamentos que estavam sendo postergados. Além disso, estudos mostram que há um incremento do stress, o que leva ao surgimento de diversas doenças”, explicou Marcelo Munerato de Almeida. Esses beneficiários são funcionários de 350 grandes companhias como Unilever, McDonald’s, Kraft, Peugeot, Arcelor e o banco HSBC.

O aumento no índice de sinistralidade também é provocado pela inflação médica, que no ano passado ficou entre 8% a 10%. Essa inflação é resultado no aumento nos custos de medicamentos, procedimentos e equipamentos médicos. Porém, as operadoras promoveram em média reajustes equivalentes, entre 8% a 10% nos planos corporativos. Nessa modalidade de plano, existe a livre negociação entre operadoras e empresas. Já nos planos individuais, o último reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi de 5,48%.

Os balanços referentes a 2008 das maiores operadoras de saúde mostram que elas já estão sentindo o impacto do desemprego, com a elevação no índice de sinistralidade.

Na Odontoprev, a maior operadora de planos odontológicos do país, a sinistralidade no quarto trimestre do ano passado ficou em 46% – acima dos 44% do mesmo período de 2007. “Esse aumento realmente já é reflexo dos usuários usando mais o plano com medo da demissão”, diz Randal Luiz Zanetti, presidente da OdontoPrev, que conta com 2,4 milhões de vidas. “A demissão pode ocasionar uma depressão e mais casos de doenças. As pessoas acabam usando mais o plano nesses momentos de crise”, complementa Humberto Modenezi, superintendente geral da Unimed-Rio, cuja sinistralidade em 2008 ficou em 77,1% , acima dos 76,1% verificados em 2007.

Com 3,2 milhões de beneficiários, a Amil também registrou aumento na taxa de sinistralidade no quatro trimestre, que ficou em 69% contra 67,6% do mesmo período de 2007.

As seguradoras de saúde também tiveram crescimento na taxa. Na Sul América, a sinistralidade no quarto trimestre atingiu 75,3% contra 70,5% registrado no mesmo trimestre de 2007. Na Bradesco Saúde, maior plano de saúde, a sinistralidade nos planos corporativos aumentou de 79,9% em 2007 para 82,7% no ano passado.

Para compesar o aumento da sinistralidade, as operadoras devem pressionar os hospitais e laboratórios para que eles baixem seus preços. (BK)

Data: 02.04.2009 – Fonte: Valor Econômico | SP

Não é como sua mãe dizia: Médicos derrubam 57 verdades transmitidas de geração para geração

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Elas são tão antigas que ninguém mais sabe quando ou por que surgiram. Mas o fato é que dezenas de ideias equivocadas sobre nosso corpo e nossa saúde permanecem ano após ano em uma lista de verdades absolutas – sem que tenham qualquer fundamento. São falácias como a recomendação de que se deve consumir oito copos de água por dia ou então que é preciso cortar o cabelo para que os fios cresçam mais fortes.

Agora, um livro que acaba de ser lançado nos EUA se propõe a derrubar alguns dos mais populares desses mitos da medicina. Intitulada “Don’t Swallow your Gum – Miths, Half-Truths and Outright Lies about your Body and Health” (Não engula o seu chiclete – mitos, meias verdades e mentiras sobre o corpo e a saúde), a obra foi escrita pelos pediatras Aaron Carroll e Rachel Vreeman e será publicada no Brasil no próximo semestre…clique aqui para ler essa matéria na íntegra.

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Fonte: Revista Isto É (Edição 2067 – 24 JUN/2009)

Canal GNT estreia série de humor “Gente lesa” sobre sustentabilidade

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Cansado do didatismo com que programas da TV sobre sustentabilidade costumam tratar o tema, o diretor e roteirista Alê Braga resolveu apelar para o poder da teledramaturgia. E da comédia, que é usada da maneira mais politicamente correta possível em “Gente lesa”. No bom sentido. A série, que estreia no próximo sábado, às 21h, no GNT, quer fazer graça mas também conscientizar.

– Percebemos que todo mundo tem um lado lesado, no sentido da gíria mesmo. Eu prefiro dizer “descuidado” e “desatento” a pensar em má fé. Pisamos na bola, fazemos errado, sempre tem alguém que comete uma bobagem. Por exemplo: uma fila dupla de carros na frente do colégio parando o trânsito de 15 quarteirões. Você vê aquilo e para seu carro atrás, mas tem alguém que foi cara de pau primeiro, ou que jogou o primeiro saco de lixo no terreno baldio – diz Braga, que dirige a nova série e é também responsável pelo roteiro, ao lado de um time de autores…para ler essa matéria na íntegra clique aqui. Confira o making of da série abaixo:

Fonte: O Globo


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