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Conheça as características das hepatites virais

No Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, que foi comemorado na terça-feira (28), o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) reforça a importância da informação no combate desses agravos. As hepatites virais consistem na inflamação do fígado e são causadas, principalmente, por cinco tipos de vírus (A, B, C, D e E). Alguns deles podem agir silenciosamente por décadas sem a manifestação de sintomas. Quando o diagnóstico é feito tardiamente, o paciente pode apresentar um quadro avançado de cirrose ou câncer no fígado.

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A chefe do Ambulatório de Hepatites Virais do IOC, Lia Lewis, esclarece sobre as características da doença e faz um alerta para a importância do diagnóstico precoce. “O objetivo é iniciar logo o tratamento, quando indicado, para evitar a progressão da doença para formas mais graves”, destaca.

Quais as semelhanças entre os diferentes vírus causadores da hepatite?

As hepatites A e E, por exemplo, são contagiosas, de transmissão fecal-oral, por meio do contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados. Como são agravos que costumam se propagar em regiões sem tratamento de água e esgoto, a prevenção principal é voltada para a melhoria do saneamento básico e dos hábitos de higiene. No caso dos vírus A e E, os pacientes muitas vezes não apresentam sintomas. Quando ocorrem, incluem cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. O diagnóstico da doença é realizado por exame de sangue e não existe tratamento específico na fase aguda da infecção. A cura geralmente ocorre de forma espontânea, e as recomendações médicas são importantes para evitar quadros graves.

E os tipos B, C e D?

No Brasil, muitos pacientes com hepatite C contraíram a doença através da transfusão de sangue contaminado antes de 1993, época em que não havia triagem do sangue para detectar este vírus. Além disso, também é possível a transmissão pelo compartilhamento de seringas no uso de drogas ou de objetos de higiene pessoal, como lâminas de barbear ou alicates de unha. Raramente, este vírus também pode ser transmitido por relações sexuais sem preservativo. No caso da hepatite B, além da transfusão de sangue contaminado, o vírus é transmitido frequentemente por relações sexuais sem preservativo e da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação.

O diagnóstico destas infecções é feito por meio de exames de sangue específicos e o tratamento, que depende de outras respostas do organismo, pode ser feito por meio de comprimidos. Para evitar o contágio, a recomendação é usar preservativo em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal como barbeadores e alicates de unha.

Já a hepatite D, também chamada de Delta, é mais comum na região amazônica do Brasil. O vírus causador depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa, por isso, as suas características gerais são semelhantes.

Qual a importância dos testes de diagnóstico?

Por se tratar de uma doença silenciosa, é importante informar e sensibilizar a população para a realização desses testes, principalmente pra identificação das hepatites B e C. O diagnóstico precoce pode evitar a progressão para formas mais graves da doença. Eles podem ser realizados com amostras de soro, plasma ou sangue total, e o paciente tem acesso ao resultado em cerca de 30 minutos.

Quais são os principais desafios no combate às hepatites virais?

O maior desafio para essas doenças é tornar a identificação mais acessível à população. O Ministério da Saúde e o Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), Aids e Hepatites Virais têm desenvolvido um amplo trabalho de conscientização, estimulando o diagnóstico precoce.

Como é o processo de vacinação para os tipos A e B?

A vacina é a principal forma de prevenção contra a hepatite B, disponibilizada gratuitamente para o grupo de maior vulnerabilidade e para pessoas de até 49 anos. A recomendação é que todos sejam vacinados, em especial, pessoas que compõem o grupo de maior vulnerabilidade, como gestantes, profissionais de saúde, manicures, gays, lésbicas, travestis e transexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas e portadores de DST’s. Já a vacinação contra a hepatite A é recomendada somente em situações especiais, como em pacientes com fibrose cística, transplantes de medula óssea e portadores de outras doenças crônicas no fígado.

Existe cura para as hepatites virais?

Sim, mas a evolução do paciente varia conforme o tipo de vírus. O tipo A apresenta apenas formas agudas de hepatite, ou seja, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. A maioria dos casos de hepatite E tem este mesmo perfil, porém já foram identificadas formas crônicas da doença em pacientes transplantados. Já os vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas quanto crônicas de infecção, o que exige um acompanhamento médico em busca do controle da doença, ou seja, o estágio em que o organismo do indivíduo convive com o vírus, sem prejuízos, por conta do uso de medicamentos.

Qual a atuação do Ambulatório de Hepatites Virais do IOC?

O Ambulatório de Hepatites Virais foi criado em 1997 para dar subsídio às atividades de pesquisa do Laboratório de Referência Nacional para Hepatites Virais do Instituto. O Ambulatório oferece atendimento público para diagnóstico e tratamento clínico das diferentes hepatites virais. Durante este acompanhamento, são realizados exames laboratoriais, incluindo os de alta complexidade. A partir das estruturas ambulatoriais, é possível acompanhar o paciente de forma mais próxima e, por meio de análise clínica, podemos obter informações epidemiológicas e laboratoriais mais aprofundadas. O Ambulatório atua como unidade de referência junto à Secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro para atendimento dos casos agudos de hepatite. Além disso, desenvolve programas voltados para o acompanhamento do perfil bioquímico e sorológico para o vírus da hepatite C em profissionais de saúde que sofreram acidente biológico e também de avaliação de esclarecimento, direcionado aos demais casos.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.brasil.gov.br/

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Demência: o que fazer para evitar um desastre global

A cada quatro segundos, uma pessoa é diagnosticada com alguma forma de demência no mundo. Calcula-se que o número de casos cresça dos 44 milhões atuais para 135 milhões em 2050. A demência já custa ao mundo US$ 604 bilhões por ano.

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O termo demência é usado para descrever quadros médicos em que ocorre a perda – temporária ou permanente – das capacidades cognitivas de um indivíduo. Há múltiplas causas, entre elas, disfunções metabólicas, infecções, desnutrição ou doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer.

Nesta semana, representantes do G8 – as oito maiores economias do planeta – se reunirão em Londres para discutir formas de lidar com o problema. O governo britânico, que ocupa a presidência rotativa do G8, anunciou nesta quarta-feira que está dobrando a verba dedicada à pesquisa sobre demência para 132 milhões de libras (mais de meio bilhão reais) até 2015.

Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde em 2012, o Brasil é o nono país do mundo com o maior número de casos, com 1 milhão de pacientes com demência.

A BBC perguntou a especialistas da área quais seriam suas prioridades se recebessem os fundos necessários e carta branca para lidar com o problema.

Antecipar diagnósticos

No dia em que seu médico lhe diz que você tem demência, você pode pensar que está vivendo o estágio inicial do problema. No entanto, não é o caso.

O processo de morte das células do cérebro tem início entre dez e 15 anos antes de que os problemas de memória se tornam aparentes. Ou seja, quando o paciente faz o teste de memória e recebe o diagnóstico, ele já está sofrendo da doença há pelo menos dez anos. A essa altura, um quinto dos principais centros de memória do cérebro já estão mortos.

Para alguns especialistas, isso talvez explique a ausência de êxito em testes com medicamentos para tratar o problema: eles estão tentando tratar a doença quando já é tarde demais. O foco na antecipação do tratamento “é absolutamente essencial nas pesquisas”, disse o neurologista Nick Fox, do National Hospital for Neurology and Neurosurgery, em Londres.

Já houve algum progresso. Agora já é possível ver algumas das proteínas associadas ao Mal de Alzheimer em tomografias do cérebro, mas o desafio é usar esses recursos para prever o desenvolvimento da demência. “Houve imensos avanços em tecnologias que produzem imagens so cérebro. Vivemos uma nova era e isso é muito empolgante”, disse Fox.

Outros métodos estão sendo investigados, como, por exemplo, técnicas que identificam a presença, no sangue de uma pessoa, de substâncias químicas que ofereçam indícios do desenvolvimento futuro da demência. Outro ponto que os pesquisadores ressaltam é que há vários tipos de demência.

O Mal de Alzheimer, a demência vascular e a demência com Corpos de Lewi têm sintomas similares, mas talvez requeiram tratamentos diferentes.

Interromper mortes de células

Não há remédios capazes de interromper nem desacelerar o progresso de qualquer forma de demência. Havia muita esperança em duas drogas para tratar o Mal de Alzheimer – Solanezumab e Bapineuzumab – mas elas fracassaram nos testes. Os experimentos sugerem, no entanto, que existe uma pequena chance de que a droga Solanezumab surta efeito em pacientes em estágios bem iniciais da doença.

Uma nova série de testes está sendo feita em pacientes com demência moderada. “Se o Solanezumab tiver efeito sobre casos moderados de Mal de Alzheimer, então o caminho seria dar (a droga) cada vez mais cedo”, disse Eric Karran, diretor de pesquisas da ONG britânica Alzheimer’s Research UK.

Alcançar a cura é, obviamente, o sonho de todo especialista nesse campo. Mas retardar a evolução da demência já traria um impacto gigantesco. Segundo cálculos, se conseguíssemos atrasar em cinco anos o desenvolvimento da doença, já cortaríamos pela metade o número de pessoas vivendo com demência.

Drogas para sintomas

Existem algumas drogas que ajudam as pessoas a viver com os sintomas da demência, mas não são suficientes. Há medicamentos capazes de aumentar as sinalizações químicas entre as células do cérebro que sobreviveram. Mas o mais recente medicamento desse tipo, Memantine, foi aprovado em 2003 nos Estados Unidos. Desde então, não apareceu nenhum outro.

O médico Ronald Petersen, diretor do Alzheimer’s Disease Research Centre na Mayo Clinic, Estados Unidos, disse à BBC: “Isso é terrível quando você leva em conta os bilhões que foram investidos nessa doença”.

“Existem 44 milhões de pessoas com Mal de Alzheimer e também temos de tratá-las” (além de encontrar uma cura). “Precisamos desenvolver drogas para tratar os sintomas e retardar o progresso da doença, como fazemos com (pacientes que sofreram) ataques cardíacos”.

Minimizar riscos

Você quer cortar radicalmente suas chances de desenvolver câncer de pulmão? Não fume. Quer evitar um ataque cardíaco? Faça exercícios e adote uma dieta saudável. Mas se quiser evitar demência, não há respostas definitivas. A idade é o maior fator de risco.

Na Grã-Bretanha, uma em cada três pessoas com idade acima de 95 anos tem demência. Há indícios de que exercícios regulares e dieta saudável tenham efeitos positivos em prevenir ou retardar o desenvolvimento da demência. Mas ainda não se sabe com clareza de que forma o histórico familiar, o estilo de vida e o meio-ambiente se combinam para que um indivíduo tenha ou não demência.

O geriatra Peter Passmore, da British Geriatrics Society e da Queen’s University Belfast, na Irlanda do Norte, disse que o melhor conselho até agora é: “Manter o coração saudável para evitar danos ao cérebro”. “Evite a obesidade, não fume, faça exercícios regularmente, controle a pressão sanguínea, o açúcar e o colesterol.” “Isso tem poucas chances de fazer mal e pode até fazer bem!”

Como cuidar eficazmente

A demência tem custos imensos para a sociedade, mas as contas médicas respondem por uma porção pequena da custo total. O custo real está no tempo passado em casas para idosos e na renda perdida por familiares que abandonam seus empregos para cuidar de parentes doentes.

As pesquisas também precisam ser direcionadas para a busca da melhor maneira de se cuidar de pacientes com demência. E também de preservar a independência do paciente pelo maior tempo possível. Estudos já mostraram que a ingestão de remédios antipsicóticos pode ser cortada pela metade se equipes que trabalham com os pacientes receberem o treinamento adequado.

Doug Brown, da Alzheimer’s Society, disse que talvez um dos campos mais fáceis de pesquisa sobre demência seja o estudo de como cuidar dos pacientes. “Podemos fazer muitos estudos sobre a assistência e os cuidados que oferecemos às pessoas com demência hoje para que vivem da melhor forma possível”.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.bbc.co.uk/

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Diabetes pode atingir 552 milhões até 2030

A Federação Internacional de Diabetes previu que um em cada dez adultos pode ter diabetes até 2030, segundo as estatísticas mais recentes sobre a doença. Em relatório divulgado nesta segunda-feira, o grupo estima que 552 milhões de pessoas podem ter diabetes nas próximas duas décadas, por questões como o envelhecimento da população e mudanças demográficas. Atualmente, um em cada oito adultos tem diabetes. O estudo é divulgado no Dia da Diabetes, data em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) chama a atenção para a doença.

O número inclui todos os diabetes, bem como os casos não diagnosticados. O grupo espera que o número de casos suba 90% na África. Sem incluir o impacto da crescente obesidade entre as pessoas, a federação diz que seus números são conservadores.

A OMS afirma que há 346 milhões de pessoas com diabetes no mundo. Mais de 80% das mortes relacionadas ao problema ocorrem nos países em desenvolvimento. A agência projeta que as mortes por diabetes irão dobrar até 2030 e afirma que a previsão da Federação Internacional de Diabetes é digna de crédito. “Mas se está correta ou incorreta não podemos dizer”, ponderou Gojka Roglic, chefe da unidade de diabetes da OMS.

Roglic disse que a projeção de aumento no número de casos se deve mais ao envelhecimento da população que ao crescente problema da obesidade. A maioria dos casos de diabetes é do tipo 2, o que atinge principalmente pessoas de meia idade e está ligada ao ganho de peso e a um estilo de vida sedentário. Segundo a especialista, um grande número de futuros casos de diabetes pode ser prevenido. “É preocupante porque essas pessoas vão ter uma doença que é séria, debilita e abrevia suas vidas”, disse ela. “Mas isso pode não acontecer se nós tomarmos as medidas corretas.”

As informações são da Associated Press.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.estadao.com.br


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