Uso de planos de saúde no Sudeste é o triplo do Nordeste
Da Redação, em São Paulo.
O percentual de moradores com planos de saúde privados na região Sudeste é quase o triplo do registrado no nordeste -35,6% contra 13,2% (veja gráfico abaixo). No Brasil inteiro, cerca de 26% da população (49 milhões de habitantes) tem um plano. Os dados são de 2008, foram coletados pela Pesquina Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira. As diferenças regionais e sociais são sublinhadas no nível de adesão aos planos. As regiões mais ricas lideram o ranking. Depois do sudeste, com 35,6% de sua população atendida por planos de medicina privada, vêm o Sul (30%), o Centro-Oeste (24,6%), o Norte (13,3%) e o Nordeste (13,2%). Pnad 2008 mostra que 17,2% dos brasileiros fumam Ir ao banheiro sozinho é desafio para 6,7 milhões de brasileiros Pressão alta e problema na coluna são doenças crônicas mais citadas por brasileiros Quase metade das brasileiras com 25 anos ou mais nunca fez mamografia Menos brasileiros avaliam seu estado de saúde como “bom” ou “muito bom” Mais de 10% dos brasileiros nunca foram ao dentista Retirada de útero é mais frequente em brasileiras com menor escolaridade 73% dos brasileiros procuram serviços de saúde com regularidade Os pobres são os mais desprotegidos no país inteiro. A diferença de cobertura por plano de saúde entre os que ganham menos e os que ganham mais passa de 30 vezes. Entre os que ganham até um quarto do salário mínimo, apenas 2% têm plano de saúde. Na faixa com rendimento acima de cinco salários mínimos mensais, 63,2% têm um plano assistencial. As populações urbanas do país têm quase cinco vezes o percentual de planos de saúde em relação aos habitantes da zona rural: 29,7% na cidades em comparação com 6,4% no campo. Quase um terço (28,7%) de quem tem plano de saúde no Brasil todo não paga a mensalidade -recebe algum benefício, como pagamento integral pela empresa onde trabalha. A fatia mais representativa de valores mensais pagos pelo plano é a de R$ 100 a R$ 200, com 14,5% dos usuários pagantes. A segunda faixa é de R$ 50 a R$ 100, com 13,1% dos pagantes. Entre os usuários de planos, 4,5% pagam mais de R$ 500 por mês. Quem paga A maior parte dos titulares dos planos paga o serviço por meio de seu trabalho (43,2%), enquanto 28,1% pagam diretamente à prestadora de serviços. Um em cada cinco titulares de planos têm seus gastos totalmente cobertos pelo seu patrão. Além das mensalidades pagas, 29,3% das pessoas precisam realizar pagamentos adicionais pelo serviço utilizado. O copagamento é mais frequente em planos que abrangiam apenas consultas médicas (47,8%) e consultas médicas e exames complementares (52,4%). A maioria dos planos de saúde, 88,9%, dá direito a consultas, internações e exames complementares. O percentual de mulheres cobertas por plano de saúde (26,8%) é maior do que o dos homens (24,9%), porém a maioria delas fica na condição de dependentes de outra pessoa (60,8% das mulheres cobertas são dependentes). Os homens que são dependentes no plano de saúde representam 42,5% do total de homens cobertos. A cobertura por plano de saúde cresce conforme a idade aumenta. Entre pessoas de 0 a 18 anos, 20,8% tinham pelo menos um plano. No grupo de 19 a 39 anos, o índice é de 26,7%. Nos grupos de 40 a 64 e de 65 anos ou mais, o percentual é próximo, de 29,8% e 29,7%, respectivamente.
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2010/03/31/uso-de-planos-de-saude-no-sudeste-e-o-triplo-do-nordeste.jhtm
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