Posts Tagged 'vício'



Vício e Drogas

O Vício

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), droga é toda “substância que, quando administrada ou consumida por um ser vivo, modifica uma ou mais de suas funções, com exceção daquelas substâncias necessárias para a manutenção da saúde normal”.

Drugs-JOERUDKO

Para entender o mecanismo do vício, é preciso compreender os caminhos percorridos pela dopamina no cérebro. A dopamina é o neurotransmissor da dependência. É ela que dispara a sensação de prazer – seja a advinda da ingestão de um prato saboroso, seja a causada pelo uso de um entorpecente. Ao inalar cocaína, por exemplo, o usuário tem seu cérebro inundado de dopamina – daí a sensação de euforia que, em geral, a droga produz. Até pouco tempo atrás, acreditava-se que o vício era processado exclusivamente nas porções cerebrais associadas ao sistema de prazer e recompensa, ativado em especial pela dopamina. Recentemente, descobriu-se que há outros circuitos envolvidos nesse mecanismo e que a dopamina também os integra.

“Graças ao aperfeiçoamento dos exames de neuroimagem, constatamos que os efeitos neurobiológicos das drogas ultrapassam os centros de prazer e recompensa do cérebro e se estendem ao córtex pré-frontal, região associada à analise dos riscos e benefícios, na qual se concentram as tomadas de decisão”, afirma a psiquiatra Nora Volkow, diretora do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, dos Estados Unidos, e uma das principais autoridades mundiais no assunto. Isso significa que o vício se relaciona também à química envolvida nos processos decisórios e mnemônicos. Em outras palavras, ele está associado tanto ao impulso quanto à memória.

O vício é fruto, em grande parte, de propensão genética. Não fosse assim, todos que algum dia experimentaram algum tipo de droga – do álcool à heroína – se tornariam dependentes. É a genética, ainda, que estabelece o tipo de dependência e a sua intensidade. Estima-se que os fatores genéticos respondam por algo entre 40% e 60% da vulnerabilidade ao vício.

Existe um gene específico associado à síntese da enzima monoaminoxidase A, uma das substâncias responsáveis pelo equilíbrio de dopamina no cérebro. Quando há mutações nesse gene, a pessoa se torna mais ou menos vulnerável ao vício. A genética explica também por que existem pessoas com baixos níveis de receptores de dopamina – o que as faz mais suscetíveis ao vício e a achar mais prazerosa a experiência com drogas.

Há dois grupos de pessoas bastante vulneráveis ao vício – os adolescentes e os portadores de distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão e ansiedade. Durante a adolescência, o cérebro sofre mudanças dramáticas. Uma das áreas ainda em maturação é o córtex pré-frontal, associado à tomada de decisões e responsável pelo controle dos desejos e emoções. O uso de substâncias químicas nesse momento de desenvolvimento tende a ter um impacto mais profundo e duradouro no funcionamento cerebral. A maior parte dos dependentes químicos se iniciou no vício – qualquer um deles – na juventude. Entre os usuários de drogas, isso ocorre, em geral, antes dos 21 anos. Quanto aos alcoólatras, antes dos 15.

Os tipos de substâncias

Poucas drogas produzem um efeito tão devastador no organismo quanto a heroína. Derivada da papoula, da qual também se originam o ópio e a morfina, a heroína provoca delírios e uma sensação de torpor no dependente. Ela empresta à realidade contornos de sonho, como se não houvesse problemas e a pessoa pairasse acima do bem e do mal. Com o uso, a droga interrompe a produção da endorfina, a substância que o corpo produz para controlar a dor e proporcionar prazer. Quando o dependente tenta interromper o vício, entra em desespero. Durante a crise de abstinência, ele sente dores tão fortes que não consegue realizar atos corriqueiros, como dormir, trocar de roupa ou tomar banho; o coração dispara e corre-se o risco de um colapso. O organismo não consegue mais regular a temperatura e o dependente passa a suar muito ou sentir calafrios. A metadona é a única substância conhecida, exceto a própria heroína, que pode aliviar a síndrome de abstinência dos dependentes. A heroína pode ser injetada, tragada ou inalada. A terceira forma é a mais comum, porque não deixa marcas e evita o risco de contaminação pelo vírus da Aids, o HIV. A diferença entre a quantidade necessária para causar algum efeito e a dose fatal é muito pequena – o que explica o número elevado de mortes por overdose.

cocaína é popularmente encontrada em pó, geralmente branco, obtido de uma pasta feita com folhas de coca, um tipo de arbusto sul-americano que, na década de 80, tornou-se uma coqueluche mundial. Entre os efeitos agudos da droga estão uma sensação de euforia logo nos primeiros minutos, seguida de disforia, um aumento das percepções sensoriais e da auto-estima e a diminuição do sono e do apetite. A droga prejudica o funcionamento do cérebro como um todo, mas estudos mostraram que ela compromete principalmente o lobo frontal. Essa região é responsável, entre outras funções, pela criatividade, pelo controle da impulsividade e pelo senso crítico, o que explicaria alguns comportamentos muito comuns entre os viciados, como as mudanças repentinas de humor e surtos de agressividade. A droga também é um potente vasoconstritor, ou seja, ela provoca uma contração das artérias, especialmente as cerebrais. Dessa forma, sobra menos espaço para o sangue circular. Além disso, a constrição agride as paredes dos vasos e as deixa mais vulneráveis à pressão feita pelo fluxo sangüíneo. Com isso, a probabilidade de um derrame aumenta. Ou de vários pequenos derrames que, embora muitas vezes imperceptíveis, podem ter um efeito devastador se somados ao longo do tempo – alguns especialistas afirmam que esses miniderrames são os responsáveis pela perda gradativa de atividade cerebral notada entre os usuários. O principal fator de risco para o desenvolvimento de seqüelas é o tempo de exposição à droga, e não a quantidade que se utiliza. Ou seja, quanto maior o tempo de consumo de cocaína, maiores os prejuízos para o cérebro.

crack surgiu em meados dos anos 80, quando a política de repressão às drogas acabou criando uma nova maneira de se preparar a cocaína. A droga chegou ao Brasil no início dos anos 90 e, dois anos mais tarde, já marcava presença nas maiores cidades do país. As pedras de crack são obtidas pela mistura de pasta de coca, água e bicarbonato de sódio. Tudo isso é aspirado numa espécie de cachimbo. A droga é considerada a forma de cocaína mais capaz de causar consumo compulsivo e dependência. Para os traficantes, o crack é vantajoso por ser mais barato, mais fácil de transportar do que o pó e muito mais potente. O efeito da droga começa quinze segundos após a primeira aspiração. Em um mês, em média, cria-se a dependência.

O princípio ativo da maconha, droga produzida a partir da planta Cannabis sativa, é o THC, sigla de tetrahidrocanabinol. É ele o responsável pelas sensações de relaxamento e desinibição experimentadas por quem fuma a erva. A fome que todo usuário sente depois de fumar – a popular “larica” – também é obra do THC. Na década de 60, um cigarro da erva continha 0,5% de THC. Recentemente, estudos americanos apontaram para níveis de até 5%. Há ainda o skank, a supermaconha desenvolvida em laboratório, com 20% de THC. Por causa dessas altas taxas de princípio ativo, a maconha hoje vicia mais e inflige danos ainda maiores ao organismo. O uso freqüente da droga diminui a coordenação motora, altera a memória e a concentração e pode levar o usuário a crises de ansiedade e depressão. Além disso, aumenta o risco de infecções e inflamações nas vias respiratórias e contém substâncias cancerígenas – o THC é apenas um dos 400 compostos químicos encontrados em um cigarro de maconha.

LSD (abreviação de dietilamina do ácido lisérgico) foi descoberto pelo químico suíço Albert Hofmann em 1938, que estudava aplicações medicinais de um fungo de cereais. Nos anos 60, a droga popularizou-se e virou símbolo da contracultura. Consumido em pastilhas, ela cai no sangue depois de ser absorvida pelo estômago e chega ao sistema nervoso central, causando alucinações e distorção das imagens. Também aumenta a sensibilidade tátil e auditiva. Seu feito pode durar de algumas horas a um dia e os riscos ao organismo vão de taquicardia, surtos psicóticos à degeneração de células cerebrais e convulsões. Atualmente, a droga costuma vir acrescida de grandes doses de anfetamina, para atender àqueles que querem sacolejar nas pistas de dança.

ecstasy, ou MDMA, é um tipo de metanfetamina, substância estimulante do sistema nervoso central. Mistura de alucinógeno com anfetamina, é conhecido como “droga do amor” ou simplesmente “E”. Sintetizada em 1912, a droga já foi usada como moderador de apetite e até como desinibidor em sessões de psicoterapia, mas acabou proibida nos anos 80. Seu uso causa sensação de euforia, gerada pela descarga de serotonina – neurotransmissor ligado ao prazer e ao bem-estar – que ela produz no cérebro. Mas também acelera os batimentos cardíacos, eleva a temperatura corporal e desidrata o organismo, o que leva o usuário a consumir muita água. Passado o efeito da droga, geralmente ocorre uma sensação de depressão que dura cerca de dois dias. Há casos de usuários que, para evitar essa reação, consomem a droga cada vez com mais freqüência, o que leva à dependência.

Há outras drogas sintéticas que compõem com o ecstasy o grupo das chamadas club drugs. O GHB,sigla para ácido gama-hidroxibutírico, ou ecstasy líquido, alucinógeno diluído em água ou no álcool, é uma delas. Vendido sob a forma de pó ou já diluído em água, o GHB é incolor, não tem cheiro e o gosto é levemente amargo. Por ser consumido sob a forma líquida, começa a fazer efeito em, no máximo, meia hora – contra as duas horas exigidas pelo ecstasy. Se misturado com álcool, como geralmente acontece, o GHB fica bem mais potente. E perigoso. Seus malefícios vão das náuseas e vômitos ao risco de morte. Outro item da lista é a ketamina, ou Special K, anestésico veterinário do qual se extrai um pó branco para ser aspirado. Os especialistas também alertam para o avanço de uma droga desse mesmo grupo, com altíssimo poder de gerar dependência química. Trata-se do crystal, metanfetamina quase quatro vezes mais devastadora do que a cocaína.

Até as década de 50 e 60, quem tinha problemas para dormir costuma contornar o problema com barbitúricos. Porém, mais tarde, descobriu-se que a ingestão excessiva desses soníferos acarreta sérios risco à saúde. Numa overdose de remédios à base de barbitúricos, a pessoa costuma sofrer uma parada cardíaca. Se tiverem sido misturados a álcool, formam um coquetel ainda mais explosivo. Um potencializa o efeito do outro, deprimindo o sistema nervoso central e podendo levar ao coma profundo. O vício é outro risco, cuja síndrome de abstinência traz dores, tremedeiras, crises súbitas de choro, apagões, uma depressão aguda e a sensação de pânico. Hoje os barbitúricos são pouco receitados, apenas como antiepilépticos. Seus sucessores foram os benzodiazepínicos, que, apesar de colocarem os insones para dormir, proporcionam um sono não muito proveitoso. Muitos usuários acordam com uma sensação de embriaguez que os acompanha durante todo o dia. Os benzodiazepínicos agem no hipotálamo, no hipocampo e nas amígdalas. É essa ação indiscriminada que leva às sensações inebriantes no dia seguinte e aumenta o risco de dependência. Na década de 90, tratamentos mais seguros contra a insônia surgiram no mercado, mas os benzodiazepínicos continuam sendo comercializados.

cigarro também é considerado uma droga. Só que lícita, como o álcool. Todos os anos 4 milhões de pessoas no mundo morrem vítimas de doenças associadas ao fumo. O tabagismo está entre os principais fatores de risco para infartos, derrames, diabetes e vários tipos de câncer, entre outros males. Um único cigarro contém 4.700 substâncias, mas apenas uma causa dependência: a nicotina. Depois de uma tragada de cigarro, ela demora apenas nove segundos para chegar ao cérebro e desencadear a liberação de dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. Isso resulta em dependência química. Pesquisas indicam que mais da metade dos fumantes gostaria de largar o vício: a maioria não consegue pela dependência, mas também pelo hábito. Fumar é um hábito arraigado ao dia-a-dia do fumante.

álcool não é uma droga para a maioria das pessoas, mas pode ter efeitos desastrosos para até 15% das pessoas, aquelas que se tornam dependentes físicas e mentais da substância. Seu consumo, principalmente na adolescência e na juventude, deixa marcas indeléveis no cérebro. Ao entrar no organismo, o álcool vai direto para o sangue. De lá, migra para o fígado, onde é metabolizado, e para o cérebro. Quando o fígado não consegue desintoxicar-se por inteiro, produz-se a ressaca. E quando é alta a quantidade de álcool que vai para o cérebro, sem passar pelo metabolismo, vem o famoso “porre”. Os efeitos a longo prazo são bastante indesejáveis. Eles variam de déficits de aprendizagem, falhas permanentes de memória, dificuldade de autocontrole a ausência de motivação e lesões graves no fígado. O abuso de álcool na juventude faz com que o jovem fique cinco vezes mais propenso a se tornar alcoólatra na idade adulta.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://veja.abril.com.br/

Visite nosso site: http://www.vivamelhoronline.com.br

Data marca combate ao consumo que mata 5 milhões de pessoas por ano – mais que malária, Aids e tuberculose juntas

Em 31 de maio é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1987. Este ano o tema escolhido é “A Interferência da Indústria do Tabaco”. Com foco também nos danos que a produção e o uso de tabaco provocam no meio ambiente, na exploração do trabalho infantil e nas consequências do fumo passivo, o tema no Brasil é “Fumar: faz mal pra você, faz mal pro planeta”.

Dia-Mundial-sem-Tabaco
Segundo pesquisa feita em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto do Câncer (Inca), Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aproximadamente 25 milhões de brasileiros com mais de 15 anos fumavam derivados de tabaco. Apesar de 93% dos fumantes declararem ter ciência dos males do fumo e 67% ter percebido campanhas antitabaco nos meios de comunicação, apenas 52% tinham planos de parar e só 7% queriam por a ideia em prática no mês seguinte à pesquisa. Entre o total de fumantes, cerca de 85% consumiam tabaco diariamente, sendo que 33% fumavam, em média, de 15 a 24 cigarros por dia.

A pesquisa mostrou ainda que homens fumantes de tabaco industrializado gastavam cerca de R$ 89,27 por mês com cigarro e mulheres R$ 62,80. Com base nesses dados é possível calcular que em um ano um casal de fumantes despende aproximadamente R$ 1800,00. Com essa quantia, atualmente, é possível comprar uma TV LCD de 32 polegadas e uma máquina de lavar roupa de até 10kg.  Em março de 2012, a Fundação Mundial do Pulmão informou que, em 2010, as seis principais fabricantes de produtos de tabaco do mundo tiveram lucros de US$ 35,1 bilhões, o equivalente ao faturamento da Coca-Cola, da Microsoft e do McDonald`s juntos.

Segundo a OMS, a cada ano cerca de 5 milhões de pessoas morrem por fatores atribuídos ao tabaco. A estimativa é que em duas décadas o número aumente para 8 milhões, com 80% dos óbitos em países com menor renda. A OMS alerta: “O tabaco mata mais que tuberculose, Aids e malária juntas”. No Brasil, de acordo com dados de 2012 do Inca, 11% das mortes do país são atribuíveis ao tabaco. Entre as provocadas por câncer de pulmão, traqueia e brônquios, 72% deve-se ao tabagismo.

De acordo com o Inca, a plantação de fumo contribui para 5% do desmatamento em países em desenvolvimento e quase metade dos produtores, geralmente agricultores familiares, tem sintomas associados ao uso de substâncias químicas, como dor de cabeça persistente e vômito. Além das 4.700 substâncias tóxicas, incluindo arsênico, amônia e monóxido de carbono (o mesmo emitido por automóveis) liberadas no meio ambiente quando um cigarro é aceso, os filtros descartados de forma inadequada demoram cerca de 5 anos para se decompor, podendo matar peixes, animais marinhos e aves que ingerem nosso lixo acidentalmente – pontas de cigarro correspondem de 25 a 50% do lixo coletado em ruas e rodovias. Outros problemas são a alta incidência de incêndios provocados por pontas acesas e o uso de mão-de-obra infantil, capaz de alterar até mesmo o calendário escolar de algumas regiões produtoras de fumo.

Para marcar a data diversas ações antitabaco serão feitas no Brasil. Uma programação por estado pode ser encontrada no site do Inca.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www2.uol.com.br

Alcoolismo é o principal fator de risco para a saúde dos brasileiros

O alcoolismo é o principal fator de risco de saúde no Brasil. A informação é da Carga Global de Doenças 2010, documento organizado pelo Instituto de Métrica e Avaliação de Saúde (IHME) da Universidade de Washington e com parceria de dezenas de universidades ao redor do mundo. O resultado do esforço global, que será divulgado hoje na revista científica The Lancet, lista 67 problemas que mais afetam a população em todo o mundo. No planeta, o maior mal é a pressão arterial alta, que em 2010, ano referência da pesquisa, matou 9 milhões de pessoas e afeta 173 milhões de indivíduos.

alcoolismo

Cada região, porém, tem uma lista particular. O Brasil foi colocado em uma área denominada “América Latina Tropical”, que inclui também o Paraguai. A estimativa do estudo é que o alcoolismo afete cerca de 5,64 milhões de pessoas nestes países. Em 2010, foram aproximadamente 151 mil mortes pelo problema. O segundo fator de risco é a pressão alta, responsável por mais mortes (cerca de 274 mil), mas que afeta em torno de 5,3 milhões de indivíduos. Em terceiro lugar, a obesidade, com 4 milhões de pacientes e 141 mil falecimentos naquele ano.

Chama a atenção, no estudo, a diminuição da importância de riscos relacionados à subnutrição. A mortalidade infantil pelo problema caiu 60% entre 1970 e 2010. Passou de 16,4 milhões por ano para 6,8 milhões.

— Há 20 anos, as pessoas não tinham o suficiente para comer. Hoje, há muita comida e alimentos pouco saudáveis, mesmo em países em desenvolvimento — declara Majid Ezzati, um dos autores do estudo pela Escola de Saúde Pública do Imperial College de Londres, na Inglaterra.

Para o psiquiatra Nelson Caldas, da Divisão de Psiquiatria e Psicologia Médica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o estudo mostra que houve uma preocupação em relação ao aumento da expectativa de vida, mas não com a conscientização de hábitos saudáveis.

— O alcoolismo pode levar a inúmeros problemas como, inclusive, obesidade e pressão alta, que estão no topo da lista — comenta o psiquiatra Nelson Caldas, da Divisão de Psiquiatria e Psicologia Médica do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). — É o caso de pensar se as campanhas de alerta sobre o problema têm sido realmente eficazes.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://oglobo.globo.com

Alcoolismo

Do ponto de vista médico, o alcoolismo é uma doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos, caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool, na qual o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência, quando a mesma é retirada.

alcoolismo (1)

Fatores genéticos

Sem desprezar a importância do ambiente no alcoolismo, há evidências claras de que alguns fatores genéticos aumentam o risco de contrair a doença.

O alcoolismo tende a ocorrer com mais frequência em certas famílias, entre gêmeos idênticos (univitelinos), e mesmo em filhos biológicos de pais alcoólicos adotados por famílias de pessoas que não bebem.

Estudos mostram que adolescentes abstêmios, filhos de pais alcoólicos, têm mais resistência aos efeitos do álcool do que jovens da mesma idade, cujos pais não abusam da droga.

Muitos desses filhos de alcoólicos se recusam a beber para não seguir o exemplo de casa. Quando acompanhados por vários anos, porém, esses adolescentes apresentam maior probabilidade de abandonar a abstinência e tornarem-se dependentes.

Filhos biológicos de pais alcoólicos criados por famílias adotivas têm mais dificuldade de abandonar a bebida do que alcoólicos que não têm história familiar de abuso da droga.

Intoxicação Aguda

O álcool cruza, com liberdade, a barreira protetora que separa o sangue do tecido cerebral. Poucos minutos depois de um drinque, sua concentração no cérebro já está praticamente igual à da circulação.

Em pessoas que não costumam beber, níveis sangüíneos de 50mg/dl a 150 mg/dl são suficientes para provocar sintomas. Esses, por sua vez, dependem diretamente da velocidade com a qual a droga é consumida, e são mais comuns quando a concentração de álcool está aumentando no sangue do que quando está caindo.

Os sintomas da intoxicação aguda são variados: euforia, perda das inibições sociais, comportamento expansivo (muitas vezes inadequado ao ambiente) e emotividade exagerada. Há quem desenvolva comportamento beligerante ou explosivamente agressivo.

Algumas pessoas não apresentam euforia, ao contrário, tornam-se sonolentas e entorpecidas, mesmo que tenham bebido moderadamente. Segundo asestatísticas, essas quase nunca desenvolvem alcoolismo crônico.

Com o aumento da concentração da droga na corrente sanguínea, a função do cerebelo começa a mostrar sinais de deterioração, provocando desequilíbrio, alteração da capacidade cognitiva, dificuldade crescente para a articulação da palavra, falta de coordenação motora, movimentos vagarosos ou irregulares dos olhos, visão dupla, rubor facial e taquicardia. O pensamento fica desconexo e a percepção da realidade se desorganiza.

Quando a ingestão de álcool não é interrompida surgem: letargia, diminuição da frequência das batidas do coração, queda da pressão arterial, depressão respiratória e vômitos, que podem ser eventualmente aspirados e chegar aos pulmões provocando pneumonia entre outros efeitos colaterais perigosos.

Em não-alcoólicos, quando a concentração de álcool no sangue chega à faixa de 300mg/dl a 400 mg/dL ocorre estupor e coma. Acima de 500 mg/dL, depressão respiratória, hipotensão e morte.

Metabolismo do álcool

O metabolismo no fígado remove de 90% a 98% da droga circulante. O resto é eliminado pelos rins, pulmões e pele.

Um adulto de 70kg consegue metabolizar de 5 a 10 gramas de álcool por hora. Como um drinque contém, em média, de 12 a 15 gramas, a droga acumula-se progressivamente no organismo, mesmo em quem bebe apenas um drinque por hora.

O álcool que cai na circulação sofre um processo químico chamado oxidação que o decompõe em gás carbônico (CO2) e água. Como nesse processo ocorre liberação de energia, os médicos recomendam evitar bebidas alcoólicas aos que desejam emagrecer, uma vez que cada grama de álcool ingerido produz 7,1 kcal, valor expressivo
diante das 8kcal por grama de gordura e das 4kcal por grama de açúcar ou proteína.

Usuários crônicos de álcool costumam nele obter 50% das calorias necessárias para o metabolismo. Por isso, frequentemente desenvolvem deficiências nutricionais de proteína e vitaminas do complexo B.

Tolerância e alcoolismo crônico

A resistência aos efeitos colaterais do álcool está diretamente associada ao desenvolvimento da tolerância e ao alcoolismo.

Horas depois da ingestão exagerada de álcool, embora a concentração da droga circulante ainda esteja muito alta, a bebedeira pode passar. Esse fenômeno é conhecido como tolerância aguda.

O tipo agudo é diferente da tolerância crônica do bebedor contumaz, que lhe permite manter aparência de sobriedade mesmo depois de ingerir quantidades elevadas da droga. Doses de álcool entre 400mg/dl e 500 mg/dl, que muitas vezes levam o bebedor ocasional ao coma ou à morte, podem ser suportadas com sintomas mínimos pelos usuários crônicos.

Diversos estudos demonstraram que as pessoas capazes de resistir ao efeito embriagante do álcool, estatisticamente, apresentam maior tendência a tornarem-se dependentes.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://drauziovarella.com.br

Drogas – Conhecer é Evitar!

12 Motivos para Parar de Fumar

Motivos não faltam para extinguir o fumo da sua rotina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, no último dia 27 de maio, que o tabaco irá matar nada menos que seis milhões de pessoas somente em 2011, sendo 600 mil fumantes passivos. Se esses números continuarem aumentando, a estimativa é que, em 2030, oito milhões de pessoas morram por ano por conta desse péssimo hábito.

O Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio) foi criado pela OMS em 1987, justamente para tentar reduzir esses números alarmantes. O objetivo é atrair a atenção do mundo para a epidemia do tabagismo – que matou 100 milhões de pessoas no século XX – e as mais de 50 doenças relacionadas a ele que poderiam ser evitadas. Governos de diversos países, especialistas e estudos científicos caminham para uma mesma direção: alertar que o fumo faz mal e causa inúmeros malefícios no organismo. Confira alguns deles:

1. Redução de olfato e paladar 
O fumo traz sérias alterações na boca e no nariz. “Os agentes químicos presentes no cigarro atuam como irritantes da mucosa bucal, o que resseca e aumenta a camada de queratina”, explica a nutricionista Thais Souza, da Rede Mundo Verde. Ela explica que o fumo promove alterações nas papilas gustativas, o que impede que o fumante sinta o real sabor dos alimentos.  Além disso, o cigarro é prejudicial para a mucosa olfativa, já que seu efeito térmico pode levar a lesões que alteram o olfato.

2. Doenças gastrointestinais
A digestão já fica prejudicada por conta das alterações no paladar. Para completar o desastre, a nicotina no sistema digestivo provoca a diminuição da contração do estômago e provoca irritação. O uso contínuo do cigarro enfraquece o músculo que impede o refluxo, o que aumenta o contato de ácido gástrico com a mucosa esofágica. O tabaco ainda facilita a infecção por bactérias causadoras da úlcera gástrica.

3. Rugas e pele envelhecida
Além dos dentes amarelados e do mau hálito, a pele tende a envelhecer mais rápido nos fumantes. “Existem alguns estudos feitos com gêmeos, em que somente um tinha o hábito de fumar, que comprovaram que aquele que fumava poderia aparentar até oito anos a mais que o irmão”, conta o cirurgião plástico Gerson Luiz Julio.

Isso acontece porque a pele diminui a produção de colágeno e perde brilho e elasticidade. De acordo com Gerson, o aparecimento precoce de rugas também é provável, o que deixa a pele com um aspecto pardo ou amarelado. “Outra característica que os fumantes normalmente expõem na face são as populares manchas”, completa o profissional.

4. Câncer de boca

De acordo com o diretor do Departamento de Estomatologia do Hospital do Câncer, Fábio de Abreu Alves, 95% dos pacientes com câncer de boca fumam. O motivo é a composição do cigarro: “Ele é produzido por cerca de 4.700 substâncias tóxicas, sendo 60 cancerígenas”, diz o especialista. Esse emaranhado de elementos nocivos presentes no tabagismo ainda é responsável por diversos outros tipos de câncer, principalmente nas vias aéreas, como laringe, esôfago e pulmão.

O dentista Marcelo Kyrillos, da clínica odontológica Ateliê Oral, também explica que a nicotina desestrutura a parte óssea da boca e danifica a estética vermelha natural da gengiva. O esmalte dos dentes é atingido pelo alcatrão. Ela penetra no esmalte superficial e causa o escurecimento deles.

5. Problemas de visão

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, INCA, os fumantes apresentam um risco duas vezes maior de catarata e de duas a três vezes maior de desenvolver a degeneraçãomacular relacionada à idade.

O oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do Instituto de Moléstias Oculares, conta que os efeitos maléficos do tabagismo também estão associados à queda das pálpebras. “Isso pode provocar uma diminuição do campo visual e o aparecimento da oftalmopatia de Graves, doença que apresenta como sintomas retração palpebral, edema palpebral, lacrimejamento,fotofobia, sensação de corpo estranho, entre outros”, afirma o profissional.

6. Alteração das funções dos genes
A exposição à fumaça de cigarro altera a formação das células por conta do comprometimento da função de alguns genes, segundo um estudo realzado pela Southwest Foundation for Biomedical Research, nos Estados Unidos.

Os cientistas analisaram 1.200 pessoas e identificaram 323 genes que sofrem alterações na hora de converter informações genéticas em funções celulares por causa da fumaça do cigarro. Essas alterações têm grande influência negativa no sistema imunológico e um forte envolvimento no processo de morte das células e desenvolvimento de câncer.

7. Anulação dos efeitosbenéficos de beber com moderação

A comprovação vem de um estudo da Universidade de Cambridge (Inglaterra) com 22 mil participantes. De acordo com os cientistas, beber com moderação (de três a 14 doses por semana) diminui as chances de um AVC, ou seja, uma redução de 37% no risco de acidentevascular cerebral.

No entanto, os fumantes que consumiam uma quantidade similar de álcool não apresentavam tal declínio em suas chances para o curso. Vale lembrar também que já era comprovado que pessoas que fumam têm um risco 64% maior de ter um acidente vascular cerebral do que aquelas que nunca fumaram.

8. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
O tabagismo é a principal causa da DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), complicação definida pela presença de obstrução progressiva do fluxo aéreo. “O perigo de desenvolver DPOC em um grupo de fumantes de dois maços de cigarros por dia é aproximadamente 4,5 vezes maior que para os não-fumantes”, conta a fisioterapeuta Adriana Marques Battagin, especialista em fisioterapia cardiorrespiratória.

Ela explica que o impacto da DPOC sobre o indivíduo portador não se dá somente na limitação física para a execução das atividades da vida diária, mas também nas relações afetivas, conjugais, sexuais, no lazer e no exercício profissional. Em decorrência da limitação física, muitos doentes tornam-se amplamente dependentes de seus familiares, despertando um sentimento de incapacidade e contribuindo para a diminuição de sua auto-estima e a alteração de humor.

9. Doenças neurológicas
Cientistas do National Brain Research Center, da Índia, descobriram uma ligação direta existente entre tabagismo e danos cerebrais. Um composto do cigarro, chamado NNK, desencadeia uma resposta exagerada do cérebro a partir de células imunes no sistema nervoso central.

Os glóbulos brancos, que normalmente eliminam células danificadas, passam a atacar células saudáveis, resultando em graves danos neurológicos. De acordo com os pesquisadores, a substância é considerada pró-cancerígena, o que significa que pode causar câncer quando é modificada por processos metabólicos do corpo, além de desencadear distúrbios como a esclerose múltipla.

10. Infertilidade em mulheres e homens
O ginecologista Assumpto Iaconelli Júnior conta que, nas mulheres, o tabagismo pode causar: antecipação da menopausa, aumento de irregularidades menstruais, alterações hormonais, menor qualidade dos óvulos e embriões e dificuldade de implantação do óvulo.

“Observamos na nossa clínica, que realiza tratamentos de fertilização in vitro, que mulheres que fumam têm menor taxa de sucesso e precisam do dobro de tentativas, em média, em relação às não tabagistas, para conseguir uma gestação”, completa o especialista.

Já nos homens, o cigarro afeta a formação e diminui a mobilidade dos espermatozóides, piora o potencial de fertilização e aumenta o estresse oxidativo (radicais livres).

11. Problemas no coração
A complicação cardiovascular decorrente do cigarro afeta até mesmo o fumante passivo. Pesquisadores do Departamento de Cardiologia do Erasme Hospital e a Univesité Libre de Bruxelles, na Bélgica, comprovaram que respirar as substâncias do cigarro afetam várias funções do sistema vascular arterial – e mesmo quando já não há mais fumaça no ar.

O tabagismo – tanto ativo quanto passivo – provoca elasticidade do sistema vascular. O presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, Fernando Nobre, alerta: “Essa elasticidade traz danos para a manutenção de uma pressão arterial saudável, além de poder evoluir para outros problemas, como o AVC”.

12. Complicações na maternidade
Gravidez definitivamente não combina com cigarro. “Abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e episódios de hemorragia ocorrem mais frequentemente quando a mulher grávida fuma”, afirma o ginecologista Aléssio Calil Mathias.

Segundo dados do INCA, um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar, em poucos minutos, os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o seu aparelho cardiovascular.  Um estudo da Universidade de York, no Reino Unido, também aponta que mulheres que fumam na gravidez têm maior risco de ter filhos hiperativos e com problemas de atenção na escola.

E não é só: o pneumologista Sergio Ricardo Santos, presidente da Comissão de Tabagismo da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), ainda dá o alerta de que bebês que convivem diretamente com fumantes têm maiores chances de morrer sem nenhuma causa aparente, a chamada Síndrome da Morte Súbita Infantil.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://primeiraedicao.com.br

Fumaça Tóxica

O cigarro já não representa mais o glamour das antigas beldades do cinema. O hábito de fumar nessa década está cada vez mais marginalizado, sendo proibido em vários países, em lugares como bares, restaurantes e até casas noturnas.

Mas o que torna o cigarro tão nocivo?

SIMPLES: das 4.720 substâncias químicas que entram na composição do cigarro, mais de 60 já foram identificadas como cancerígenas. A primeira vítima é a aparência, denegrida pela nicotina, um líquido tóxico existente nas folhas do tabaco e que já foi utilizado na França como – acredite – inseticida.
Postado por Edson Fabrício
Siga o blog no Twitter: @vivamelhor
Imagem: Reprodução

Doce Tentação

Essa vontade, quase incontrolável por um docinho, parte mesmo é do cérebro – e não do estômago! Há muitos fatores que explicam essa busca desenfreada pelos doces.  Confira:

Uma das prováveis causas pela doce tentação, e que vem ganhando força entre os especialistas da área nutricional, é a ação dos neurotransmissores (substâncias produzidas no cérebro e que favorecem a comunicação entre os neurônios). Eles trabalham a todo vapor quando ingerimos açúcar. Esse aporte faz com que o organismo produza insulina. Uma parte desse hormônio vai ajudar o grupo dos aminoácidos a levar ENERGIA para os músculos.

Há também pessoas que se condicionam a comer doce todos os dias. “Quando não tem nada parecido por perto ficam irritadas, ansiosas e até deprimidas”, afirmam os especialistas da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). Saiba como evitar a tentação:

– Respeite os horários das refeições e os intervalos;

– Não faça jejum. O risco de ir à forra depois, é grande;

– Evite estocar doces, biscoitos e bolos prontos em casa;

– Se a vontade persistir, opte pelas barras de cereais integrais, mais saudáveis.

– Jamais leve o chocolate ou o pacote de biscoito para a frente da TV ou do computador.

Postado por Edson Fabrício
Siga o blog no Twitter: @vivamelhor
Fonte: Abeso & WBmed
Imagens: reprodução


Enter your email address to follow this blog and receive notifications of new posts by email.

Junte-se a 2.103 outros assinantes

Calendário

junho 2024
S T Q Q S S D
 12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Arquivos

Estatísticas do Blog

  • 1.050.261 hits