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SUS inclui transplante de medula para tratar anemia falciforme

Pacientes que sofrem de anemia falciforme terão à disposição pelo SUS (Sistema Único de Saúde) o transplante de medula óssea, tratamento indicado para as formas mais graves da doença e a única cura conhecida para a enfermidade. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (1º) no “Diário Oficial da União”.

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Estima-se que 3.500 brasileiros nasçam com a anemia falciforme por ano. A doença, ligada ao sangue, pode causar desconforto, dores e até mesmo lesão dos órgãos por conta de um gene presente principalmente na população negra.

Durante as chamadas “crises de falcização”, as hemácias (células que levam oxigênio para o organismo) ficam na forma de foice, perdem “flexibilidade” e entopem vasos sanguíneos, segundo a hematologista e membro da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, Belinda Simões.

O transplante deve ser indicado em casos mais graves, em que os pacientes apresentem complicações neurológicas e articulares. Estima-se que o SUS oferecerá cerca de 50 transplantes ao ano.

Além da medula, o procedimento também pode ser feito com sangue do cordão umbilical de um irmão compatível.

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Doença falciforme afeta cerca de 50 mil brasileiros

O primeiro caso de uma das doenças genéticas mais comuns em todo o mundo foi descoberto há 100 anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 300 mil bebês nascem com a doença falciforme a cada ano.

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Enfermidade herdada da África, é causada pela mutação de genes que produzem as hemoglobinas, responsável por transportar oxigênio para órgãos e tecidos do corpo. Essa malformação enrijece as hemoglobinas, prejudicando a circulação sanguínea e provocando muitas dores.

Desde o primeiro diagnóstico da enfermidade, os tratamentos evoluíram muito e já é possível conviver bem com a doença falciforme. A enfermidade hereditária mais comum no Brasil é tratada como um problema de saúde pública. Dados do Ministério da Saúde mostram que 3,5 mil crianças brasileiras nascem com a doença a cada ano. Outras 200 mil nascem com o traço falciforme, gene que pode transmitir a doença para as próximas gerações.

O diagnóstico precoce e a vacinação eficiente são a chave para o sucesso no tratamento, garantem os especialistas. Mas, para eles, ainda é preciso falar mais sobre a doença. Clarisse Lobo, da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH), afirma que as políticas públicas adotadas hoje no País são eficazes, especialmente na triagem. O famoso “Teste do Pezinho”, exame feito na primeira semana de vida do recém-nascido, é a garantia de reconhecimento precoce da doença falciforme e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) a todas as crianças.

“O País tem trabalhado para garantir políticas eficientes para o tratamento da doença. A triagem é importante porque apresenta o tamanho do problema. Mas acho que ainda podemos desenvolver ações que descentralizem o atendimento para que as pessoas não precisem se deslocar aos grandes centros para serem tratadas com qualidade. É preciso treinar os profissionais de saúde para que conheçam mais a enfermidade”, diz a hematologista, que também é diretora do Hemorio.

Os exames feitos com os recém-nascidos brasileiros ao longo dos anos mostraram que a Bahia é o Estado brasileiro com a maior incidência da doença, até por causa da concentração de afrodescendentes. Em cada 650 nascimentos, um bebê nasce doente e um em cada 17 possui o traço falciforme. A detecção do traço é importante para que os casais recebam aconselhamento genético e conheçam os riscos de ter um bebê com a doença.

Tratamentos

No caso da doença falciforme, o Ministério da Saúde vai apresentar as políticas adotadas para garantir qualidade de vida aos doentes. A estimativa da associação é que 50 mil brasileiros convivam com a doença hoje.

O SUS oferece o diagnóstico – mesmo adultos podem fazer exames para identificar traço ou a doença – e a medicação necessária para tratar os pacientes. Durante toda a vida, os portadores da doença devem ser acompanhados por equipes multidisciplinares de hematologistas, ortopedistas, nutricionistas e psicólogos, por exemplo.

Para evitar possíveis complicações (dores musculares nas articulações, ossos, tórax, abdômen e costas; icterícia; infecções como pneumonia e anemia crônica), os doentes precisam cuidar da alimentação, ingerir bastante líquido e tomar medicamentos. Além de ácido fólico até os cinco anos de idade, as crianças precisam tomar penicilina. Em casos mais graves da doença, a ingestão de hidroxiuréia também é necessária.

De acordo com Clarisse Lobo, 30% dos pacientes identificados pelo SUS no Brasil possuem a forma mais grave da doença, que exige mais cuidados e aumenta a taxa de mortalidade. A hematologista ressalta que a vacinação contra a pneumococos hoje oferecida antes dos seis meses de vida às crianças é fundamental para garantir mais qualidade de vida aos pacientes. “A cobertura vacinal antes dos três anos é um dos nossos desafios porque garante vantagens significativas no tratamento”, afirma.

Transplante

A única possibilidade de cura da doença falciforme é o transplante de medula óssea. Sérgio Barroca Mesiano, hematologista do Hospital Universitário de Brasília, afirma, no entanto, que este tipo de intervenção ainda é polêmico. Primeiro, porque as taxas de mortalidade durante o procedimento são altas. Segundo ele, cerca de 10% dos pacientes que se submetem à cirurgia morrem durante o processo. Por isso, o transplante só é recomendado em poucos – e severos – casos da doença.

Para a ABHH, há casos graves em que o transplante é a única possibilidade de sobrevida de pacientes. Mas essa ainda não é uma realidade defendida pelo SUS. “Os gestores entendem que ainda não temos estudos suficientes que comprovem a eficácia do procedimento”, diz Sérgio.

Outro complicador é encontrar medulas compatíveis. Apenas um quatro dos pacientes que precisam de um transplante de medula – por qualquer motivo – consegue uma compatível.

“É preciso entender que os medicamentos salvam vidas e garantem vida normal, exceto em casos extremamente graves. Aí os transplantes são recomendados. Mas essa não é uma abordagem isenta de gravidade. Não podemos tratar todos com transplante porque estaríamos os expondo a um risco desproporcional ao benefício”, avalia Clarisse.

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O que é Anemia Falciforme?

Pesquisa testa terapia para a fase aguda da Anemia Falciforme

Em artigo publicado na revista Blood, pesquisadores do Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) demonstraram que a hidroxiureia – droga usada no tratamento crônico da anemia falciforme ¿ pode também ajudar a aliviar sintomas da fase aguda da doença, atualmente sem opção terapêutica. O trabalho realizado durante o doutorado da estudante Camila Bononi Almeida mereceu destaque no editorial da revista, considerada a mais importante na área da hematologia.

“O paciente que chega hoje ao hospital com uma crise de dor típica da fase aguda recebe apenas analgésicos e hidratação. A ideia de usar a hidroxiureia – já aprovada para tratar de forma crônica esses pacientes – também na etapa aguda é muito atraente para os clínicos. Até agora, isso não havia sido cogitado”, comentou Nicola Amanda Conran Zorzetto, orientadora da pesquisa.

A anemia falciforme, explicou a pesquisadora, é uma doença hereditária caracterizada por uma alteração genética na hemoglobina, proteína que dá a coloração avermelhada ao sangue e ajuda no transporte do oxigênio pelo sistema circulatório. Essa alteração faz com que as hemácias – glóbulos vermelhos do sangue – assumam a forma de foice ou meia lua depois que o oxigênio é liberado. As células deformadas se tornam rígidas e propensas a se polimerizar, ou seja, a formar grupos que aderem ao endotélio e dificultam a circulação do sangue.

“Esse processo é conhecido como vaso-oclusão e hoje já se sabe que está relacionado a um estado inflamatório resultante da doença. Glóbulos brancos e plaquetas também ficam aderidos ao endotélio, obstruindo pequenos vasos”, disse Conran.

Além das intensas crises de dor, que muitas vezes requerem a internação do paciente, a vaso-oclusão pode causar infartos em qualquer parte do corpo e lesionar diversos órgãos. “Problemas como úlceras, osteonecrose, hipertensão pulmonar e acidente vascular cerebral são comuns”, disse a pesquisadora.

O grupo do Hemocentro da Unicamp, ao qual também pertence o reitor da universidade, Fernando Ferreira Costa, já havia demonstrado em pesquisas anteriores o benefício da hidroxiureia no tratamento crônico da anemia falciforme. “A droga aumenta a produção de outro tipo de hemoglobina, conhecida como hemoglobina fetal. Ela tem esse nome porque, normalmente, é produzida no período de vida uterina”, contou Conran.

A hemoglobina fetal é capaz de diminuir a polimerização da hemoglobina geneticamente alterada, reduzindo o risco de vaso-oclusão. “Mas como esse aumento na hemoglobina fetal leva meses para ter efeito, ninguém havia considerado usar a droga nas crises agudas”, disse. Durante seu doutorado, porém, Almeida constatou que, como sugeriam dados da literatura científica, a hidroxiureia tem outros efeitos interessantes. “Ela ativa uma via de sinalização celular dependente de óxido nítrico que facilita a vasodilatação, dificulta a interação entre os glóbulos brancos e vermelhos e, consequentemente, sua adesão ao endotélio”, explicou.

Nos experimentos feitos com camundongos portadores de anemia falciforme, os cientistas observaram que o medicamento não apenas diminuiu a adesão das células à parede dos vasos como também reverteu o quadro inflamatório. “Testamos a hidroxiureia isoladamente e também associada a uma substância chamada BAY73-6691, que também modula a via de sinalização por óxido nítrico. Uma droga potencializa o efeito da outra”, disse Almeida.

Passo a passo
Os animais geneticamente modificados para desenvolver a doença foram divididos em quatro grupos e receberam um estímulo inflamatório para desencadear o processo de vaso-oclusão. O primeiro grupo recebeu apenas placebo. O segundo foi tratado com hidroxiureia. O terceiro recebeu apenas o BAY73-6691 e, o quarto, a combinação das duas drogas.

Após três horas, os pesquisadores avaliaram por meio da microscopia intravital – técnica que permite observar o fluxo sanguíneo sob um tecido translúcido – como ocorria o processo de interação e adesão das células.

No grupo placebo, os pesquisadores verificaram a adesão de seis glóbulos brancos por, no mínimo, 30 segundos, a cada 100 micrômetros (μM) de endotélio. Já entre os animais que receberam ou a hidroxiureia ou o BAY73-6691 separados, esse número caiu 38%. No grupo que usou a combinação das duas drogas, a redução de células aderidas foi de 74%.

Ao analisar a interação dos glóbulos vermelhos com as células brancas previamente aderidas, os cientistas encontraram resultados semelhantes. “Esse dado é importante porque, após a adesão de glóbulos brancos ao endotélio, o próximo passo do processo vaso-oclusivo seria a interação dessas células com os glóbulos vermelhos circulantes”, explicou Almeida.

Os dados mostram uma redução de 44% nas interações do grupo tratado apenas com hidroxiureia e de 62% no grupo tratado apenas com BAY73-6691. A queda chegou a 69% quando as duas drogas foram combinadas. “Também verificamos aumento significativo da sobrevida no grupo que recebeu a combinação de hidroxiureia e BAY73-6691, quando comparado ao grupo controle”, contou Almeida.

Perspectivas
Para Conran, embora os melhores resultados tenham sido obtidos com a combinação das duas drogas, a hidroxiureia isolada também mostrou efeitos importantes e que poderiam ser mais facilmente aplicados na prática clínica. “Estão sendo feitos testes clínicos com drogas da classe do BAY73-6691 para tratamento de Alzheimer e há o interesse de testar também em anemia falciforme. Mas a hidroxiureia já está disponível para tratar os pacientes”, disse.

No entanto, ressaltou a pesquisadora, novos testes clínicos serão necessários para comprovar os benefícios do medicamento na fase aguda também em humanos e acertar a dose adequada. Além da hidroxiureia, o transplante de medula óssea é hoje a única opção terapêutica para anemia falciforme. O procedimento, porém, não é indicado para todos os casos e nem sempre um doador aparentado compatível é encontrado. “Por essa razão, está todo mundo procurando uma forma de tratar a doença e suas complicações de forma mais eficaz”, disse Conran.

O trabalho de Almeida foi premiado no 16º Congresso da Associação Europeia de Hematologia, realizado em Londres em 2011. Também obteve o prêmio principal no Congresso da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia de 2010.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://noticias.terra.com.br

Anemia Falciforme

A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também nos brancos. Ela se caracteriza por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos.

As hemácias falciformes contêm um tipo de hemoglobina, a hemoglobina S, que se cristaliza na falta de oxigênio, formando trombos que bloqueiam o fluxo de sangue, porque não têm a maleabilidade da hemácia normal.

Causas

A anemia falciforme é causada por mutação genética, responsável pela deformidade dos glóbulos vermelhos. Para ser portador da doença, é preciso que o gene alterado seja transmitido pelo pai e pela mãe. Se for transmitido apenas por um dos pais, o filho terá o traço falciforme, que poderá passar para seus descendentes, mas não a doença manifesta.

Sintomas

São sintomas da anemia falciforme:

* Dor forte provocada pelo bloqueio do fluxo sanguíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos;

* Dores articulares;

* Fadiga intensa;

* Palidez e icterícia;

* Atraso no crescimento;

* Feridas nas pernas;

* Tendência a infecções;

* Cálculos biliares;

* Problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais;

* Priapismo.

Diagnóstico

A eletroforese de hemoglobina é o exame laboratorial específico para o diagnóstico da anemia falciforme, mas a presença da hemoglobina S pode ser detectada pelo teste do pezinho quando a criança nasce.

Tratamento

Não há tratamento específico para a anemia falciforme, uma doença para a qual ainda não se conhece a cura. Os portadores precisam de acompanhamento médico constante (quanto mais cedo começar, melhor o prognóstico) para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação, prevenir infecções e controlar as crises de dor.

Recomendações

* Exija que o teste do pezinho seja feito em seu filho/a logo depois do nascimento. Se for constatado que é portador de anemia falciforme, encaminhe-o logo para um médico especialista;

* Procure imediatamente assistência se a pessoa com anemia falciforme tiver uma crise de dor. Embora às vezes ela possa ser tratada em casa com analgésicos, repouso e ingestão de muito líquido, só o médico poderá avaliar a necessidade de internação hospitalar;

* Entenda a febre do portador de anemia falciforme como um sinal de alerta e não faça uso de medicamentos sem orientação médica que acompanha o caso;

* Leve imediatamente para o hospital mais próximo, a criança com anemia falciforme que ficou pálida de repente;

* Lembre-se de que alterações oculares podem ocorrer nesses pacientes. Por isso, eles devem ser avaliados periodicamente por um oftalmologista.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://drauziovarella.com.br

Doenças Falciformes

É uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil e apresenta, já nos primeiros anos de vida, manifestações clínicas importantes, o que representa um sério problema de saúde pública no país, atingindo principalmente a população negra. A doença falciforme foi incluída na triagem neonatal em 1998, medida que serviu de modelo para a adoção em outros estados.

A doença falciforme é resultante de alteração genética caracterizada pela presença de um tipo anormal de hemoglobina denominada Hemoglobina S (HbS). Esta faz com que as hemácias adquiram a forma de foice (daí o nome falciforme) em ambiente de baixa oxigenação, dificultando sua circulação e provocando obstrução vascular.

As hemácias têm a função de carregar oxigênio para os tecidos, principal combustível para os órgãos. No caso da doença falciforme, elas são destruídas (hemolisadas), porque, como são em forma de foice, se agregam e diminuem a circulação do sangue nos pequenos vasos do corpo. Com isso, ocorre lesão nos órgão atingidos, causando dor, destruição dos glóbulos vermelhos, icterícia e anemia.

A forma mais freqüente da doença, e também a mais grave, é a homozigótica, que é denominada Anemia Falciforme ou Drepanocitose (Hb SS) e ocorre quando a criança herda de ambos os pais o gene S.

Quando a criança herda o gene S de um dos pais, e do outro o gene para a Hemoglobina A normal, ela será apenas portadora do Traço Falciforme (HbAS). Neste caso não apresentará a doença, podendo, no entanto transmiti-la para os filhos.

Desde 1998 até junho de 2006, foram diagnosticadas 1.597 crianças com a doença falciforme em Minas Gerais. A incidência no estado é, portanto, de 74 casos para cada 100 mil nascidos vivos. O Teste do Pezinho apontou ainda que 462 recém-nascidos eram portadores de outras hemoglobinopatias e 75.117 apresentaram Traço Falciforme.

SINTOMAS

A) Crises de dor

É a complicação mais freqüente da doença falciforme, sendo muitas vezes a primeira manifestação da doença. As crises duram normalmente de 4 a 6 dias, mas podem persistir por semanas. Infecção, febre, desidratação e exposição ao frio extremo podem precipitar as crises de dor. Algumas pessoas mais idosas se queixam que depressão e exaustão física podem iniciar as crises. Elas podem ocorrer nos braços, pernas, nas articulações, no tórax, no abdômen e nas costas.

B) Icterícia (cor amarela nos olhos)

É o sinal mais freqüente da doença. Quando o glóbulo vermelho se rompe, aparece um pigmento amarelo no sangue, que se chama bilirrubina. A urina fica da cor de coca-cola, e o branco dos olhos torna-se amarelo. O quadro não é contagioso e não deve ser confundido com hepatite.

C) Infecções e febre

As infecções constituem a principal causa de morte das pessoas com doença falciforme. Elas podem provocar a morte das crianças em poucas horas. As pneumonias (Infecções do pulmão) são as mais freqüentes. Também as meningites, as infecções nos rins e osteomielites (infecção no osso) ocorrem com freqüência maior em crianças e adultos. Os episódios de febre, principalmente nas crianças, devem ser considerados sinais de perigo iminente e, na sua persistência, é obrigatório procurar assistência médica.

Por causa da maior ocorrência das infecções até os cinco anos de idade, é obrigatório o uso de antibiótico preventivo (penicilina ou eritromicina), desde a descoberta da doença até essa idade. O cartão de vacinas deve ser atualizado e complementado com vacinas como a anti-pneumocócica.

D) Anemia

A maioria das pessoas apresenta anemia crônica, com níveis de hemoglobina tão baixos como 6,0 g/dl. Por ser anemia crônica, o organismo está adaptado a conviver com esses níveis mais baixos de hemoglobina. A causa dessa anemia é a destruição rápida de hemácias, e não da falta de ferro. Em algumas situações, pode ser agravada e haver necessidade de transfusão de concentrado de hemácias, como nas infecções graves, seqüestro esplênico e aplasia (parada de produção de hemácias pela medula óssea).

E) Síndrome mão-pé

Nas crianças pequenas, as crises de dor podem ocorrer nos pequenos ossos das mãos e dos pés, causando inchação, dor e vermelhidão no local.

F) Crise de seqüestração esplênica

As pessoas com doença falciforme podem sofrer repentinamente um acúmulo de grande volume de sangue no baço, que é denominado crise de seqüestração esplênica. Nessas crises, o baço aumenta rapidamente de volume e ocorre queda de nível de hemoglobina, podendo provocar choque e morte. Essa crise é uma das principais causas de morte nas crianças com doença falciforme. Ela deve ser prontamente diagnosticada e tratada. Por isso, os pais e responsáveis aprendem com os profissionais de saúde a fazer a apalpação do baço, para notar se ele, de repente, aumentou de tamanho.

G) Acidente vascular cerebral

É quando a crise vaso-oclusiva acontece nos vasos do cérebro, causando derrame. Aproximadamente 10% das pessoas com doença falciforme, entre 3 e 15 anos de idade, são vítimas de derrame. Dependendo da área afetada, a criança pode apresentar paralisia dos membros (braços e pernas) ou rosto, convulsões, coma e distúrbio da fala. Embora a recuperação possa ser completa, são freqüentes dano intelectual, seqüelas neurológicas graves e morte. A repetição do acidente vascular cerebral provoca danos maiores e aumenta a mortalidade.

F) Priapismo

Quando a crise vaso-oclusiva ocorre nos vasos que irrigam o pênis, há ereção prolongada e dolorosa. É mais freqüente nos adolescentes ou pré-adolescentes. Os episódios prolongados, com duração de mais de três horas, devem ser encaminhados ao serviço de urgência. Antes disso, deve ser estimulada a hidratação, exercícios leves e banhos mornos. Há risco de impotência sexual, caso o episódio não seja tratado adequadamente.

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