As quedas e suas conseqüências para as pessoas idosas no Brasil têm assumido dimensão de epidemia. Os custos para a pessoa idosa que cai e faz uma fratura são incalculáveis. E o pior, atinge toda a família na medida em que a pessoa idosa que fratura um osso acaba hospitalizada e frequentemente é submetida a tratamento cirúrgico. Os custos para o sistema de saúde também são altos.
A cada ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem gastos crescentes com tratamentos de fraturas em pessoas idosas. Para promover a saúde do grupo populacional o Ministério da Saúde chamou as secretarias estaduais e municipais de saúde a realizarem esforços conjuntos para redução das taxas de internação por fratura do fêmur na população idosa.
A quantidade de internações aumenta a cada ano e as mulheres são as mais atingidas. Entre as mulheres foram 20.778 mil internações em 2009 e entre eles 10.020 mil (dados até outubro). Por causa da osteoporose, elas ficam mais vulneráveis às fraturas. Os homens caem, mas não fraturam tanto quanto as mulheres. Em 2001, esses números eram bem menores, 15 mil internações do sexo feminino e 7 mil do sexo masculino.
A queda em idosos pode causar sérios prejuízos à qualidade de vida desse grupo populacional, podendo acarretar em imobilidade, dependência dos familiares, sem falar no índice de mortalidade pós-cirúrgico.
Nos casos mais graves, pode levar até a morte. Considerando todo o país, somente em 2005, foram 1.304 óbitos por fraturas de fêmur. E em 2009 esse número subiu para 1.478.
Anderson Della Torre, médico geriatra e coordenador clínico do IPGG (Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia), afirma que as quedas causam a morte do idoso não pelo acidente em si, mas, sim, pelas complicações durante a recuperação.
Isso acontece porque o paciente tem de ficar de cama, o que abre espaço para uma série de problemas como a trombose, que é a formação de coágulos nos vasos sanguíneos. A consequência mais temida desse problema é a embolia pulmonar, em que o coágulo se desloca para o pulmão, o que pode levar à morte.
Ficando deitado, o paciente também tem menor capacidade de expansão dos pulmões, o que dificulta a respiração. O idoso também sofre para eliminar secreções do corpo, ficando mais sujeito a doenças. Infecções na pele e no sistema urinário também são comuns em idosos acamados.
O médico diz ainda que é importante “colocar o idoso em pé”, iniciando o tratamento com fisioterapia, já nos primeiros dias após a fratura ou a cirurgia de correção para evitar esses problemas. O geriatra diz que é preciso saber as causas das quedas, que podem ser evitadas.
Com o intuito de reduzir esses valores e promover a saúde na terceira idade, o Ministério criou um comitê assessor instituído para prevenção e melhora da atenção (portaria nº. 3.213, dezembro de 2007). O comitê assessor é formado por técnicos do Ministério da Saúde e representantes da Confederação das Entidades Brasileiras de Osteoporose e Osteometabolismo. Esse grupo promove oficinas para debater estratégias de prevenção de quedas e de osteoporose e os cuidados necessários para aquelas pessoas que caem e fraturam.
CAUSAS – A queda em pessoas idosas está associada à dificuldade de visão, auditiva, uso inadequado de medicamentos, dificuldade de equilíbrio, perda progressiva de força nos membros inferiores, osteoporose, dentre outras situações clínicas que culminam para maior probabilidade de uma pessoa idosa cair.
Por questões de segurança, todo idoso deve avisar ao seu médico se caiu nos últimos seis meses. Isto porque é comum a pessoa cair uma primeira vez e não ter maiores conseqüências além do susto. Mas na próxima vez pode ser que o susto se transforme em pesadelo. A queda pode ser notificada através da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa e, assim, a equipe de saúde da família, por exemplo, assume as medidas necessárias para que outra queda não ocorra.
No Brasil, estima-se que exista uma população de 19 milhões de idosos.
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Informações parciais. Confira o texto na íntegra acessando a fonte: Ministério da Saúde e Portal R7
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