O meio corporativo percebeu que a responsabilidade social não é apenas uma questão de Marketing, mas sim um compromisso para com a sociedade. Para tal, as organizações começaram a trabalhar seu capital intelectual e, com isso, a conscientizar melhor seus funcionários. “Quando fazemos uma campanha com empresas, se conseguimos, 30, 50 ou 100 bolsas de coleta, o mais importante é a fidelização e conscientização que levamos para as pessoas. Não só para estes profissionais, mas também para seus familiares e amigos”, conta o Dr. George Crivoi, diretor de Administração da Fundação Pró-Sangue, órgão vinculado à Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
A falta de tempo das pessoas ainda é a grande justificativa para a baixa procura nas doações de sangue. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o número de doadores de um país seja de 3% a 5% do total da população. Contudo, segundo dados do Ministério da Saúde, este índice no Brasil está bem distante, não chegando a 2%.
A Pró-Sangue monta estruturas para a coleta dentro das empresas, chamada de campanha externa. A companhia deve ter, no mínimo, 100 funcionários, e é levada uma equipe durante parte do dia onde é realizada a coleta. O material é transportado até a sede da Fundação e é colocado em estoque. Este trabalho corresponde a 5% da coleta total da insitituição. “Também trabalhamos com a chamada coleta interna, em postos fixos, funcionando 12 horas por dia, em diversos pontos de São Paulo”, explica Crivoi.
Atualmente grandes empresas como Klabin, Dupont, Ericsson, Grupo Gerdau, Siemens e Linhas Correntes apoiam a causa e são parceiras da Pró-Sangue. As pequenas e médias organizações também participam, e a fundação disponibiliza uma Van que busca os profissionais em seus escritórios e os levam até a central de doações, localizado no Hospital das Clínicas de São Paulo. “É importante que as pessoas se conscientizem, pois nós, hoje, precisamos de 3,5% da população doando. Estamos buscando cada vez mais estas campanhas de conscientização para a manutenção dos estoques. A faixa etária de 20 a 35 anos é nosso maior nicho”, relata Crivoi.
Se as empresas querem ser protagonistas neste sentido para apoiar a sociedade, devem incentivar seus colaboradores nesta missão. As parcerias de instituições como a Pró-sangue e o Hemosc são fundamentais, pois as organizações são grandes alavancadores da causa.
Confira, abaixo, os pré-requisitos para doadores. Os homens devem respeitar o intervalo de 60 dias para cada doação, podendo doar até 4 vezes ao ano; já as mulheres com espaçamento de 90 dias, 3 vezes a cada 365 dias:
Requisitos básicos para a doação de sangue
- Estar em boas condições de saúde
- Ter entre 16 e 67 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos verificar no site, documentos necessários e formulários de autorização)
- Pesar no mínimo 50kg
- Estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas) e alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem à doação).
- Apresentar documento original com foto, emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social ou Carteira de Habilitação)
Impedimentos temporários
- Resfriado: aguardar 7 dias após desaparecimento dos sintomas.
- Gravidez
- 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana
- Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses)
- Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem à doação
- Tatuagem nos últimos 12 meses
- Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis, aguardar 12 meses.
Impedimentos definitivos
- Hepatite após os 11 anos de idade
- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e doença de Chagas
- Uso de drogas injetáveis ilícitas
- Malária
Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.catho.com.br
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