As últimas duas décadas foram de um grande crescimento nas pesquisas e no interesse clínico em relação à prática de exercícios como tratamento para problemas de mobilidade em pessoas com Doença de Parkinson. Os estudos mostraram que os exercícios físicos podem reverter ou minimizar o declínio físico no processo do envelhecimento, e essas conclusões podem ser estendidas para indivíduos com doenças neurológicas, principalmente a Doença de Parkinson.
Os exercícios tem o potencial de ajudar tanto nos problemas motores (como marcha, equilíbrio e força), não-motores (depressão, apatia, fadiga e constipação intestinal) bem como nas complicações secundárias da imobilidade (doença cardiovascular e osteoporose).
A prática regular de atividade física pode ser preventiva para indivíduos sem o diagnóstico da doença e também pode atrasar o aparecimento dos sintomas parkinsonianos naqueles indivíduos com o diagnóstico. Hoje se sabe que a associação dos exercícios físicos com os medicamentos é melhor do que apenas o tratamento medicamentoso isolado.
E quais exercícios podem ser realizados?
- Exercícios para melhora da marcha e do equilíbrio: Mais da metade dos indivíduos com doença de Parkinson vão evoluir com quedas recorrentes no ano. Alguns fatores como congelamento da marcha, fraqueza muscular e dificuldade no equilíbrio podem ser causadores de quedas. Nesse sentido, treino de marcha, de equilíbrio e fortalecimento muscular tem mostrado impacto positivo.
Estudos mostraram que pacientes que realizaram reabilitação com fortalecimento muscular associado a treino de equilíbrio tiveram maior benefício quando comparados com aqueles que fizeram apenas exercícios de equilíbrio.
A dificuldade da marcha é considerada um dos fatores mais incapacitantes da doença. Dessa forma, o treino de marcha na esteira tem trazido bons resultados, pois favorecem um padrão de marcha mais estável e dinâmico. O treinamento na esteira pode ser realizado em associação com a fisioterapia, aumentando a velocidade e melhorando o ritmo da marcha, bem como a qualidade de vida dos indivíduos com doença de Parkinson.
- Exercícios para melhora da força e da flexibilidade: indivíduos com doença de Parkinson apresentam com frequência fraqueza nas pernas, que pode levar à dificuldade na marcha, instabilidade postural e risco aumentado de quedas. Treinamento para melhorar o fortalecimento da musculatura dos membros inferiores resulta em aumento da força muscular e, consequentemente, a marcha e a capacidade para mudar de posição, como passar de sentado para de pé e andar, também apresentam melhora.
Indivíduos com doença de Parkinson apresentam flexibilidade reduzida, principalmente do tronco e pescoço, adotando uma postura fletida. Com isso o equilíbrio pode ser prejudicado, assim como a realização de atividades do dia-a-dia que necessitem de tal mobilidade. Para melhorar a flexibilidade estão indicados exercícios específicos para aumento da mobilidade do tronco, relaxamento da musculatura e treinamento postural, trazendo bons resultados para o desempenho físico.
- Exercícios para melhora do condicionamento aeróbico: pessoas com doença de Parkinson apresentam função cardiopulmonar reduzida. Exercícios aeróbicos, por meio de caminhada ou treinamento na esteira, mostraram benefício na marcha e na qualidade de vida. E com qual frequência esses exercícios devem ser realizados?
Não existe uma regra padrão, pois a indicação da atividade e de sua frequência varia de pessoa para pessoa. Porém, com base nos diversos estudos já realizados, é recomendado que treinamento aeróbico seja feito pelo menos 5 vezes por semana com duração de 30 minutos se intensidade moderada, ou pelo menos 3 vezes por semana com duração de 20 minutos se a intensidade do exercício for elevada.
O fortalecimento muscular e exercícios para flexibilidade devem ser realizados pelo menos 2 vezes por semana, com a realização de 8 a 10 exercícios para aumento da força e pelo menos 10 minutos de técnicas de alongamento cada vez.
Em relação ao treinamento para equilíbrio, esse deve ser ajustado em relação às queixas do indivíduo e ao estágio da doença de Parkinson no qual se encontra.
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