Arquivo para outubro \24\-03:00 2012



Pesquisa testa terapia para a fase aguda da Anemia Falciforme

Em artigo publicado na revista Blood, pesquisadores do Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) demonstraram que a hidroxiureia – droga usada no tratamento crônico da anemia falciforme ¿ pode também ajudar a aliviar sintomas da fase aguda da doença, atualmente sem opção terapêutica. O trabalho realizado durante o doutorado da estudante Camila Bononi Almeida mereceu destaque no editorial da revista, considerada a mais importante na área da hematologia.

“O paciente que chega hoje ao hospital com uma crise de dor típica da fase aguda recebe apenas analgésicos e hidratação. A ideia de usar a hidroxiureia – já aprovada para tratar de forma crônica esses pacientes – também na etapa aguda é muito atraente para os clínicos. Até agora, isso não havia sido cogitado”, comentou Nicola Amanda Conran Zorzetto, orientadora da pesquisa.

A anemia falciforme, explicou a pesquisadora, é uma doença hereditária caracterizada por uma alteração genética na hemoglobina, proteína que dá a coloração avermelhada ao sangue e ajuda no transporte do oxigênio pelo sistema circulatório. Essa alteração faz com que as hemácias – glóbulos vermelhos do sangue – assumam a forma de foice ou meia lua depois que o oxigênio é liberado. As células deformadas se tornam rígidas e propensas a se polimerizar, ou seja, a formar grupos que aderem ao endotélio e dificultam a circulação do sangue.

“Esse processo é conhecido como vaso-oclusão e hoje já se sabe que está relacionado a um estado inflamatório resultante da doença. Glóbulos brancos e plaquetas também ficam aderidos ao endotélio, obstruindo pequenos vasos”, disse Conran.

Além das intensas crises de dor, que muitas vezes requerem a internação do paciente, a vaso-oclusão pode causar infartos em qualquer parte do corpo e lesionar diversos órgãos. “Problemas como úlceras, osteonecrose, hipertensão pulmonar e acidente vascular cerebral são comuns”, disse a pesquisadora.

O grupo do Hemocentro da Unicamp, ao qual também pertence o reitor da universidade, Fernando Ferreira Costa, já havia demonstrado em pesquisas anteriores o benefício da hidroxiureia no tratamento crônico da anemia falciforme. “A droga aumenta a produção de outro tipo de hemoglobina, conhecida como hemoglobina fetal. Ela tem esse nome porque, normalmente, é produzida no período de vida uterina”, contou Conran.

A hemoglobina fetal é capaz de diminuir a polimerização da hemoglobina geneticamente alterada, reduzindo o risco de vaso-oclusão. “Mas como esse aumento na hemoglobina fetal leva meses para ter efeito, ninguém havia considerado usar a droga nas crises agudas”, disse. Durante seu doutorado, porém, Almeida constatou que, como sugeriam dados da literatura científica, a hidroxiureia tem outros efeitos interessantes. “Ela ativa uma via de sinalização celular dependente de óxido nítrico que facilita a vasodilatação, dificulta a interação entre os glóbulos brancos e vermelhos e, consequentemente, sua adesão ao endotélio”, explicou.

Nos experimentos feitos com camundongos portadores de anemia falciforme, os cientistas observaram que o medicamento não apenas diminuiu a adesão das células à parede dos vasos como também reverteu o quadro inflamatório. “Testamos a hidroxiureia isoladamente e também associada a uma substância chamada BAY73-6691, que também modula a via de sinalização por óxido nítrico. Uma droga potencializa o efeito da outra”, disse Almeida.

Passo a passo
Os animais geneticamente modificados para desenvolver a doença foram divididos em quatro grupos e receberam um estímulo inflamatório para desencadear o processo de vaso-oclusão. O primeiro grupo recebeu apenas placebo. O segundo foi tratado com hidroxiureia. O terceiro recebeu apenas o BAY73-6691 e, o quarto, a combinação das duas drogas.

Após três horas, os pesquisadores avaliaram por meio da microscopia intravital – técnica que permite observar o fluxo sanguíneo sob um tecido translúcido – como ocorria o processo de interação e adesão das células.

No grupo placebo, os pesquisadores verificaram a adesão de seis glóbulos brancos por, no mínimo, 30 segundos, a cada 100 micrômetros (μM) de endotélio. Já entre os animais que receberam ou a hidroxiureia ou o BAY73-6691 separados, esse número caiu 38%. No grupo que usou a combinação das duas drogas, a redução de células aderidas foi de 74%.

Ao analisar a interação dos glóbulos vermelhos com as células brancas previamente aderidas, os cientistas encontraram resultados semelhantes. “Esse dado é importante porque, após a adesão de glóbulos brancos ao endotélio, o próximo passo do processo vaso-oclusivo seria a interação dessas células com os glóbulos vermelhos circulantes”, explicou Almeida.

Os dados mostram uma redução de 44% nas interações do grupo tratado apenas com hidroxiureia e de 62% no grupo tratado apenas com BAY73-6691. A queda chegou a 69% quando as duas drogas foram combinadas. “Também verificamos aumento significativo da sobrevida no grupo que recebeu a combinação de hidroxiureia e BAY73-6691, quando comparado ao grupo controle”, contou Almeida.

Perspectivas
Para Conran, embora os melhores resultados tenham sido obtidos com a combinação das duas drogas, a hidroxiureia isolada também mostrou efeitos importantes e que poderiam ser mais facilmente aplicados na prática clínica. “Estão sendo feitos testes clínicos com drogas da classe do BAY73-6691 para tratamento de Alzheimer e há o interesse de testar também em anemia falciforme. Mas a hidroxiureia já está disponível para tratar os pacientes”, disse.

No entanto, ressaltou a pesquisadora, novos testes clínicos serão necessários para comprovar os benefícios do medicamento na fase aguda também em humanos e acertar a dose adequada. Além da hidroxiureia, o transplante de medula óssea é hoje a única opção terapêutica para anemia falciforme. O procedimento, porém, não é indicado para todos os casos e nem sempre um doador aparentado compatível é encontrado. “Por essa razão, está todo mundo procurando uma forma de tratar a doença e suas complicações de forma mais eficaz”, disse Conran.

O trabalho de Almeida foi premiado no 16º Congresso da Associação Europeia de Hematologia, realizado em Londres em 2011. Também obteve o prêmio principal no Congresso da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia de 2010.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://noticias.terra.com.br

Anemia Falciforme

A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também nos brancos. Ela se caracteriza por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos.

As hemácias falciformes contêm um tipo de hemoglobina, a hemoglobina S, que se cristaliza na falta de oxigênio, formando trombos que bloqueiam o fluxo de sangue, porque não têm a maleabilidade da hemácia normal.

Causas

A anemia falciforme é causada por mutação genética, responsável pela deformidade dos glóbulos vermelhos. Para ser portador da doença, é preciso que o gene alterado seja transmitido pelo pai e pela mãe. Se for transmitido apenas por um dos pais, o filho terá o traço falciforme, que poderá passar para seus descendentes, mas não a doença manifesta.

Sintomas

São sintomas da anemia falciforme:

* Dor forte provocada pelo bloqueio do fluxo sanguíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos;

* Dores articulares;

* Fadiga intensa;

* Palidez e icterícia;

* Atraso no crescimento;

* Feridas nas pernas;

* Tendência a infecções;

* Cálculos biliares;

* Problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais;

* Priapismo.

Diagnóstico

A eletroforese de hemoglobina é o exame laboratorial específico para o diagnóstico da anemia falciforme, mas a presença da hemoglobina S pode ser detectada pelo teste do pezinho quando a criança nasce.

Tratamento

Não há tratamento específico para a anemia falciforme, uma doença para a qual ainda não se conhece a cura. Os portadores precisam de acompanhamento médico constante (quanto mais cedo começar, melhor o prognóstico) para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação, prevenir infecções e controlar as crises de dor.

Recomendações

* Exija que o teste do pezinho seja feito em seu filho/a logo depois do nascimento. Se for constatado que é portador de anemia falciforme, encaminhe-o logo para um médico especialista;

* Procure imediatamente assistência se a pessoa com anemia falciforme tiver uma crise de dor. Embora às vezes ela possa ser tratada em casa com analgésicos, repouso e ingestão de muito líquido, só o médico poderá avaliar a necessidade de internação hospitalar;

* Entenda a febre do portador de anemia falciforme como um sinal de alerta e não faça uso de medicamentos sem orientação médica que acompanha o caso;

* Leve imediatamente para o hospital mais próximo, a criança com anemia falciforme que ficou pálida de repente;

* Lembre-se de que alterações oculares podem ocorrer nesses pacientes. Por isso, eles devem ser avaliados periodicamente por um oftalmologista.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://drauziovarella.com.br

Doenças Falciformes

É uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil e apresenta, já nos primeiros anos de vida, manifestações clínicas importantes, o que representa um sério problema de saúde pública no país, atingindo principalmente a população negra. A doença falciforme foi incluída na triagem neonatal em 1998, medida que serviu de modelo para a adoção em outros estados.

A doença falciforme é resultante de alteração genética caracterizada pela presença de um tipo anormal de hemoglobina denominada Hemoglobina S (HbS). Esta faz com que as hemácias adquiram a forma de foice (daí o nome falciforme) em ambiente de baixa oxigenação, dificultando sua circulação e provocando obstrução vascular.

As hemácias têm a função de carregar oxigênio para os tecidos, principal combustível para os órgãos. No caso da doença falciforme, elas são destruídas (hemolisadas), porque, como são em forma de foice, se agregam e diminuem a circulação do sangue nos pequenos vasos do corpo. Com isso, ocorre lesão nos órgão atingidos, causando dor, destruição dos glóbulos vermelhos, icterícia e anemia.

A forma mais freqüente da doença, e também a mais grave, é a homozigótica, que é denominada Anemia Falciforme ou Drepanocitose (Hb SS) e ocorre quando a criança herda de ambos os pais o gene S.

Quando a criança herda o gene S de um dos pais, e do outro o gene para a Hemoglobina A normal, ela será apenas portadora do Traço Falciforme (HbAS). Neste caso não apresentará a doença, podendo, no entanto transmiti-la para os filhos.

Desde 1998 até junho de 2006, foram diagnosticadas 1.597 crianças com a doença falciforme em Minas Gerais. A incidência no estado é, portanto, de 74 casos para cada 100 mil nascidos vivos. O Teste do Pezinho apontou ainda que 462 recém-nascidos eram portadores de outras hemoglobinopatias e 75.117 apresentaram Traço Falciforme.

SINTOMAS

A) Crises de dor

É a complicação mais freqüente da doença falciforme, sendo muitas vezes a primeira manifestação da doença. As crises duram normalmente de 4 a 6 dias, mas podem persistir por semanas. Infecção, febre, desidratação e exposição ao frio extremo podem precipitar as crises de dor. Algumas pessoas mais idosas se queixam que depressão e exaustão física podem iniciar as crises. Elas podem ocorrer nos braços, pernas, nas articulações, no tórax, no abdômen e nas costas.

B) Icterícia (cor amarela nos olhos)

É o sinal mais freqüente da doença. Quando o glóbulo vermelho se rompe, aparece um pigmento amarelo no sangue, que se chama bilirrubina. A urina fica da cor de coca-cola, e o branco dos olhos torna-se amarelo. O quadro não é contagioso e não deve ser confundido com hepatite.

C) Infecções e febre

As infecções constituem a principal causa de morte das pessoas com doença falciforme. Elas podem provocar a morte das crianças em poucas horas. As pneumonias (Infecções do pulmão) são as mais freqüentes. Também as meningites, as infecções nos rins e osteomielites (infecção no osso) ocorrem com freqüência maior em crianças e adultos. Os episódios de febre, principalmente nas crianças, devem ser considerados sinais de perigo iminente e, na sua persistência, é obrigatório procurar assistência médica.

Por causa da maior ocorrência das infecções até os cinco anos de idade, é obrigatório o uso de antibiótico preventivo (penicilina ou eritromicina), desde a descoberta da doença até essa idade. O cartão de vacinas deve ser atualizado e complementado com vacinas como a anti-pneumocócica.

D) Anemia

A maioria das pessoas apresenta anemia crônica, com níveis de hemoglobina tão baixos como 6,0 g/dl. Por ser anemia crônica, o organismo está adaptado a conviver com esses níveis mais baixos de hemoglobina. A causa dessa anemia é a destruição rápida de hemácias, e não da falta de ferro. Em algumas situações, pode ser agravada e haver necessidade de transfusão de concentrado de hemácias, como nas infecções graves, seqüestro esplênico e aplasia (parada de produção de hemácias pela medula óssea).

E) Síndrome mão-pé

Nas crianças pequenas, as crises de dor podem ocorrer nos pequenos ossos das mãos e dos pés, causando inchação, dor e vermelhidão no local.

F) Crise de seqüestração esplênica

As pessoas com doença falciforme podem sofrer repentinamente um acúmulo de grande volume de sangue no baço, que é denominado crise de seqüestração esplênica. Nessas crises, o baço aumenta rapidamente de volume e ocorre queda de nível de hemoglobina, podendo provocar choque e morte. Essa crise é uma das principais causas de morte nas crianças com doença falciforme. Ela deve ser prontamente diagnosticada e tratada. Por isso, os pais e responsáveis aprendem com os profissionais de saúde a fazer a apalpação do baço, para notar se ele, de repente, aumentou de tamanho.

G) Acidente vascular cerebral

É quando a crise vaso-oclusiva acontece nos vasos do cérebro, causando derrame. Aproximadamente 10% das pessoas com doença falciforme, entre 3 e 15 anos de idade, são vítimas de derrame. Dependendo da área afetada, a criança pode apresentar paralisia dos membros (braços e pernas) ou rosto, convulsões, coma e distúrbio da fala. Embora a recuperação possa ser completa, são freqüentes dano intelectual, seqüelas neurológicas graves e morte. A repetição do acidente vascular cerebral provoca danos maiores e aumenta a mortalidade.

F) Priapismo

Quando a crise vaso-oclusiva ocorre nos vasos que irrigam o pênis, há ereção prolongada e dolorosa. É mais freqüente nos adolescentes ou pré-adolescentes. Os episódios prolongados, com duração de mais de três horas, devem ser encaminhados ao serviço de urgência. Antes disso, deve ser estimulada a hidratação, exercícios leves e banhos mornos. Há risco de impotência sexual, caso o episódio não seja tratado adequadamente.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.cehmob.org.br

Osteoporose: a Prevenção começa na Infância

Vitamina C também pode ajudar a prevenir Osteoporose

Pela primeira vez, um estudo mostrou que a vitamina C pode proteger uma pessoa contra a osteoporose, uma doença progressiva que diminui a densidade dos ossos e aumenta o risco de fraturas. Até agora, somente o consumo de cálcio e vitamina D são recomendados para a prevenção do problema. A pesquisa, feita com camundongos, foi publicada nesta semana no periódico PLoS One.

De acordo com Mone Zaidi, diretor do Programa para os Ossos da Faculdade de Medicina Monte Sinai, nos Estados Unidos, e coordenador do estudo, os especialistas já sabiam que baixos níveis de vitamina C estão associados, entre outros problemas de saúde, à fragilidade dos ossos. “O que essa pesquisa mostrou de novo é que a vitamina C, quando ingerida em grandes quantidades por camundongos, estimula o aumento da densidade óssea nos animais e protege o esqueleto”, diz o pesquisador. Ele explica que isso ocorre pois o nutriente induz os osteoblastos, células que estimulam a formação óssea, a amadurecerem.

Comparação — Na pesquisa, os camundongos tiveram seus ovários retirados — procedimento conhecido por provocar a redução da densidade óssea. Parte dos animais recebeu doses altas da vitamina C via oral e o restante não ingeriu o nutriente. Após oito semanas, a equipe observou que os camundongos sem ovários que não receberam a vitamina apresentaram uma densidade óssea “muito baixa” em comparação com os animais sem ovários que ingeriram o nutriente. Por outro lado, os camundongos que receberam vitamina C apresentaram a mesma densidade óssea do que animais que não haviam passado pela cirurgia.

De acordo com os autores, esses resultados sugerem que a vitamina C foi a responsável por impedir a perda de densidade dos ossos em animais propensos a apresentar o problema. “Mais pesquisas são necessárias para determinar se esses suplementos alimentares são capazes de prevenir a osteoporose em humanos. Se os estudos futuros confirmarem os nossos achados, a descoberta poderá ser útil em países em desenvolvimento onde a doença é prevalente e os tratamentos são, muitas vezes, caros”, afirma Zaidi.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://veja.abril.com.br/

Maioria das Brasileiras desconhece quantidade Ingestão de Cálcio para prevenir Osteoporose

Seis em cada dez brasileiras acreditam que apenas um copo de leite por dia é suficiente para prevenir a osteoporose, aponta pesquisa divulgada nesta quarta-feira (17) pela Associação Brasileira de Avalição Óssea e Osteometabolismo (Abrasso). Mas a quantidade necessária de consumo de leite e derivados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é maior: tem que ser pelo menos três porções diárias.

O levantamento da Abrasso, que avalia o nível de informação da população sobre a doença, mostra que houve avanço no conhecimento sobre a osteoporose, mas as medidas de prevenção ainda não são adotadas como deveriam.

“Na comparação com uma pesquisa feita em 2007, o grau de consciência aumentou muito, considerando que apenas 30% conheciam a doença e as medidas de prevenção. Agora, 60% sabem do que se trata e como prevenir, mas isso ainda não foi transformado em atitudes”, avalia o diretor da Abrasso, Marcelo Pinheiro. Para essa pesquisa, encomendada ao Ibope, foram entrevistadas 2 mil pessoas em todas as regiões metropolitanas do país.

O estudo mostra que menos de 20% das mulheres com mais de 45 anos consomem as três porções de leite e derivados recomendadas diariamente. Entre as que têm menos de 45 anos, o percentual não chega a 10%. O cálcio presente nesses alimentos previne a perda de massa óssea que caracteriza a osteoporose, conhecida como doença dos ossos porosos.

A aposentada Lucy Caldonazzi, de 90 anos, convive há 17 anos com a doença e, só depois do diagnóstico, passou a se preocupar com um consumo adequado de produtos que contêm cálcio. “Agora, como bastante leite, queijo e iogurte”, disse.

Lucy conta que, apesar de ter trabalhado como massagista com especialidade em coluna, nunca atentou para os cuidados com os ossos na juventude. “Fazia atividade física quando dava”, destaca como uma das medida que poderiam ter ajudado a prevenir a osteoporose. Dentre as entrevistadas pela pesquisa, 72% das que têm mais de 45 anos são sedentárias.

A pesquisa da Abrasso aponta que 70% das mulheres com mais de 45 anos desconhecem a necessidade de que a prevenção tenha início na infância. “Essa ação deveria ser pensada como política pública para ampliar a prevenção à doença, tendo em vista que hábitos adquiridos na infância costumam ser adotados por toda a vida”, defende Marcelo Pinheiro. Ele explica que o pico ósseo ocorre por volta dos 30 anos, quando, a partir de então, há uma perda óssea natural.

Outro resultado que preocupa os especialistas é que quase a totalidade das entrevistadas, 96%, associa a doença à dor, fazendo com que muitas dessas mulheres façam exames diagnósticos tardiamente. “É uma doença silenciosa. Muitas vezes, ela só é identificada com a primeira fratura”, explica Marcelo Pinheiro.

Apenas 39% das mulheres com mais de 45 anos lembram de ter feito o exame de densitometria óssea (aparelho que diagnostica a doença) alguma vez na vida. A maior parte dessas mulheres (89%) também não relaciona a menopausa como fator de risco para a osteoporose.

Lucy, por exemplo, descobriu a doença quando cumpria exames de rotina. “O médico olhou para as minhas mãos e viu que elas estavam tortas. Como eu não sentia dor, não sabia do que se tratava”, relembra. No caso da aposentada , as fraturas vieram depois do diagnóstico. Foram pelo menos sete desde então. “Os remédios não tiveram muito efeito, mas poderia estar pior se não fizesse o tratamento. Estou em um nível avançado, mas não sinto dor normalmente. A única coisa que faço é andar com muita cautela”, explica.

De acordo com a Internacional Osteoporosis Foudation (IOF), as fraturas em decorrência da osteoporose devem crescer 32% até 2050, considerando o processo de envelhecimento da população brasileira. Para Pinheiro, esse dado ganha destaque ainda maior diante dos resultados da pesquisa da Abrasso, tendo em vista que as medidas de prevenção ainda não são adotadas de forma generalizada pela população. “Se a gente não tomar uma atitude, esse quadro pode ser ainda mais grave”, destaca.

Dentre as medidas que seriam necessárias, ele aponta a ampliação do acesso ao exame de densitometria óssea e uma melhor qualificação dos médicos para o diagnóstico precoce da doença. Outro levantamento da Abrasso mostra que dos 1.717 equipamentos para o exame em funcionamento atualmente, apenas 367 estão Sistema Único de Saúde (SUS). Também há grande disparidade do ponto de vista regional, já que a maior parte dos aparelhos, 1.222 do total, está localizada nas regiões Sul e Sudeste.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.dci.com.br

Dia do Médico: o Dia-a-Dia e a paixão pela Vida Humana

18 de outubro foi escolhido o dia do médico em homenagem a São Lucas, padroeiro da medicina. São Lucas exercia a profissão de médico e também tinha vocação para a pintura. Escreveu o terceiro evangelho e o “Ato dos Apóstolos” da Bíblia Sagrada. Acredita-se que veio de família abastada pelo seu estilo literário. Nasceu na Turquia no século I, quando ainda se chamava Antioquia. Discípulo de São Paulo, o seguiu em missão, sendo chamado por ele de “colaborador” e “médico amado”.

Em homenagem a data, entrevistamos alguns médicos:

O cirurgião plástico, Dr. Eduardo Lintz, O ginecologista e cirurgião geral Dr. Ramiro Gialuisi, O urologista e
diretor médico da Casa de Saúde São José, Dr. Eduardo Gouvêa e o Dr. Alexandre C. do Amaral – Diretor Médico do Centro Multidisciplinar da Dor (C.M.D).

Há quanto tempo exercem a medicina e o que ela lhes proporcionou neste período?
Dr. Alexandre Amaral: Exerço a medicina de maneira integral há doze anos. Isto significa que sou médico 24 horas por dia. A medicina me proporcionou o prazer de ajudar as pessoas, salvar vidas e ver que meu esforço pessoal se transformou num grande benefício. É uma grande satisfação ver o sorriso no rosto de meu paciente ao ser curado ou mesmo aliviado daquilo que o afetava. Este é um prazer inenarrável.
Dr. Eduardo Gouvêa: Eu me formei em 1971. Portanto, exerço a Medicina há quase 33 anos. Nesse tempo todo de trabalho, eu, como a maioria dos médicos que trabalha com seriedade e dedicação, devo quase tudo à Medicina, desde grandes alegrias até alguns dissabores.
Dr. Eduardo Lintz: Formei-me em 1995 e o que a medicina mais me proporcionou, e me proporciona, é a satisfação e realização profissionais que torneiam minha realidade.
Dr. Ramiro Gialuisi: São 40 anos de profissão, completados no ano que vem. A medicina me proporciona o que eu consigo proporcionar aos meus pacientes, que é a cura e amenizar o seu sofrimento. A medicina é a satisfação pela solução dos problemas das pessoas.

Como conseguiram conciliar a vida pessoal com a profissional?
Dr. Amaral: Na realidade, deveria responder esta pergunta com um sonoro “Não consigo”. Nunca consegui conciliar ou mesmo separar estas duas vidas. Exercendo a medicina 24 horas por dia, não se consegue separar a vida pessoal da profissional, e isto se deve ao tipo de envolvimento que tenho com minha profissão. Tenho um caso de amor com a medicina.
Dr. Gouvêa: Quando se ama aquilo que se faz e se trabalha com alegria, é fácil conciliar, pois até sua mulher e seus filhos passam a se orgulhar da sua profissão. É claro que alguns interesses acabam sendo comprometidos, mas nada que não possa ser compensado depois.
Dr. Lintz: Sem dúvida, quando fazemos o que gostamos fica tudo mais fácil. Acredito que pode-se conciliar perfeitamente a vida pessoal e a profissional, desde que o bom senso prevaleça.
Dr. Gialuisi: Apesar de correr de um lado para o outro, eu não prejudicava a minha vida social. No início da carreira, eu trabalhava em cinco lugares diferentes. Dava plantão no Hospital Miguel Couto (Rio de Janeiro), INPS, consultórios e, também, cheguei a trabalhar no clube Botafogo de Futebol e Regatas. Formei-me com 23, 24 anos de idade, cheio de energia nessa época. Aos 30 anos, estava em três empregos. Hoje, atendo em um hospital e no consultório. Estou no segundo casamento, me sinto realizado e feliz.

Houve algum acontecimento especial em suas vidas ao qual não puderam estar presentes por causa do trabalho?
Dr. Amaral: Muitos, desde o simples convívio com a minha família em almoços de domingo até a reclusão em escritórios para estudar. A medicina requer muito estudo e atualização. O ritmo das descobertas se acelera e o número de revistas médicas se avoluma e, a partir disto, torna-se imperioso dedicar horas de estudo em reclusão dentro de seu próprio lar. Este tipo de convívio que pareceria simples para maioria das pessoas, para mim já poderia se chamar um acontecimento muito especial. Entretanto, poderia citar uma noite de Natal, por exemplo. Já fui privado de algumas noites.
Dr. Gouvêa: Ocorreram diversas vezes, mas, como já disse, nada que não possa ser compensado depois.
Dr. Lintz: Não me recordo de ter deixado de viver algo especial por causa do trabalho. Evidentemente, não posso estar em todos os eventos que gostaria, porém com organização posso priorizar determinados momentos.
Dr. Gialuisi: Não, nenhuma data em especial. Claro, perdi festas e reuniões por causa do trabalho.

Como vocês avaliam o papel do médico atualmente?
Dr. Amaral: Infelizmente sou um pouco pessimista sobre o atual papel do médico em nossa sociedade. Acredito que houve um grande enfraquecimento na relação médico-paciente. Havia um enorme respeito de ambas as partes. Já houve época em que éramos confidentes, amigos e conselheiros, por vezes muito importantes na vida de um paciente e de toda sua família. Hoje, com a massificação do atendimento pelas seguradoras de saúde e com o empobrecimento do setor público, os médicos têm pouco tempo e com isso se torna desatento, perdendo os detalhes, as entrelinhas que muitas vezes são a chave de um diagnóstico. Perdemos o compromisso com aqueles pacientes e passamos a estar preocupados com as doenças que lhes afligem. Damos mais importância aos exames complementares que ao nosso próprio exame clínico. Devo reconhecer que era parte disto tudo e que foi um professor, ou mesmo um pai, que apontou o caminho e fez com que eu retomasse estes antigos ideais.
Dr. Gouvêa: O papel atual do médico é o mesmo de antes: evitar as doenças, curar sempre que possível e minimizar o sofrimento sempre.
Dr. Lintz: Um tanto quanto desvalorizado. Perdeu-se o mesmo respeito de outrora. Em que pesem as dificuldades atuais de atuação e oportunidades, o médico também sofre com o momento financeiro atual. Porém, acredito que o melhor modo de trabalharmos para uma realidade mais digna é atuarmos com determinação e respeito próprio e, principalmente, respeito ao paciente.
Dr. Gialuisi: Eu me mantenho fiel às coisas em que sempre acreditei na profissão. Hoje, diferentemente da minha época, o médico está deteriorado, se submete ao sistema, aos convênios. Os médicos, bem como as enfermeiras e os auxiliares, perderam o respeito que existia antigamente. As clínicas particulares praticamente desapareceram, pois aqueles que têm dinheiro pagam um plano de saúde.

Como era a graduação na época de vocês e como é hoje?
Dr. Amaral: Minha graduação ainda trazia a beleza do maior comprometimento com o paciente e não com a doença. O avanço tecnológico foi de tal forma que já se pode fazer diagnósticos cada vez mais celulares (precoces), que muitas vezes não apresentavam manifestação clínica. O fato é que a classe médica passou a acreditar mais nos exames ditos complementares que ao seu exame clínico. Conseqüentemente, estamos supervalorizando achados e tratando os resultados destes exames e não nossos pacientes. Volto a agradecer este professor citado anteriormente, que me fez estudar e com isto ter consciência do meu conhecimento médico e, a partir daí, dar o valor real aos exames que por definição são complementares.
Dr. Gouvêa: Acredito que na minha época de faculdade (não faz tanto tempo assim), a graduação se baseava muito em história, exame físico e conhecimento anatômico, já que os estudos de imagem e laboratório não eram tão avançados. Hoje, com as modernas técnicas que aparecem cada vez mais rápido, descuida-se um pouco do humanismo em função da tecnologia . Isto não quer dizer que a medicina tenha piorado, pelo contrário, melhorou muito, mas com certeza perdeu um pouco do romantismo. A grande vantagem nossa, dos mais antigos, é que podemos aliar as duas coisas e conseqüentemente somos muito mais felizes.
Dr. Lintz: Ingressei na universidade em 1990. O curso se desenvolvia em seis anos, o mesmo que hoje. O que mudou foi a estrutura de relação entre as especialidades e as áreas básicas como anatomia, histologia, bioquímica, fisiologia que hoje são associadas desde o início.
Dr. Gialuisi: Na minha época, o médico tinha aquela áurea, era respeitado. Hoje, não. O número de faculdades de medicina multiplicou e a qualidade do ensino ficou péssima.

Quais são os maiores inimigos da saúde no país?
Dr. Amaral: Os maiores inimigos são, em primeiro lugar, a política na medicina, ou seja, decisões políticas dentro da saúde deste país. Em segundo e último lugar, as empresas que desenvolvem tecnologia médica, escravizando os colegas menos avisados, em detrimento das experiências pessoais de cada médico.
Dr. Gouvêa: O grande problema da saúde no país é que ela não dá voto em curto prazo e é muito cara. Como os nossos políticos são muito apressados e o país é pobre, ela sempre é relegada a segundo plano. Essa combinação de pressa e pobreza é mortal para a saúde.
Dr. Lintz: De forma geral, a própria condição social e de educação. As dificuldades gerais da população se refletem nas dificuldades da saúde.
Dr. Gialuisi: A pobreza, que impede uma qualidade de vida satisfatória, o saneamento básico, a prevenção, a falência dos hospitais públicos e os comerciantes dos planos de saúde que nivelam a uma remuneração irreal, fazendo com que os médicos sejam obrigados a trabalhar por volume, por grande quantidade.

O que fazem nas horas de lazer?
Dr. Amaral: No momento tenho tido pouco tempo para o lazer, o meu trabalho me consome 24 horas por dia. Entretanto, ao contrário do que dizem os especialistas em qualidade de vida, encontro lazer em coisas simples que me dão prazer, como ler um bom livro.
Dr. Gouvêa: Nas horas de lazer faço o que todo mundo deve fazer, me divirto com a minha família e, quando posso, viajo.
Dr. Lintz: Leio, pratico esportes e fico com a família e amigos.
Dr. Gialuisi: Eu faço atividade física desde adolescente, musculação e cooper na praia. Gosto de tirar fotografias e de ouvir uma boa música. Um engenheiro construiu um estúdio na minha casa e eu fico até de madrugada escutando música.

Qual é o maior desafio da vida? E a recompensa?
Dr. Amaral: Especialmente para mim, que milito no tratamento de dores crônicas de difícil controle, seria conseguir encontrar a fórmula para erradicar a dor, que tanto atinge nossa população. E a recompensa seria poder aplicar esta fórmula a fim de erradicar este sofrimento.
Dr. Gouvêa: O maior desafio é não errar nunca. E a recompensa é saber que acertou a maioria das vezes.
Dr. Lintz: Acredito que o desafio da vida é ter realizações, manter o respeito a si próprio e ao próximo, buscando deixar bons exemplos e aprender a cada dia.
Dr. Gialuisi: A minha vida foi estável até o falecimento do meu pai, quando eu tinha 16 anos. Nesta época, mamãe tinha sete filhos e minha irmã menor não tinha nem um ano. Eu sempre quis ser médico e com 10 anos de idade, já abria barriga de sapo e costurava com fita adesiva. Com a morte de meu pai, lancei um desafio a mim próprio: me formar aos 23 anos, sem repetir um período na faculdade. E esta foi a minha recompensa. Além de me formar na idade certa, pude ter uma vida mais tranqüila e comprar um carro e a casa própria com o meu salário.

Qual é a grande lição que a profissão lhes proporcionou?
Dr. Amaral: A grande, a maior das lições é que tratamos pessoas e não doenças.
Dr. Gouvêa: No dia que eu achar que a profissão já me proporcionou a maior lição, é sinal de que acho que não tenho mais nada de importante a aprender e, daí então, é melhor parar.
Dr. Lintz: Que a dor do ser humano não deve nunca ser menosprezada. Que a dor pode extrapolar o próprio entendimento humano, mas que se deve sempre ter a certeza de ter feito o melhor possível. Que possamos ter sempre Deus ao nosso lado, entendendo que sua ajuda e orientação são o que de mais importante existe em nossa existência.
Dr. Gialuisi: Ser ético na profissão, mesmo sem ganhar dinheiro e sem pensar nos honorários, me proporciona, a cada dia, o reconhecimento do paciente. Para mim, essa é a maior satisfação e a maior lição.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.saude.com.br

Osteoporose: Doença Associada a Longevidade

Osteoporose é uma doença nova?

Cristiano Zerbini – Há mais ou menos 25 anos, quando cursei a faculdade de medicina, quase ninguém falava em osteoporose. Hoje, porém, a maior incidência dessa doença transformou-a em tema de constante discussão. Isso se deve ao fato de que as fraturas, principal problema da osteoporose, estão ocorrendo com maior freqüência, porque as pessoas estão vivendo mais e, consequentemente, seus ossos se tornam mais susceptíveis ao desgaste.

A osteoporose é uma doença que, na maioria dos casos, está relacionada com o envelhecimento. Como a média de vida dos brasileiros subiu, tornou-se comum encontrar indivíduos mais velhos com fraturas de vértebras ou no colo do fêmur. Foram esses quadros que determinaram o maior destaque que se dá à doença atualmente.

FORMAÇÃO DA ESTRUTURA ÓSSEA

Você poderia explicar como ocorre a formação da estrutura óssea do esqueleto humano.

Cristiano Zerbini – O osteoblasto é uma célula que produz osso. Existe outra célula, o osteoclasto, que é responsável pela reabsorção do osso. O processo se dá mais ou menos assim: o osteoblasto faz e o osteoclasto retira a massa óssea. Até os 35 anos, construímos nosso esqueleto. Para sermos mais exatos, até os 20 anos, 90% do esqueleto humano estão prontos. Por isso, os adolescentes devem ingerir cálcio, tomar sol e fazer esporte, a fim de garantir a formação de ossos fortes. Dos 35 aos 45 anos, a relação entre as células formadoras e as que reabsorvem o tecido ósseo fica equilibrada. Depois dos 45 anos, as células que destroem o osso ficam mais ativas do que as que o recompõem e começamos a perder parte de nosso esqueleto. Essa perda atinge mais ou menos 0,5% ao ano, o que quer dizer que, em 10 anos, perdemos 5% de massa óssea e, em 20 anos, 10%. Trata-se, porém, de uma perda fisiológica que a medicina considera normal. Entretanto, mulheres após a menopausa, por exemplo, podem apresentar um desgaste mais acelerado e, quando a perda compromete 25% da massa óssea, são classificadas como portadoras de osteoporose, uma doença que deixa os ossos ficam fracos e sujeitos a fraturas. Perdas de 10% a 15% caracterizam a osteopenia. Nesse caso, os conduz à osteoporose.

 O que representa o cálcio para a formação do esqueleto?

Cristiano Zerbini – Cálcio é um elemento fundamental para a formação do esqueleto. É recomendável ingerir 1 grama , ou seja, 1000mg de cálcio por dia. Um litro de leite tem 1000mg desse mineral. Pode ser leite integral ou desnatado, tanto faz. Tirar a gordura do leite não modifica a quantidade de cálcio nele contida.

Tomar um litro de leite por dia, porém, não é qualquer um que consegue. Como incorporar, então, esses 1000mg necessários  na dieta diária? Um copo de leite, pela manhã, representa 250mg. Outros 250mg, retiramos dos alimentos que ingerimos nas demais refeições. Os 500mg restantes podem vir dos outros derivados do leite.

Uma fatia de ricota, de queijo branco ou um copo de iogurte fornecem aproximadamente 250mg de cálcio cada um. Já o queijo tipo suíço é muito mais rico nesse elemento. Portanto, porções menores desse laticínio podem garantir a quantidade adequada para a recomposição da estrutura óssea.

Suponho que boa parte de nossa população não consiga ingerir esses 500mg adicionais necessários para a reconstituição da estrutura óssea, não é?

Cristiano Zerbini – Infelizmente, é verdade. Estudo realizado por uma nutricionista de nossa equipe revelou que, em média, a ingesta diária da população de São Paulo contém entre 600mg e 800mg de cálcio, bastante aquém do necessário, portanto.

Isso pode significar um impacto mensurável na incidência da osteoporose?

Cristiano Zerbini – Sem dúvida. Isso funciona mais ou menos como uma caderneta de poupança. Quanto menos cálcio ingerido até os 35 anos, menor a probabilidade de construir ossos fortes e maior a de desenvolver osteoporose no futuro.

SUPLEMENTAÇÃO DE CÁLCIO

Há necessidade de suplementação de cálcio na infância?

Cristiano Zerbini – As crianças também necessitam ingerir 1000mg de cálcio por dia. Alguns autores defendem que 1200mg seria o número ideal, porque o esqueleto infantil está em formação e precisa de muita matéria-prima. Na natureza, leite e seus derivados são ricos em cálcio e seriam os alimentos indicados para suprir tal carência. Algumas crianças, porém, não gostam de leite in natura. A essas podemos oferecê-lo disfarçado sob a forma de sorvetes, milk-shakes, vitaminas com frutas, doces, pudins, etc. Se mesmo assim, elas não o aceitarem, existem suplementos, como o carbonato de cálcio ou o citrato de cálcio que podem ser administrados convenientemente.

Em alguns casos, as pessoas mais velhas se queixam de obstipação intestinal quando tomam esses medicamentos. Na verdade, é o carbonato de cálcio que prende mais o intestino, mas ele pode ser substituído pelo citrato de cálcio que apresenta menor incidência desse efeito colateral indesejável.

Não podemos esquecer que algumas pessoas nascem com intolerância ao leite, ou seja, produzem pouca ou nenhuma lactase, enzima importante para o metabolismo do leite. O que acontece, então? As pessoas se sentem mal quando tomam leite, porque não fabricam lactase suficiente para digerir a lactose, ou seja, o açúcar  do leite que se acumula no intestino e provoca gazes e diarreia. Para evitar essa inconveniência, duas coisas podem ser feitas: comer queijo e iogurte que costumam provocar menos problemas e partir para leites em pó fabricados sem lactose.

Em relação aos outros alimentos que possuem cálcio, como brócolis  e alguns grãos, por exemplo, é importante observar que praticamente todos os vegetais têm uma substância que se chama fitato  que impede a absorção de cálcio pelo organismo. Por isso, não adianta tentar compensar a falta de ingestão de leite e seus derivados comendo mais verduras. A absorção do cálcio  proveniente delas é muito pequena.

MEDICAMENTOS PARA REPOR CÁLCIO

Você disse que para se fazer uma suplementação de cálcio eficiente é necessário prescrever  comprimidos, de preferência, citrato de cálcio. Isso quer dizer que certos medicamentos líquidos oferecidos às criancinhas não funcionam?

Cristiano Zerbini – Existem alguns remédios que até fazem parte da história de nossa infância que misturam cálcio, fosfato de cálcio e fluoreto de sódio. Sabe-se que não se pode misturar cálcio com flúor, porque esses elementos combinam entre si e são eliminados nas fezes sem que o organismo os absorva. Por isso, se houver a indicação de flúor para proteger a dentição, por exemplo, ele deve ser tomado distante das doses suplementares de cálcio.

 VITAMINA D e CÁLCIO

Em que casos se recomenda a suplementação de cálcio associada à vitamina D?  

Cristiano Zerbini – A vitamina D é fundamental para a absorção do cálcio. Nossa pele fabrica uma substância que precisa da luz do sol, principalmente do sol da manhã que é rico em raios ultravioleta, para transformar-se em vitamina D. Antes que o processo se complete, essa vitamina passa pelo fígado e pelos rins e só depois está pronta para favorecer a maior absorção de cálcio pelos intestinos, assegurando, assim, que ele passe para circulação e desempenhe suas funções no organismo.

Por isso, é tão importante tomar sol. No entanto, pessoas mais velhas frequentemente deixam de observar essa recomendação. Gostam de ficar dentro de casa, usam roupas mais fechadas e a ausência de sol batendo direto sobre a pele prejudica a produção de vitamina D. Além disso, o fígado e os rins dessas  pessoas podem já não estar funcionando tão bem  o que compromete o aperfeiçoamento da vitamina D  nesses órgãos e sua ação adequada no organismo. Por isso, por mais que a pessoa tome cálcio, não assegura que passe o suficiente para a circulação. A necessidade só é suprida quando se prescreve uma pequena sobrecarga em sua dosagem associada à ingestão de vitamina D.

Cristiano Zerbini, médico reumatologista, faz parte do corpo clínico dos hospitais Heliópolis e Sírio-Libanês de São Paulo.

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Osteoporose

Definição

Osteoporose é o afinamento do tecido ósseo e a perda progressiva da densidade óssea e pode resultar de doença, deficiência alimentar ou hormonal ou idade avançada. Exercícios regulares e suplementos vitamínicos e minerais podem reduzir e inclusive reverter a perda de densidade óssea.

Nomes alternativos

Ossos finos

Causas, incidência e fatores de risco

A osteoporose é o tipo mais comum de doença óssea.

Pesquisadores estimam que aproximadamente 1 em cada 5 mulheres americanas com mais de 50 anos tem osteoporose. Em torno da metade de todas as mulheres com mais de 50 anos de idade sofrerão uma fratura do quadril, do punho ou da vértebra (ossos da coluna vertebral).

A osteoporose ocorre quando o corpo deixa de formar material ósseo novo suficiente ou quando muito material dos ossos antigos é reabsorvido pelo corpo, ou ambos.

O cálcio e o fosfato são dois minerais essenciais à formação normal dos ossos. Durante a juventude, o corpo usa esses minerais para produzir ossos. Se a ingestão de cálcio não é suficiente ou se o corpo não absorve quantidade suficiente de cálcio da alimentação, a produção de ossos e tecidos ósseos pode ser afetada.

À medida que você envelhece, o cálcio e o fosfato podem ser reabsorvidos de volta para o corpo a partir dos ossos e, nesse caso, o tecido ósseo torna-se mais fraco. Isso pode resultar em ossos quebradiços e frágeis, que são mais suscetíveis a fraturas, mesmo sem lesões.

Em geral, a perda ocorre gradualmente com o passar dos anos. Na maioria das vezes, a pessoa irá sofrer uma fratura antes de se dar conta da presença da doença. Quando isso ocorre, a doença já se encontra em um estado avançado, e o dano é grave.

As principais causas da osteoporose são uma queda no estrogênio em mulheres na época da menopausa e uma queda na testosterona nos homens. Mulheres com mais de 50 anos e homens com mais de 70 anos têm risco maior de osteoporose.

Outras causas incluem:

  • Estar confinado a uma cama
  • Artrite reumatóide crônica, doença renal crônica, distúrbios alimentares
  • Tomar medicamentos corticosteroides (prednisona, metilprednisolona) todos os dias por mais de 3 meses ou tomar alguns anticonvulsivos
  • Hiperparatireoidismo

Mulheres brancas, especialmente aquelas com um histórico familiar de osteoporose, têm um risco maior de desenvolver a doença.

Outros fatores de risco:

  • Ausência de períodos menstruais (amenorreia) por longo período
  • Alto consumo de álcool
  • Histórico familiar de osteoporose
  • Histórico de tratamento com hormônios para câncer de próstata ou câncer de mama
  • Baixo peso corporal
  • Fumo
  • Baixa quantidade de cálcio na dieta

Sintomas

Não existem sintomas nos estágios iniciais da doença.

Os sintomas que surgem com o avanço da doença são:

  • Dor ou sensibilidade óssea
  • Fraturas com pouco ou nenhum trauma
  • Perda de estatura (por volta de 15 cm) com o passar do tempo
  • Dor na região lombar devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
  • Dor no pescoço devido a fraturas dos ossos da coluna vertebral
  • Postura encurvada ou cifose, também chamada de “corcunda de viúva”

Exames e testes

Teste de densidade mineral óssea (especificamente uma densitometria ou exame DEXA) mede quanto de material ósseo você tem. Seu médico usa esse teste para prever riscos de fraturas ósseas no futuro.

Quanto menor a densidade de um osso, maior é o risco de fraturas. Um exame ósseo, juntamente com o histórico médico de um paciente, é um procedimento útil para avaliar a probabilidade de uma fratura e a necessidade de um tratamento preventivo.

A densitometria óssea apresenta a vantagem de ser indolor e de expor o paciente a apenas uma pequena quantidade de radiação.

Para obter mais informações sobre quando o teste deve ser feito, consulte Exame de densidade óssea.

A tomografia computadorizada quantitativa (QCT), um tipo especial de tomografia da coluna que pode mostrar perda de densidade mineral óssea, pode ser usada em casos raros.

Em casos graves, um raio X da coluna ou dos quadris pode mostrar fratura ou colapso dos ossos. No entanto, raios X simples de ossos não são muito precisos para prever se uma pessoa tem probabilidade de ter osteoporose.

Se sua osteoporose for devido a uma condição médica em vez de simplesmente a perda óssea normal observada em idade mais avançada, você pode precisar de exames de sangue e urina.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://saude.ig.com.br/

Dia do Professor

Hoje, é o dia do professor é comemorado em 15 de outubro.

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Durante seu período de formação, esse profissional desenvolve habilidades que o ajudará a lidar com crianças e jovens que estão em fase escolar, como metodologias de trabalho e didática de ensino.

Hoje em dia os professores têm um papel social maior, estão mais envolvidos e engajados no exercício da profissão, pois as metodologias de ensino mudaram muito de uns anos pra cá.

O professor deixou de ser visto como o todo poderoso da sala de aula, o detentor do saber, o dono da razão, e foi reconhecido como o instrumento que proporciona a circulação do conhecimento dentro da sala de aula.

Isso acontece em razão de seu modo de agir, a maneira como conduz as aulas, pois considera os conhecimentos que os alunos levam consigo, fazendo com que cada um manifeste a sua opinião acerca dos assuntos discutidos.

A criação da data se deu em virtude de D. Pedro I, no ano de 1827, ter decretado que toda vila, cidade ou lugarejo do Brasil, criasse as primeiras escolas primárias do país, que foram chamadas de “Escolas de Primeiras Letras”, através do decreto federal 52.682/63.

Os conceitos trabalhados eram diferenciados de acordo com o sexo, sendo que os meninos aprendiam a ler, a escrever, as quatro operações matemáticas e noções de geometria. Para as meninas, as disciplinas eram as mesmas, porém no lugar de geometria entravam as prendas domésticas, como cozinhar, bordar e costurar.

A ideia de fazer do dia um feriado surgiu em São Paulo, com o professor Salomão Becker, que propôs uma reunião com toda a equipe da escola em que trabalhava para que fossem discutidos os problemas da profissão, planejamento das aulas, trocas de experiências etc.

A reunião foi um sucesso e por este motivo outras escolas passaram a adotar a data, até que ela se tornou de grande importância para a estrutura escolar do país.

Anos depois a data passou a ser um feriado nacional, dando um dia de descanso a esses profissionais que trabalham de forma dedicada e por amor ao que fazem.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.brasilescola.com


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