Posts Tagged 'dados'



Aids avança entre os jovens brasileiros

Os jovens entre 15 e 24 anos formam um dos grupos que mais preocupa as autoridades e profissionais de saúde envolvidos com o combate à aids no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, em oito anos foram registrados mais de 30 mil casos da doença nesse grupo da população.

1119

Se em 2004 havia 9,6 casos de aids em cada grupo de 100 mil habitantes de 15 a 24 anos, em 2013 o índice saltou para 12,7. Ao todo, 4.414 jovens foram detectados com o vírus em 2013, enquanto em 2004 haviam sido 3.453.

Nesse grupo, a preocupação é ainda maior com os gays. “Há uma tendência de aumento importante entre os mais jovens de 15 a 24 anos, em particular entre meninos jovens que fazem sexo com meninos jovens”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta segunda-feira 1º, Dia Mundial de Luta contra a Aids.

Para especialistas ouvidos pela DW Brasil, entre os motivos que levam à contaminação estão a sensação de invulnerabilidade, a discriminação, o uso de drogas, má comunicação com esse grupo e, principalmente, o não uso da camisinha.

“Há 30 anos fazemos o mesmo tipo de mensagem e esquecemos que o jovem de hoje não é o mesmo de 30 anos atrás, da época do surgimento da epidemia”, diz Georgiana Braga-Orillard, diretora da Unaids no Brasil. “O jovem de hoje não viu ídolos morrerem e não têm exemplos que tornam a epidemia de aids real.”

Para a especialista, é também necessário falar sobre discriminação, que é um dos fatores para a vulnerabilidade dos jovens homossexuais. “Nós temos que falar sobre discriminação nas escolas e na TV. O papel da mídia é muito importante para discutir mais o assunto”, afirma Braga-Orillard.

Em São Paulo, um levantamento da Secretaria da Saúde divulgado nesta segunda-feira confirma os dados nacionais: o número de novos casos de aids na faixa etária entre 15 e 24 anos aumentou 21,5% nos últimos sete anos. Foram registrados 722 novos casos em 2013, enquanto que, em 2007, haviam sido 594. No mesmo período, o número total de novos casos no Estado caiu 20%, passando para 6.830 em 2013.

De acordo com o infectologista Francisco Aoki, do Hospital das Clínicas da Unicamp, muito se fez em termos de prevenção, diagnóstico, tratamento, acompanhamento, distribuição de medicamentos, entre outras políticas. Porém, devido aos bons resultados do tratamento antirretroviral, os mais jovens têm relaxado na hora de usar a camisinha.

“Discussão, campanhas e informação existem aos montes. Mas, no entanto, os jovens têm tido uma certa dose de desdém e não vêm observando a necessidade de prevenção efetiva”, observa.

Para Fabiano Ramos, chefe do serviço de infectologia do Hospital São Lucas, da PUC-RS, há descaso no uso do preservativo e, ainda, o problema do uso de drogas, que favorece a disseminação do HIV. “O uso do crack vem aumentando nas cidades brasileiras, especialmente nas camadas mais pobres da população”, diz Ramos.

O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira, em Brasília, uma campanha voltada para o público jovem. Com o slogan #partiuteste, a ação visa informar sobre a prevenção do vírus HIV, com material específico para a população jovem gay e também para travestis. Nas peças publicitárias, é destacada a importância de se iniciar o tratamento logo depois de um resultado positivo.

O Ministério da Saúde divulgou ainda que, entre janeiro e outubro, o número de pacientes que iniciaram tratamento com medicamentos antirretrovirais no SUS passou de 61 mil – número 29% maior do que no mesmo período do ano passado, quando 47.506 pessoas iniciaram esse tratamento.

O aumento se deve à mudança de protocolo para a oferta do medicamento: em dezembro de 2013, o ministério estendeu o tratamento a todos infectados pelo HIV, independentemente do estágio da doença e da contagem das células de defesa CD4.

De acordo com o ministério, 734 mil pessoas vivem com aids no Brasil, sendo que, desse total, 589 mil sabem que têm a doença. O ministério afirma que a epidemia está estabilizada no país e que, a cada ano, são notificados 39 mil novos casos.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.cartacapital.com.br/

Visite nosso site: http://www.vivamelhoronline.com.br

Tratamento como prevenção, os primeiros resultados na epidemia da AIDS

O Brasil chega este ano com 29% a mais de pessoas em tratamento com antirretrovirais pelo Sistema Único de Saúde (SUS), na comparação com 2013. De Janeiro a Outubro do ano passado, 47.506 pessoas entraram em uso de medicação antirretroviral, sendo que neste mesmo período de 2014 foram 61.221 pacientes. No total acumulado, quase 400 mil pessoas já estão em terapia com estes medicamentos, neste ano. Os dados são do Boletim Epidemiológico de HIV e Aids 2014, divulgados pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta segunda-feira, em Brasília, por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a aids (1º de dezembro).

10371405_10152823801577159_1491016459117869296_n

O crescimento no número de pessoas em terapia com antirretrovirais é um dos impactos do Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e Aids, lançado em 1º de dezembro do ano passado. O protocolo garantiu acesso aos antirretrovirais a todas as pessoas com testes positivos de HIV, mesmo aquelas que não apresentem comprometimento do sistema imunológico.

Outro resultado positivo do protocolo, lançado há um ano, é o aumento expressivo de pessoas que iniciam o tratamento com CD4 acima de 500, ou seja, pessoas soropositivas com imunidade normal. Os dados do novo boletim indicam que 37% dos pacientes que entraram em tratamento em 2014 tinham CD4 acima de 500. Isso demostra que protocolo está funcionando: os médicos estão prescrevendo de acordo com a diretriz do Ministério da Saúde e os pacientes estão tomando corretamente os medicamentos prescritos.

AVANÇOS – O Brasil tem adotado, nos últimos meses, uma série de medidas para controle da transmissão, entre elas a ampliação da testagem de HIV em populações chaves (gays e homens que fazem sexo com homens, transexuais e travestis, pessoas que usam drogas e profissionais do sexo), além da facilitação do acesso de medicamentos, com a incorporação de novas formulações mais fáceis de serem usadas pelas pessoas vivendo com HIV/aids. Em 2014 o Ministério incorporou o 3 em 1 no Rio Grande do Sul e no Amazonas e já estendeu a compra para todo país. Além disso, incorporou o 2 em 1 e o Ritonavir termoestável, que dispensa a conservação em geladeira, dentre outras novidades. Todas essas medidas irão proporcionar que um grande número de pessoas possam se beneficiar do início precoce da terapia.

Com a adoção destas medidas, o Ministério da Saúde pretende cumprir a meta estabelecida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e pela Organização Mundial da Saúde, conhecida como 90-90-90, até 2020. A meta é testar 90% da população brasileira e, das pessoas que apresentarem resultado positivo, tratar 90%. Como resultado, conseguir que 90% das pessoas tratadas apresentem carga viral indetectável.

CAMPANHA – Pela primeira vez o Ministério da Saúde apresenta em uma campanha a estratégia de prevenir, testar e tratar. A campanha, lançada neste dia 1º de dezembro, tem como público alvo os jovens. Haverá também material segmentado para a população jovem gay e travestis. A estratégia deste ano prevê a continuidade da campanha, com adaptações, para festas populares, como carnaval e outros eventos, durante todo o próximo ano.

http://www.youtube.com/watch?v=WhvRNEMS43Y

A nova campanha apresenta jovens experimentando a vida com a palavra “testar”. O teste reforça o slogan final usando a gíria “# partiu teste”, linguagem típica desta faixa etária prioritária. O mensagem geral da campanha é informar o jovem para se prevenir contra o vírus da aids, usar camisinha, fazer o teste e, se der positivo, começar logo o tratamento, reforçando o conceito “camisinha + teste + medicamento” de prevenção combinada.

NOVOS NÚMEROS – De acordo com o novo boletim epidemiológico, cerca de 734 mil pessoas vivem com HIV e aids hoje no país. Deste total, 80% (589 mil) foram diagnosticadas. Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no país. A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos de aids novos ao ano.

O coeficiente de mortalidade por aids caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,1 caso de mortes por 100 mil habitantes em 2004, para 5,7 casos em 2013. Do total de óbitos por aids ocorridos no país até o ano passado, 198.534 (71,3%) ocorreram entre homens e 79.655 (28,6%) entre mulheres.

Em julho deste ano, a revista britânica The Lancet, uma das mais importantes publicações científicas da área médica, divulgou um estudo mostrando que o tratamento para aids no Brasil é mais eficiente que a média global. Segundo o estudo, as mortes em decorrência do vírus HIV no país caíram a uma taxa anual de 2,3% entre 2000 e 2013, maior do que os 1,5% registrados globalmente.

FUNDO POSITHIVO – No Dia Mundial de Luta contra a Aids, o Ministério da Saúde também anunciou o lançamento do Fundo Nacional de Sustentabilidade às Organizações da Sociedade Civil que trabalham no campo das DST/AIDS e Hepatites Virais. O fundo tem como meta arrecadar recursos da iniciativa privada para financiar projetos sociais de Organizações da Sociedade Civil (OSCs).

O fundo irá mobilizar recursos adicionais para as OSC, proporcionando a sustentabilidade e o aprimoramento das respostas sociais e políticas a estas enfermidades no Brasil. A Fundação de Amparo à Pesquisa e à Extensão Universitária (FAPEU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ficará responsável pelo seu gerenciamento nos 3 primeiros anos. O fomento à criação do Fundo tem como objetivo contribuir para uma fonte adicional de recursos à luta contra a AIDS no país, que tem na Sociedade Civil Organizada um aliado estratégico.

Atualmente, trabalham com o tema DST, Aids e hepatites Virais no país cerca de 350 organizações da sociedade civil (OSCs). Além da mobilização de recursos financeiros, o fundo pretende contribuir com a prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, ao HIV/aids, às hepatites virais e à promoção da saúde, especialmente entre jovens.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.blog.saude.gov.br/

Visite nosso site: http://www.vivamelhoronline.com.br

Não troque sua VIDA INTEIRA por uma noite

Campanha-Luta-contra-a-AIDS-2014

ONU pede compromisso na luta para acabar com a AIDS até 2030

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu aos líderes mundiais que se comprometam a acabar com a aids até 2030 por meio da iniciativa Abordagem Rápida, lançada na última semana.

o-WOMAN-AIDS-facebook

“Apelo aos líderes mundiais para se unirem nessa causa comum. Há uma luz no fim do túnel. Estabelecemos uma meta concreta. Vamos todos acabar com a aids até 2030”, disse Ban Ki-moon em mensagem divulgada no Dia Mundial de Luta contra a Aids, comemorado nesta segunda-feira (1º).

Ele disse estar “satisfeito e orgulhoso” pelo que considerou ser o “caminho certo” na luta contra a doença, cujo legado já é visível, comparado ao do vírus ebola na África Ocidental.

“Quase 14 milhões de pessoas em todo o mundo estão recebendo tratamentos contra a aids. Conseguimos reduzir novas infeções em 38%, desde 2001”, acrescentou o secretário.

Depois de destacar que os sistemas médicos por si só não são suficientes para garantir “cuidados de saúde robustos”, Ban Ki-Moon pediu mais apoio para combater a doença.

“Existem 35 milhões de pessoas vivendo com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV, na sigla em inglês) hoje em dia e cerca de 19 milhões delas não têm conhecimento de que contraíram o vírus”, apontou Ban Ki-Moon.

O secretário-geral frisou ainda que existem lacunas importantes na resposta a grupos-chave. Duas em cada três crianças necessitam de tratamento e não dispõem dele.As mulheres jovens são particularmente vulneráveis em muitos países com prevalência alta de HIV.

“A epidemia da aids está aumentando no Leste da Europa, na Ásia Central e no Oriente Médio, alimentada pelo estigma, a discriminação e as leis punitivas. Ainda assim, o trabalho essencial dos sistemas de comunidade e organizações de apoio muitas vezes não dispõe de apoio. Não podemos deixar ninguém para trás”, ressaltou.

Alerta a população

O Dia Mundial de Luta contra a Aids é comemorado em 1º de dezembro, hoje, e serve para alertar as populações quanto à necessidade de prevenção e de precaução contra o vírus, que ataca o sistema imunológico.

Às 14h, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresenta os novos dados do Boletim Epidemiológico HIV-Aids 201. A atividade será no Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, no salão Ballroom, em Brasília.

No Brasil, entre 1980 e junho de 2012, segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados 656.701 casos de aids, média de 36 mil casos por ano. Em relação aos óbitos, são registrados 11,5 mil por ano.A aids é a primeira causa de mortalidade na África e a quarta no mundo.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.brasil.gov.br/

Visite nosso site: http://www.vivamelhoronline.com.br

Dia Nacional de Combate ao Câncer Infanto-Juvenil foi lembrado neste domingo (23)

O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infanto-Juvenil é lembrado neste domingo, dia 23 de novembro. Para marcar a data, o Ministério da Saúde reforça a importância do diagnóstico precoce, já que diversos tipos de câncer não têm sintomas quando os tumores ainda estão em fase inicial. Quanto mais cedo começar o tratamento, mais fácil alcançar a cura.

files_380_20101119164953bc56

Segundo a assessora técnica da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Maria Inez Gadelha, as crianças que demonstrarem cansaço excessivo e perda da vontade de brincar ou de se alimentar devem ser encaminhadas rapidamente para um posto de saúde. “Têm que ficar muito atentos para observar qualquer alteração no comportamento da criança ou nos seus hábitos de vida. É preciso que nessa primeira etapa haja uma avaliação médica, seja por médico da saúde da família, seja já num posto por pediatra. E a partir daí, em havendo a suspeita este mesmo corpo profissional cuida do encaminhamento devido para a etapa de diagnóstico, que geralmente deve ser feita em hospital que tenha condição tecnológica, de recursos humanos e de instalações para confirmar esse diagnóstico e tratar”.

O defensor público André Soares tem um filho de três anos de idade que está com câncer de testículo. Ele conta que o diagnóstico precoce foi fundamental para que o tratamento começasse com sucesso. “Foi um susto gigantesco. Logo depois nós mandamos esse tumor para biópsia. Deu lá um tumor maligno, um tumor agressivo, mas que por sorte, graças a Deus, foi identificado no início, logo no começo. Foi extraído mediante uma cirurgia e ele está fazendo as sessões de quimioterapia, vão ser 22 semanas de tratamento, que vão terminar no dia 15 de janeiro agora próximo”.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre os casos de câncer em crianças e adolescentes, 40% são de leucemia, 20% de tumores cerebrais e os demais são diversos tumores, como de rim, de osso, de músculos, de olhos e de testículos.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.blog.saude.gov.br/

Visite nosso site: http://www.vivamelhoronline.com.br

O Dia da Consciência Negra é uma data para comemorar ou para reivindicar?

No Dia da Consciência Negra,  conversamos com três mulheres e três homens que compartilharam suas experiências e refletiram sobre as conquistas e as lutas do negro no Brasil. A data lembra Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, morto em 20 de novembro de 1695 — 319 anos atrás.

ergerere

Silvana Rodrigues, estudante de Políticas Públicas na UFRGS

“Eu fico muito feliz que exista um Dia da Consciência Negra. Ao mesmo tempo, parece que é uma maneira de a sociedade lavar as mãos, em mais uma forma de ‘exotizar’ a presença dos negros no universo. Comemoro as conquistas que vêm sendo alcançadas, mas nunca esqueço que estou em um país desigual, onde gente negra morre por nada: só por ser, só por estar.

Eu venho de uma realidade em que universidade não existia nem em sonho. E hoje trabalho em um espaço com mais oito artistas muito relevantes — um salto que só foi possível porque pude acessar o Ensino Superior. O aluno que entra pela política de cotas é diferenciado: muitas vezes, começou a trabalhar muito cedo e tem um conhecimento de vida para além das fórmulas ensinadas nas melhores escolas. E a universidade só é plural com a presença dessas pessoas.

Eu tinha a preocupação idiota de não saber me comportar quando eu fosse na casa de colegas ricos, até me dar conta que tenho colegas que têm vários talheres sobre a mesa e outros que não têm nem comida. Esses diálogos são possíveis por causa da política de cotas, com a qual eu concordo 100%.”

Maria Luiza Saraiva Pereira, geneticista e pesquisadora

“Não deveria existir um Dia da Consciência Negra. Deveríamos ter a civilidade de estarmos abertos às diferenças. O ideal seria que não tivéssemos nada para reivindicar, já que todos nós, seres humanos, deveríamos ter acesso às mesmas oportunidades de exercer a cidadania e garantir nossos direitos. Mas já que a data existe, que a gente a use pelo menos para refletir sobre alguns erros do passado que seguem acontecendo hoje, em pleno século 21.

Minha família, embora sem grande condição financeira, sempre colocou a educação acima de tudo. Procurei aproveitar todas as oportunidades que me apareceram, desde a entrada em uma universidade pública até o PhD, sem me colocar na situação de desfavorecida. Embora nunca tenha vivenciado um episódio muito marcante de racismo, sei que ele existe — a gente pode sentir o preconceito mesmo quando ele não é claro.

Eu sempre busquei enfrentar a vida de igual para igual, sem ficar me lamentando. Sou uma pessoa que não costuma falar muito sobre racismo. Prefiro um discurso menos extremista, sob pena de gerar muitas reações contrárias ao movimento negro.”

Cleiton de Freitas, delegado de polícia licenciado e vereador

“É um dia para refletir sobre os ganhos da sociedade em relação ao passado, mas a realidade é que temos 365 dias de luta contra o racismo, contra a anulação que sofrem as pessoas negras. Vi jovens negros, principalmente entre 14 e 27 anos, serem mortos justamente por quem deveria lhes garantir segurança: os policiais.

Acontece que as instituições refletem a sociedade. Quando eu era estudante de Direito, fui atacado na rua por policiais que jogaram minha bolsa no chão e chutaram todo o meu material — eu era um homem negro e, portanto, suspeito. Jogaram fora até a marmita que eu levava para a aula. Guardo como símbolo o Código Civil que foi entortado pelos pontapés e nunca mais voltou ao normal. Isso me fez refletir sobre as lutas que precisavam ser encaminhadas para que isso não acontecesse mais, para que houvesse um parâmetro de igualdade capaz de fazer a sociedade viver em paz.

Nunca existiu orientação dentro da Academia de Polícia para abordar negros. Policiais devem ter respeito ao ser humano, seja qual for a cor ou a raça. Abordar um negro porque ele está parado ou porque está vestido com tal roupa… eu sinto muito, mas isso não é investigar. É discriminar.”

Márcio Chagas da Silva, ex-árbitro e comentarista do Grupo RBS

“Acho que não há comemoração alguma, apesar de ser uma data referente a Zumbi dos Palmares, um representante dos negros. O principal é discutir o porquê de os negros ainda viverem às margens da sociedade. Desde 1888, quando a escravidão foi abolida, a situação mudou um pouco — mas muito pouco.

Não falar sobre racismo é fechar uma cortina para a luta dos meus antepassados e de tantos outros negros que lutam diariamente por espaço. O que aconteceu comigo em março não foi inédito (após apitar um jogo do Esportivo, encontrou seu carro, no estacionamento do Estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, com bananas no capô e no cano de descarga). Só que dessa vez eu resolvi me manifestar, muito porque meu pensamento mudou depois que virei pai. Como eu vou passar esse ensinamento para o meu filho se diante de uma situação dessas eu fraquejei? Disseram que eu poderia me prejudicar, mas minha alma vale mais que minha carreira. Foi um grito de liberdade.

Eu entrei com uma ação na Justiça e acho que a punição dos envolvidos vai ser um marco no nosso Estado. O ambiente do estádio favorece o racismo: onde tem multidão, as pessoas se escondem. Falam bobagem sabendo que podem ser acobertadas. Racismo é crime. Um negro ser chamado de macaco não é normal. Só quem é negro sabe o quanto é doloroso.”

Jeferson Tenório, escritor e professor de português e literatura

“Por remeter ao ícone do movimento negro, Zumbi, vale a comemoração. Mas também é uma data para protestar, pois ainda há uma ilusão de que existe uma democracia racial no Brasil, enquanto vários casos recentes mostram o contrário. Quando estudante, em uma entrevista de emprego ouvi: ‘Não contrato pessoas negras’. Se fosse hoje, eu denunciaria. Mas, na época, achava que o preconceito era uma realidade e não havia nada que eu pudesse fazer.

Já fui abordado por policiais 12 vezes. Da última, eu estava parado na frente de casa, esperando uma carona, quando parou um brigadiano e perguntou o que eu estava fazendo ali. Ele pediu minha identidade, viu que não havia nada de errado comigo, pediu desculpas e foi embora. Enquanto isso, eu ouvia minha descrição no rádio, como suspeito. Não podia mais aceitar isso e resolvi escrever um relato no Facebook, que foi muito compartilhado. Outros textos sobre o assunto, fiquei sabendo depois, foram discutidos em sala de aula, o que é muito legal.

Sei que não sou o único. Que todos os dias dezenas de pessoas são humilhadas por policiais só por serem negras. Mas a forma que eu encontrei de lutar contra o racismo foi através da palavra. É o meu dever enquanto escritor e professor.”

Kyndze Horlle, atriz

“A gente conquistou muitas coisas. Hoje, atrizes negras têm mais espaço, mas ainda é fundamental discutir os papéis que elas cumprem. Às vezes, aparecem como submissas. Outras, em função do corpo, do sexo e da beleza — mas nunca com destaque à inteligência, ao talento.

Apesar disso, ter mulheres negras em um espaço historicamente feito por pessoas brancas é uma vitória. Nem sempre precisamos falar, em peças de teatro ou programas de televisão, o quanto o negro sofre e é massacrado. Podemos falar de cotidiano, de amor. Quando a gente mascara o racismo, finge-se que ele não existe. Eu estava no Moinhos de Vento, um bairro predominantemente branco, caminhando em direção ao meu local de estágio quando uma senhora me disse, animada: “deve dar uma boa grana trabalhar nas casas daqui”. Respondi que, se ela estava procurando emprego, eu poderia perguntar no meu trabalho se sabiam de alguma oportunidade. E assim eu a desmobilizei e a fiz repensar sobre aquela atitude.

Não tem como passar ileso por uma situação dessas, mas enfrentá-las me fortalece.”

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://zh.clicrbs.com.br/

Visite nosso site: http://www.vivamelhoronline.com.br

Particularidades do Câncer Infantil

O progresso no desenvolvimento do tratamento do câncer na infância foi espetacular nas últimas quatro décadas.

Estima-se que em torno de 70% das crianças acometidas de câncer podem ser curadas, se diagnosticadas precocemente e tratadas em centros especializados. A maioria dessas crianças terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.

MikeandBrent-McCreesh-Southport
Com base em referências dos registros de base populacional, são estimados mais de 9000 casos novos de câncer infanto-juvenil, no Brasil, por ano. Assim como em países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a segunda causa de mortalidade proporcional entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões. Como a primeira causa são aquelas relacionadas aos acidentes e à violência, podemos dizer que o câncer é a primeira causa de mortes por doença, após 1 ano de idade, até o final da adolescência. Dessa forma, revestem-se de importância fundamental para o controle dessa situação e o alcance de melhores resultados, as ações específicas do setor saúde, como organização da rede de atenção e desenvolvimento das estratégias de diagnóstico e tratamento oportunos.

Câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. As neoplasias mais freqüentes na infância são as leucemias (glóbulos brancos), tumores do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático). Também acometem crianças o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, freqüentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tumor renal), retinoblastoma (tumor da retina do olho), tumor germinativo (tumor das células que vão dar origem às gônadas), osteossarcoma (tumor ósseo), sarcomas (tumores de partes moles).

Diferentemente do câncer de adulto, o câncer da criança geralmente afeta as células do sistema sangüíneo e os tecidos de sustentação, enquanto que o do adulto afeta as células do epitélio, que recobre os diferentes órgãos (câncer de mama, câncer de pulmão). Doenças malignas da infância, por serem predominantemente de natureza embrionária, são constituídas de células indiferenciadas, o que determina, em geral, uma melhor resposta aos métodos terapêuticos atuais.
No adulto, em muitas situações, o surgimento do câncer está associado claramente aos fatores ambientais como, por exemplo, fumo e câncer de pulmão. Nos tumores da infância e adolescência, até o momento, não existem evidências científicas que nos permitam observar claramente essa associação. Logo, prevenção é um desafio para o futuro. A ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce e orientação terapêutica de qualidade.

Em nosso meio,  muitos pacientes ainda são encaminhados ao centro de tratamento com doenças em estágio avançado, o que se deve a vários fatores: desinformação dos pais, medo do diagnóstico de câncer (podendo levar à negação dos sintomas), desinformação dos médicos. Também contribuem para esses atrasos no diagnóstico, os problemas de organização da rede de serviços e o acesso desigual às tecnologias diagnósticas.  Mas algumas vezes também está relacionado com as características de determinado tipo de tumor, porque a apresentação clínica dos mesmos pode não diferir muito de diferentes doenças, muitas delas bastante comuns na infância. Os sinais e sintomas não são necessariamente específicos e, não raras vezes, a criança ou o jovem podem ter o seu estado geral de saúde ainda em razoáveis condições, no início da doença. Por esse motivo, é de importância crucial o conhecimento médico sobre a possibilidade da doença.
É muito importante estar atento a algumas formas de apresentação dos tumores da infância.

• Nas leucemias, pela invasão da medula óssea por células anormais, a criança se torna suscetível a infecções, pode ficar pálida, ter sangramentos e sentir dores ósseas.
• No retinoblastoma, um sinal importante de manifestação é o chamado “reflexo do olho do gato”, que é o embranquecimento da pupila quando exposta à luz. Pode se apresentar, também, através de fotofobia ou estrabismo. Geralmente acomete crianças antes dos três anos de idade. Hoje a pesquisa desse reflexo poderá ser feita desde a fase de recém-nascido.
• Algumas vezes, os pais notam um aumento do volume ou uma massa no abdomen, podendo tratar-se nesse caso, também, de um tumor de Wilms ou neuroblastoma.
• Tumores sólidos podem se manifestar pela formação de massa, podendo ser visíveis ou não e causar dor nos membros, sintoma, por exemplo, freqüente no osteossarcoma (tumor no osso em crescimento), mais comum em adolescentes.
• Tumor de sistema nervoso central tem como sintomas dor de cabeça, vômitos, alterações motoras, alterações de comportamento e paralisia de nervos.

É importante que os pais estejam alertas para o fato de que a criança não inventa sintomas e que ao sinal de alguma anormalidade, levem seus filhos ao pediatra para avaliação. É igualmente relevante saber que, na maioria das vezes, esses sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância. Mas isto não deve ser motivo para que a visita ao médico seja descartada.

O tratamento do câncer começa com o diagnóstico correto, em que há necessidade da participação de um laboratório confiável e do estudo de imagens. Pela sua complexidade, o tratamento deve ser efetuado em centro especializado, e compreende três modalidades principais (quimioterapia, cirurgia e radioterapia), sendo aplicado de forma racional e individualizada para cada tumor específico e de acordo com a extensão da doença. O trabalho coordenado de vários especialistas também é fator determinante para o êxito do tratamento (oncologistas pediatras, cirurgiões pediatras, radioterapeutas, patologistas, radiologistas), assim como o de outros membros da equipe médica (enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos).

Tão importante quanto o tratamento do câncer em si, é a atenção dada aos aspectos sociais da doença, uma vez que a criança e o adolescente doentes devem receber atenção integral, inseridos no seu contexto familiar. A cura não deve se basear somente na recuperação biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente. Neste sentido, não deve faltar  ao paciente e à sua família,  desde o início do tratamento, o suporte psicossocial necessário, o que envolve o comprometimento de uma equipe multiprofissional e a relação com  diferentes setores da sociedade, envolvidos no apoio às famílias e à saúde de crianças e jovens.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.inca.gov.br/

Visite nosso site: http://www.vivamelhoronline.com.br

Só metade dos casos de câncer infantil é diagnosticada no país

O câncer é a doença que mais mata crianças no Brasil, mas é um desconhecido mesmo para parte dos médicos. Com sinais e sintomas que podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças da infância, o diagnóstico custa a ser feito e essa demora, muitas vezes, custa vidas. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que cerca de 12 mil novos casos surjam por ano no país, mas só a metade é diagnosticada.

00137828-015_wm2

“O câncer infantojuvenil é uma causa esquecida. Não é tema obrigatório nas escolas de saúde, o que dificulta o diagnóstico e o encaminhamento a um especialista”, diz a oncopediatra da Fundação Sara Albuquerque Costa, Eliana Cavacami. Para chamar a atenção para o quadro, a entidade, que trabalha no apoio a crianças e adolescentes com a doença em Belo Horizonte e Montes Claros, promove neste mês a campanha Novembro Dourado, para levar informações sobre a doença.

Quando diagnosticado no início, a taxa de cura pode ser superior a 80%. “O encaminhamento para um especialista nem é complicado. O diagnóstico é o grande problema”, reforça a oncopediatra do Hospital das Clínicas, Karine Fonseca. Ela explica que em crianças não há prevenção e todas as ações se iniciam a partir do diagnóstico.

Entre os sinais e sintomas estão vômitos e febres sem razão aparente, fraqueza em algum membro, dores de cabeça persistentes, dor nos ossos, manchas roxas e caroços pelo corpo.

Olhos esbranquiçados em fotos também são sinal de alerta. Se a criança ou adolescente apresentar qualquer desses sinais de maneira prolongada e sem causa definida, os pais devem insistir com o pediatra ou clínico para que sejam realizados exames mais apurados.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site:  http://www.otempo.com.br/

Visite nosso site: http://www.vivamelhoronline.com.br

Diagnóstico precoce de câncer de próstata permite 98% de sobrevida

O diagnóstico precoce do câncer de próstata dobra a chance de sobrevida, revela estudo inédito do A.C. Camargo Cancer Center, de São Paulo.

prostate-cancer

Foram avaliados 2.293 pacientes, com idade média de 65 anos, diagnosticados com câncer de próstata e tratados na instituição desde 2000.

Desse total, 76% dos homens tiveram o tumor diagnosticado no estágio inicial, quando ele estava localizado. Dez anos depois, 98% deles estavam vivos. No estágio 4 (com metástase), menos da metade permanecia viva (46%) no mesmo período.

Segundo o médico Gustavo Guimarães, chefe de urologia do A.C. Camargo, os resultados mostram que é preciso investir mais no diagnóstico precoce, o que está longe da realidade do sistema público de saúde. No Estado de São Paulo, 30% dos tumores de próstata são diagnosticados na fase avançada. Nos EUA, esse valor é de 4%.

O câncer de próstata é o segundo tumor mais frequente no homem brasileiro, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A estimativa é de que, em 2014, sejam 69 mil novos casos.

Além da sobrevida maior, o diagnóstico precoce possibilita o uso de procedimentos menos invasivos (cirurgias por videolaparoscopia ou robótica), que se traduz em recuperação mais rápida.

“Conseguimos diminuir pela metade o tempo em que o homem fica impotente ou precisando de fraldas [incontinente]. Na cirurgia tradicional, vai de um ano a um ano e meio. Com a robótica, reduzimos para seis meses.”

Com o aposentado Moacyr Batista da Silva, 65, a recuperação foi ainda mais rápida. Ele teve o câncer diagnosticado em fevereiro e, em agosto, fez a cirurgia com robô.

“Com dois meses, deixei de usar a fralda e já estava tudo em ordem [também com a potência sexual]. Meu irmão fez a cirurgia tradicional cinco anos atrás e demorou dois anos para se recuperar”, diz.

Segundo o urologista Alberto Antunes, do Hospital Sírio-Libanês, embora cirurgias menos invasivas possibilitem recuperação mais rápida, as chances de o paciente ficar permanentemente impotente ou incontinente independem do tipo de procedimento.

Ele explica que logo após a retirada da próstata, 30% dos pacientes precisarão de fraldas. Só de 3% a 4% ficarão com o problema para sempre.

Já a impotência atinge a todos no início. Entre os homens de até 55 anos, 80% recuperam a potência. Depois dos 70 anos, só 20% terão essa sorte. “Mas hoje só fica com disfunção quem quiser. Temos inúmeras opções, de medicamentos a próteses”, diz Antunes.

Assim como a maioria dos homens, Silva não fazia os exames preventivos regulamente. Médicos e a Sociedade Brasileira de Urologia recomendam PSA (exame de sangue) e toque retal anualmente a partir dos 50 anos.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.folha.uol.com.br/

Visite nosso site: http://www.vivamelhoronline.com.br

Doença falciforme afeta cerca de 50 mil brasileiros

O primeiro caso de uma das doenças genéticas mais comuns em todo o mundo foi descoberto há 100 anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 300 mil bebês nascem com a doença falciforme a cada ano.

teste-pezinho_foto-ministerio-saude_18062013-1

Enfermidade herdada da África, é causada pela mutação de genes que produzem as hemoglobinas, responsável por transportar oxigênio para órgãos e tecidos do corpo. Essa malformação enrijece as hemoglobinas, prejudicando a circulação sanguínea e provocando muitas dores.

Desde o primeiro diagnóstico da enfermidade, os tratamentos evoluíram muito e já é possível conviver bem com a doença falciforme. A enfermidade hereditária mais comum no Brasil é tratada como um problema de saúde pública. Dados do Ministério da Saúde mostram que 3,5 mil crianças brasileiras nascem com a doença a cada ano. Outras 200 mil nascem com o traço falciforme, gene que pode transmitir a doença para as próximas gerações.

O diagnóstico precoce e a vacinação eficiente são a chave para o sucesso no tratamento, garantem os especialistas. Mas, para eles, ainda é preciso falar mais sobre a doença. Clarisse Lobo, da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH), afirma que as políticas públicas adotadas hoje no País são eficazes, especialmente na triagem. O famoso “Teste do Pezinho”, exame feito na primeira semana de vida do recém-nascido, é a garantia de reconhecimento precoce da doença falciforme e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) a todas as crianças.

“O País tem trabalhado para garantir políticas eficientes para o tratamento da doença. A triagem é importante porque apresenta o tamanho do problema. Mas acho que ainda podemos desenvolver ações que descentralizem o atendimento para que as pessoas não precisem se deslocar aos grandes centros para serem tratadas com qualidade. É preciso treinar os profissionais de saúde para que conheçam mais a enfermidade”, diz a hematologista, que também é diretora do Hemorio.

Os exames feitos com os recém-nascidos brasileiros ao longo dos anos mostraram que a Bahia é o Estado brasileiro com a maior incidência da doença, até por causa da concentração de afrodescendentes. Em cada 650 nascimentos, um bebê nasce doente e um em cada 17 possui o traço falciforme. A detecção do traço é importante para que os casais recebam aconselhamento genético e conheçam os riscos de ter um bebê com a doença.

Tratamentos

No caso da doença falciforme, o Ministério da Saúde vai apresentar as políticas adotadas para garantir qualidade de vida aos doentes. A estimativa da associação é que 50 mil brasileiros convivam com a doença hoje.

O SUS oferece o diagnóstico – mesmo adultos podem fazer exames para identificar traço ou a doença – e a medicação necessária para tratar os pacientes. Durante toda a vida, os portadores da doença devem ser acompanhados por equipes multidisciplinares de hematologistas, ortopedistas, nutricionistas e psicólogos, por exemplo.

Para evitar possíveis complicações (dores musculares nas articulações, ossos, tórax, abdômen e costas; icterícia; infecções como pneumonia e anemia crônica), os doentes precisam cuidar da alimentação, ingerir bastante líquido e tomar medicamentos. Além de ácido fólico até os cinco anos de idade, as crianças precisam tomar penicilina. Em casos mais graves da doença, a ingestão de hidroxiuréia também é necessária.

De acordo com Clarisse Lobo, 30% dos pacientes identificados pelo SUS no Brasil possuem a forma mais grave da doença, que exige mais cuidados e aumenta a taxa de mortalidade. A hematologista ressalta que a vacinação contra a pneumococos hoje oferecida antes dos seis meses de vida às crianças é fundamental para garantir mais qualidade de vida aos pacientes. “A cobertura vacinal antes dos três anos é um dos nossos desafios porque garante vantagens significativas no tratamento”, afirma.

Transplante

A única possibilidade de cura da doença falciforme é o transplante de medula óssea. Sérgio Barroca Mesiano, hematologista do Hospital Universitário de Brasília, afirma, no entanto, que este tipo de intervenção ainda é polêmico. Primeiro, porque as taxas de mortalidade durante o procedimento são altas. Segundo ele, cerca de 10% dos pacientes que se submetem à cirurgia morrem durante o processo. Por isso, o transplante só é recomendado em poucos – e severos – casos da doença.

Para a ABHH, há casos graves em que o transplante é a única possibilidade de sobrevida de pacientes. Mas essa ainda não é uma realidade defendida pelo SUS. “Os gestores entendem que ainda não temos estudos suficientes que comprovem a eficácia do procedimento”, diz Sérgio.

Outro complicador é encontrar medulas compatíveis. Apenas um quatro dos pacientes que precisam de um transplante de medula – por qualquer motivo – consegue uma compatível.

“É preciso entender que os medicamentos salvam vidas e garantem vida normal, exceto em casos extremamente graves. Aí os transplantes são recomendados. Mas essa não é uma abordagem isenta de gravidade. Não podemos tratar todos com transplante porque estaríamos os expondo a um risco desproporcional ao benefício”, avalia Clarisse.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://saude.ig.com.br/

Visite nosso site: http://www.vivamelhoronline.com.br


Enter your email address to follow this blog and receive notifications of new posts by email.

Junte-se a 772 outros assinantes

Calendário

dezembro 2025
S T Q Q S S D
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
293031  

Arquivos

Estatísticas do Blog

  • 1.074.304 hits

Crie um site como este com o WordPress.com
Comece agora