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Férias: alegria das crianças, desafio para os pais

Estojo, cadernos e livros bem guardados. Mochila agora só se for para ir ao clube, dormir na casa do amigo e levar os brinquedos durante o passeio. Dentro de casa, televisão, computador, videogame e muita bagunça agitam o dia. Afinal, é tempo de férias e, para se divertir, bastam imaginação e criatividade. Palavras para lá de conhecidas dos pais que, em casa ou trabalhando em tempo integral, precisam usar e abusar do malabarismo para cuidar dos afazeres domésticos, se dedicar ao emprego e ainda tornar esse período de descanso o mais agradável possível, sem sair da linha. Vale tudo: de fazer rodízio entre familiares para ficar com os pequenos até deixar o filho acompanhar de perto a rotina de gente grande. Em caso de opção pela colônia de férias, é preciso atenção para escolher aquela com atividades que não sejam meramente recreativas.

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A advogada Raquel Cezar Mello, de 34 anos, enfrenta o desafio de ter uma programação diversificada para a filha, Gabriela Mello Antonacci, de 3, desde o dia 20 do mês passado. A menina, que estuda numa escola internacional, tem as férias mais longas no meio do ano, pois a instituição obedece ao calendário europeu. O jeito é deixá-la na casa da avó, dos tios e contar com a madrinha para ajudar no quesito passeio. Por causa da idade da menina, poucas são as colônias de férias que a aceitam e, por isso, vaga somente depois de vencer a lista de espera.

Raquel trabalha em casa, mas, além de Gabriela, ela tem ainda o bebê Tiago, de apenas 7 meses, o que dificulta qualquer atividade externa. “Meu marido também é autônomo, então, antes, viajávamos quando queríamos. Íamos a todos os lugares com ela sozinha, mas com os dois é impossível”, conta. Como a mãe gosta de teatro, Gabriela assiste a peças infantis na companhia dela, enquanto o pai, que prefere cinema, fica com o irmão. Depois, é hora de revezar: cinema com o pai, enquanto o irmão fica sob os cuidados da mãe.

Em casa ela até fica, mas no segundo dia… “Hoje (ontem) mesmo já está perguntando se vamos à casa da avó”, diz a advogada. Ir a shoppings com brinquedos próprios para a idade da garota é outra opção. “Férias complicam tudo na vida da mãe. Já pus no balé e na natação para ocupar o tempo dela, mas, mesmo assim, nesse período, a energia fica toda acumulada. A Gabi tem dificuldade até para comer, pois sai totalmente da rotina”, relata. A menina exibe os brinquedos, fala da Cinderela, dos personagens dos desenhos animados, tudo à espera do tão merecido passeio. “A escola nessa idade é uma brincadeira e, por isso, ela sente falta.”

RECOMENDAÇÃO 

O pedagogo e consultor educacional Guilherme José Barbosa recomenda aos pais inserir na rotina dos filhos atividades lúdico-pedagógicas, como leitura de livros, revistas e quadrinhos para a criança não voltar para a escola fora do ritmo. “É preciso introduzir algo com uma função pedagógica. É um agendamento não tão rigoroso, mas necessário. Depois das férias, as escolas têm dificuldade e precisam de um tempo grande para voltar ao ritmo”, afirma.

No caso das colônias de férias, ele diz que é preciso estabelecer horários de leitura, para as atividades de lazer, brincar, alimentar e descansar. Para quem não tem condições de pagar uma colônia de férias ou não encontra vagas, a dica é se associar aos vizinhos para criar um espaço, seja no quintal de casa, no condomínio ou no prédio, e contratar um recreador com habilidade para lidar com a criançada.

É hora de ficar junto com o filho

Se as férias dos filhos dão dor de cabeça para os pais, também têm um lado muito especial: a oportunidade de ficar bem agarrado ao filhote. “Cabe ao pai criar uma circunstância de agendamento também. Se ao longo do tempo ele estende a jornada de trabalho, como disciplinar para que nesse período isso seja alterado e possa passar mais tempo com o filho? Percebemos cada vez mais os pais transferirem a questão de educar para a escola, exatamente por essa impossibilidade de acompanhar de perto todos os dias. E este momento é bom para resgatar esses laços”, conclui Barbosa.

É o que tenta fazer a empresária Ana Maria Silva, de 44 anos. O filho Luca Moreno, de 8, se divide entre a casa do pai, de algum amiguinho e a fábrica de cintos da mãe. Sem babá em casa, o jeito é ficar com ele no trabalho, enquanto as aulas não voltam. “Vou deixá-lo apenas uma semana na colônia de férias, pois acho importante que o Luca fique fora da escola, para descansar. Queria deixá-lo na casa da minha mãe, em Patos de Minas, mas ele não gosta de dormir fora de casa. Para mim, acaba sendo um momento de ficar com meu filho, sem qualquer tormento, pois ele não dá trabalho”, diz.

Luca se diverte como pode, com os jogos no computador e as revistas em quadrinhos. “Gosto mais ou menos daqui (da fábrica) porque só tenho o computador como opção. De vez em quando tenho saudade da escola, mas não me importo de ficar aqui”, afirma o menino. E quando está entediado? “Vou para o quintal fazer capoeira” – com a música tocando apenas na cabecinha dele e muita disposição.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.em.com.br

Volta às Aulas

Os dias de diversão e de folga na rotina estão perto de acabar para os estudantes. As aulas voltam daqui a uma semana em boa parte das escolas capixabas e, por isso, é hora de os pais começarem a incentivar os pequenos para o início do ano letivo. Especialistas em educação dão dicas para que o retorno seja tranquilo e para que os momentos de acordar cedo, de estudar e de voltar com as atividades extracurriculares não se tornem uma tortura.

Envolver a criança na compra e na organização do material escolar pode dar muito certo. O filho tende a ficar mais animado ao escolher alguns itens, além de ajudar a encapar livros e cadernos e participar da arrumação da mochila.

“São formas de estimular a criança. É importante, ainda, que os pais falem o que tem de bom na escola, os amiguinhos, os professores e as brincadeiras”, orienta a psicopedagoga Cybele Meyer.

Os irmãos João Lucas, 10, e Maria Cecília, 4, já estão contando os dias para o início das aulas. Para a menina, será um mundo novo, já que vai frequentar a escola pela primeira vez. “Ela não vê a hora de estrear o uniforme e a mochila nova. Fica provando a roupa o tempo todo”, conta a mãe, a fotógrafa Sabrina Viana Figueiredo Hoehene, 33.

João Lucas também fica empolgado para voltar para o colégio, principalmente por causa dos coleguinhas de turma. A mãe conta que os amigos se encontram durante as férias para dar continuidade a um rodízio de livros incentivado pela escola.

“São sete livros de uma coleção para a leitura durante as férias. Ele fica doido para encontrar com os colegas e isso estimula a vontade de voltar para a escola”, diz Sabrina.

Pequeninos
No caso das crianças menores, em idade pré-escolar, Cybele Meyer diz que há três situações diferentes de adaptações: aquelas que desde o primeiro dia ficam resistentes, grudam no pescoço da mãe e choram durante uma semana até se adaptar; as crianças que não terão nenhum problema nesse sentido por causa da própria personalidade e relacionamento interpessoal muito aflorado; e, finalmente, os pequenos que frequentam a escola durante a primeira semana, exploram todas as novidades, mas depois se recusam a voltar pois preferem a rotina da própria casa. Essa última situação é a mais conflituosa, diz a psicopedagoga.

“É importante que os pais estejam preparados para insistir. Alguns pensam que pode ter acontecido algo na escola, porque o filho estava indo bem e, de repente, não quer mais voltar. Mas, nessa idade, é normal querer o novo e depois se cansar”, afirma a especialista. Portanto, nada de deixar a criança em casa por mais alguns dias ou trocar de escola, porque não está agradando logo de cara ao filho.

“Os pais precisam ser parceiros da escola, mesmo que a criança fique chorando, pois ela vai se adaptar. Se ela for transferida logo para outro colégio, o comportamento só será reforçado. Os estudantes nos primeiros anos do ensino fundamental também podem estranhar a rotina e usar outros pretextos, como dor de cabeça”, alerta Cybele Meyer. 

Tudo novo
Quando o filhote vai para outra escola ou se está começando a estudar, vale a pena chegar mais cedo no primeiro dia de aula ou até dias antes para que ele se acostume ao novo ambiente, sugere a pedagoga da Escola Ilha-Florescer, Patrícia Sabadini. “É importante a criança se familiarizar com o espaço para se sentir mais segura”.

Cybele Meyer acrescenta que “se o filho já tem um histórico de adaptação difícil, o melhor é a mãe ir com ele na escola para animá-lo a descobrir o que mudou no local, por exemplo”, diz.

Quanto mais nova a criança, mais dificuldade terá de entender a rotina. E o retorno se torna mais difícil se ela ficou mais tempo na companhia dos pais nas férias. Por isso, uma dica é dizer ao filho que está contente em voltar para o trabalho e que também vai ser bom rever os colegas.

Entrar nos eixos
Na última semana de férias, para que o sono também volte ao ritmo e horário normal, é importante levar os baixinhos para a cama mais cedo. Isso vai evitar um impacto muito grande na volta às aulas.

A psicóloga e diretora da Escola Monteiro Lobato, Ana Rita Costa Gomes, diz que a retomada da rotina escolar não pode ser feita de um dia para o outro. “Para quem está viajando com a família, não é recomendado voltar no mesmo dia do início das aulas, por exemplo. Os pais também podem diminuir o ritmo da criança, que geralmente está muito agitada nas férias”, destaca a psicóloga.

Incentive a leitura, que ajuda a desacelerar. A volta à vida escolar também é prejudicada quando as crianças passam muitas horas das férias vendo televisão ou usando o computador, o que torna a readaptação mais complicada.

As escolas também costumam preparar várias atividades e gincanas na primeira semana de aula para ajudar na apdatação dos alunos e dar as boas-vindas para os estudantes recém-chegados. “O lanche servido também costuma agradar bastante, com pipoca, gelatina e sorvete”, completa Ana Rita.

O incentivo de que ele precisa

Material escolar

Leve o filho junto: Quem ainda não comprou o material deve dar uma chance ao filho para que ele escolha pelo menos alguns itens. Isso anima o pequeno e enfatiza a ideia de que ele tem que voltar a estudar. Vocês também podem dar folhear os livros para ver o que será tratado nas aulas durante o ano

Conversas

Incentivo: Outra forma de motivar a criança é conversar bastante sobre o quanto é bacana voltar às aulas. Fale sobre as novidades que estão sendo preparadas na escola, o reencontro com os coleguinhas e todos os pontos que o filho mais gosta
Escola é legal: 
Para ajudar, os pais não devem se referir à escola como um lugar ruim, ou o quanto não gostavam de determinada disciplina. É preciso enfatizar os aspectos positivos da escola na volta às aulas, principalmente no caso das crianças que estão iniciando a vida escolar 

Visitar a escola

Antes das aulas: Dar um pulo na escola antes do primeiro dia de aula pode ser positivo para a criança que está começando o ano letivo em outra escola ou que vai mudar de sala e de ambiente. Mostre onde vai ser a sala, esclareça dúvidas sobre quem é o professor, quantos colegas têm na turma, onde é o banheiro, etc.

De volta à rotina 

Uma semana antes: 
Se ela for à escola de manhã, comece a despertar a criança em horários próximos aos da aula, pelo menos uma semana antes. E também antecipe o horário de dormir. Aos poucos, ela vai se acostumar. Se estuda no período vespertino, veja se vai ser preciso alterar o horário do almoço e do banho 

Perto do dia “D”

Revisão: Verifique com seu filho se o material escolar está em ordem e veja se há alguma tarefa para o retorno. Fazer isso junto com o pequeno e relembrar as coisas legais que ele produziu ao longo do semestre anterior é bom para entrar no clima de volta às aulas

Insista

Nos primeiros dias: Se a criança fizer birra e não quiser ir à escola, seja firme, mas carinhoso. E não permita que ela falte ao primeiro dia de aula. O importante é explicar que é natural sentir preguiça – mas, sem deixar de motivá-la – e expor os ganhos que ela teria se estivesse com os colegas nos primeiros dias de aula

Pré-escolar

Aos poucos: No começo, leve o filhote por algumas horas e, pouco a pouco, vá aumentando o horário da permanência dele na creche/escola. O período de adaptação varia de criança para criança, é único e deve ser avaliado individualmente
É bom você levar: 
É importante que a mãe ou o pai leve e traga a criança, mas não prolongue as despedidas. Você tem que passar segurança à criança de que o que está fazendo é o melhor para ela
Estimule em casa: 
Pergunte a professora sobre as atividades que estão sendo desenvolvidas na sala de aula e anime seu filho a compartilhar com você as experiências que aprende. Demonstre alegria e entusiasmo por seus progressos.

Fonte: http://gazetaonline.globo.com


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