Definindo Diabetes

Dra. Luciana Diniz Carneiro Spina Endocrinologia e Diabetologia CRM: 5262528-0 Especialista Titulado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Membro da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Mestrado e Doutorado em Endocrinologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

1. O que é diabetes, quais as principais diferenças entre os tipos existentes e quais os sintomas?

É uma doença de causas variadas, devido a falta total ou parcial de insulina (hormônio produzido no pâncreas) e/ou incapacidade da insulina de exercer suas ações. Como conseqüência as células não aproveitam adequadamente a glicose no sangue, provocando sua elevação.

Tipo 1 – È a forma mais grave e menos freqüente. Normalmente ocorre em crianças, adolescentes e adultos jovens, quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. Nesses casos, injeções de insulina precisam ser usadas diariamente. Nessas pessoas, sem o tratamento adequado, o nível de açúcar no sangue se apresenta muito elevado Devido à gravidade da doença é necessário tratamento bastante intenso. Caso contrário, o paciente pode entrar em estado de coma diabético, também conhecido com cetoacidose.

Tipo 2 – Esse é o tipo mais comum da doença. Acometem com maior freqüência os adultos. Na maioria dos casos está diretamente associada à vida sedentária e à obesidade, principalmente naqueles com o aumento de gordura na região do abdômen. Nesses casos, o doente não apresenta ausência de insulina, na verdade, há uma resistência a ela e seus níveis podem até estar elevados. Entre as complicações provenientes da doença estão, a diminuição da visão, problemas nos rins, problemas cardíacos e de circulação do sangue. Esse tipo de diabetes é decorrente de uma pré-disposição hereditária associada aos maus hábitos alimentares, ao sedentarismo, à pressão alta e aos níveis de gordura no sangue elevados. Geralmente quando as pessoas percebem os sintomas a doença já pode estar instalada no organismo há um determinado tempo. O açúcar elevado no sangue pode causar sintomas como visão turva ou embaçada, muita sede, urina abundante, tonteiras, dificuldades de cicatrização de machucados, cansaço, dormências e formigamentos, principalmente nas pernas.

2. O consumo de açúcar pode provocar a doença? Por que?

O fato de consumir açúcar em grande quantidade não faz com que a pessoa fique propensa a desenvolver o diabetes. O diabetes na maioria das vezes é hereditário e esta associado à obesidade.

3.Quais as melhores formas de tratamento?

Não existe melhor forma. Cada paciente terá uma necessidade diferente. Os principais pontos do tratamento são: Alimentação balanceada, Atividade física e Medicação, que pode ser comprimidos orais ou insulina. O melhor tratamento será aquele que melhor controlar os níveis de açúcar no sangue.

4. Qual a relação existente entre diabetes e a relação sexual?

O diabetes pode ser causa de disfunção sexual tanto em homens quanto em mulheres causando disfunção erétil e diminuição da libido.

5. Se o tratamento não for seguido, quais as conseqüências que a doença pode trazer?

Complicações relacionadas aos altos níveis de açúcar no sangue como a cetoacidose, uma espécie de coma diabético ou as complicações crônicas: acometimentos dos nervos, olhos, rins e circulação sanguínea. Em alguns casos pode levar à infarto do miocárdio, falência renal com necessidade de diálise, cegueira e amputações.

6. Os pés é uma das maiores preocupações de quem tem a doença. Por que? Quais os principais cuidados que é preciso ter com essa região?

O indivíduo com diabetes costuma apresentar má cicatrização dos machucados. Isso acontece em função da má circulação do sangue. Por isso, é muito comum que essas pessoas tenham feridas crônicas nos pés. Além da má circulação sangüínea pode haver a perda da sensibilidade nas plantas dos pés devido à neuropatia (acometimento dos nervos periféricos). Isso acontece com mais freqüência quando os pacientes estão com as taxas de açúcar no sangue muito elevadas. Quando o diabético está com a taxa de açúcar elevada apresenta baixa imunidade e, por isso, qualquer tipo de infecção pode ter seu efeito agravado. Quando a infecção se espalha, uma ferida do tipo úlcera pode levar à amputação da parte envolvida. Ao perceber o surgimento de feridas o paciente deve procurar imediatamente o médico.

Artigo concedido pela Equipe Portal Diabetes. Divulgado pacialmente. Maiores informações, consultar: www.portaldiabetes.com.br

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