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Dia Mundial da Alergia: mais segurança nos rótulos dos alimentos

Hoje, quarta-feira (08) é comemorado o Dia Mundial da Alergia. A data, definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi criada com o intuito de alertar as pessoas sobre a importância do assunto, já que em alguns casos a alergia pode causar a morte.

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O mecanismo que dispara a alergia é o mesmo que o sistema imunológico usa para defender o corpo de substâncias possivelmente nocivas, como as bactérias, por exemplo. Porém, em algumas pessoas, o organismo apresenta uma sensibilidade anormal desencadeada por alguma substância que costuma ser inofensiva, como um alimento ou mesmo a poeira da casa.

Os principais tipos de alergia são as alimentares, que geralmente se manifestam com inchaço ou coceira nos lábios, diarreia, vômitos, rouquidão e na pele, que tende a ficar mais sensível, áspera e irritadiça. As respiratórias causam espirros, coriza, coceira nos olhos, falta de ar, tosse e dores de cabeça. As alergias medicamentosas variam de efeitos mais moderados, como náusea e vômitos, à anafilaxia (dificuldades respiratórias). Além disso, também existem alergias causadas por insetos ou pelos de animais.
Para ajudar os alérgicos, principalmente quem tem problemas com alimentos específicos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma resolução que trata da rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias. Os rótulos, a partir de agora, devem informar a existência de 17 alimentos considerados alergênicos: trigo (centeio, cevada, aveia e suas estirpes hibridizadas); crustáceos; ovos; peixes; amendoim; soja; leite de todos os mamíferos; amêndoa; avelã; castanha de caju; castanha do Pará; macadâmia; nozes; pecã; pistaches; pinoli; castanhas; e látex natural.

A servidora pública Lorena Ripoll enfrenta dificuldades diárias por causa das alergias alimentares de sua filha Valentina, de 1 anos e 7 meses. “Valentina tem alergias múltiplas. Por isso restringimos leite, derivados, traços de leite, soja, glúten, oleaginosas, banana, abacate e berinjela da alimentação dela. Hoje não consumimos industrializados brasileiros porque não podemos confiar nas embalagens. E mesmo ao ligar pro SAC os atendentes não sabem distinguir lactose de proteína do leite, por exemplo”, relata.

A nova regra prevê que as informações nos rótulos contenham em suas embalagens alertas de composição e derivados. Segundo a Anvisa, nos casos em que não for possível garantir a ausência de contaminação cruzada de alimentos (presença de qualquer alérgeno alimentar não adicionado intencionalmente), o rótulo também deverá apresentar alertas.

Segundo Lorena, a proposta da Anvisa vai ajudar bastante na alimentação diária da pequena Valentina. “A rotulagem correta de alimentos muda a vida de qualquer alérgico. Principalmente na questão dos traços, que é muito delicada, porque não importa se o produto não possui leite em sua composição. Se ele passa por maquinário que produz ou embala outros que possuem traços do alimento, já contamina o produto e muitas crianças são sensíveis a essas pequenas quantidades”.

As advertências estarão junto com a lista de ingredientes e deverão aparecer com caracteres legíveis, em caixa alta, negrito e cor contrastante com o fundo do rótulo. Os fabricantes terão 12 meses para adequar as embalagens. Os produtos fabricados até o final do prazo de adequação poderão ser comercializados até o fim de seu prazo de validade.

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Saúde ocular: Atitudes simples de higiene frequentemente negligenciadas

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 60% das cegueiras são evitáveis. A falta de informação e de consultas periódicas ao oftalmologista são os principais motivos para a deterioração da visão. Alguns hábitos corriqueiros também podem contribuir para problemas oculares sérios que, dependendo da gravidade, podem afetar para sempre a saúde ocular.

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Tarciso Schirmbeck, médico do Visão Institutos Oftalmológicos, explica que é comum pacientes relatarem incômodos nos olhos, mas não desconfiarem que o problema foi causado por eles mesmos. Usuários de lentes de contato são os mais prejudicados. A higienização inadequada, bem como a procedência duvidosa do objeto, é um dos principais erros. “Como as lentes estão em contato direto com os olhos, é importante mantê-las sempre limpas”, reforça o especialista. De acordo com ele, muitos pacientes têm o hábito de usar soro fisiológico na higienização. “Mas o soro fisiológico se contamina muito facilmente. Após aberto, o frasco já está contaminado por bactérias”, alerta Schirmbeck, lembrando que são indicados soros específicos, com conservantes antissépticos.

Nem pense em reaproveitar colírio que já tenha sido usado ou aceitar indicações de amigos. Esse é outro erro que pode custar sua visão. “Tenho cerca de 10 pacientes entre 25 e 35 anos que ficaram cegos de um olho por conta de colírios sem indicação médica”, conta o oftalmologista. Isso acontece porque os colírios que mais ajudam a aliviar olhos avermelhados contêm corticoide, substância que aumenta a pressão ocular. Isso pode fazer com que o paciente desenvolva glaucoma a longo prazo. “O pior é que o glaucoma é gradativo: a pessoa vai machucando a visão lentamente e só percebe quando está em estado muito avançado.”

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Brasil é referência na área de doação de sangue entre os países da América Latina, Caribe e África

O Dia Mundial do Doador de Sangue foi lembrado no último domingo, 14 de junho. Para marcar a data, a OPAS reuniu nesta terça-feira representantes da política de sangue do Brasil e de mais 10 países latino americanos. O objetivo do encontro foi debater os avanços nas ações e o fortalecimento da doação voluntária.

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O ministro da Saúde, Arthur Chioro, participou da abertura do evento e destacou que o Brasil é referência na área de doação de sangue entre os países da América Latina, Caribe e África. Segundo o ministro, o exemplo do Brasil deve ser um incentivo para que o número de doadores não pare de crescer no país. “Nós temos uma taxa de brasileiros, entre 16 e 69 anos que fazem doação, dentro dos parâmetros da Organização Mundial da Saúde, mas nós queremos ampliar. Depois, o segundo desafio, além de ampliar, é fidelizar, é fazer com que esse doador voluntariamente tenha o compromisso, o hábito, a disponibilidade de frequentemente fazer a doação.”

No Brasil a doação de sangue é 100% voluntária. Em 2013, o Ministério da Saúde reduziu a idade mínima de 18 para 16 anos e a máxima para 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido antes dos 60 anos. O aposentado Wilson Júnior, por exemplo, começou a doar sangue há 35 anos, quando ajudou um amigo que precisava de transfusão. Ele conta que o gesto foi um incentivo para que ele continuasse sendo solidário. “No início da década de 80, eu tinha um amigo e ele precisava de doações regulares. Aí um dia, ele me pediu e eu me prontifiquei. Eu me acostumei a doar sangue e também comecei a olhar o lado humanitário da situação. O máximo de pessoas que puderem tomar a atitude que eu tomei durante toda a minha vida, além de ser gratificante para a própria pessoa, o próximo agradece.”

O sangue é essencial para os atendimentos de urgência, realização de cirurgias complexas e tratamento de pessoas com doenças crônicas, além de doenças oncológicas variadas que necessitam de transfusão frequentemente. Para doar, basta ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 quilos e estar saudável. Atualmente, existem 32 hemocentros coordenadores e 530 serviços de unidades coleta distribuídos por todo o Brasil.

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Para que serve sua doação de sangue?

Em 2010, uma complicação em uma cirurgia na vesícula levou Maria da Conceição de Vasconcelos, de 50 anos, para a UTI. “Devido aos procedimentos na via biliar, tive uma forte rejeição alimentar, que se agravou em um quadro de anemia”, conta.

Hospital do Subúrbio completa um ano de funcionamentoNa foto: Doação de sangue no Hemoba - Hospital do SubúrbioFoto: Carol Garcia / SECOM

Foto: Carol Garcia / SECOM

O tratamento da auxiliar administrativa envolveu a transfusão de quatro bolsas de sangue. De imediato, a família entrou em contato com o banco de sangue. Passado o susto, amigos e familiares mobilizaram-se em uma grande campanha para conseguir mais doações. Cerca de 30 pessoas se candidataram e ajudaram a repor os estoques do banco de atendeu Conceição no momento de necessidade. “Muitas vezes achamos que não é importante, que quem quer corre atrás, mas é fundamental doarmos para as pessoas que precisam”, reflete Conceição.

O sangue é um composto de células que cumprem funções como levar oxigênio e nutrientes para o corpo, defender nosso organismo contra infecções e participar na coagulação. Não existe nada que substitua a função do sangue no corpo humano e como ele não é produzido artificialmente, as pessoas que necessitam precisam contar com a doação e solidariedade de outras pessoas.

O volume de sangue total a ser coletado deve ser, no máximo, de 8 mL/kg de peso para as mulheres e de 9 mL/kg de peso para os homens. Uma bolsa de sangue pode ser dividida em até quatro componentes, que podem ir para quatro pessoas diferentes. Os componentes são distribuídos aos hospitais para atender casos de emergência e pacientes internados.

O sangue coletado durante uma doação é denominado de sangue total e é submetido a um processo de centrifugação, que separa seus principais componentes para uso terapêutico: hemácias, plaquetas e plasma. Cada um destes componentes é utilizado para tratamentos específicos. Mesmo que haja descarte de algum dos componentes citados, muito raramente uma doação deixará de ser utilizada.

O concentrado de hemácias, por exemplo, é indicado para tratar anemias e hemorragias agudas. O concentrado de plaquetas é indicado para reposição nos casos em que esse componente se apresente baixo e coloque o paciente em risco de hemorragias, caso de plaquetopenias por falência medular, distúrbios associados a alterações de função plaquetária, transfusão maciça, dengue hemorrágica e outros. O plasma é indicado no tratamento de pacientes com distúrbios de coagulação, púrpura trombocitopênica trombótica e outros. As substâncias que podem ser extraídas do plasma por meio de processo industrial podem ser utilizadas como medicamentos para tratamento de queimados, pacientes em terapia intensiva e de doenças como cirrose hepática, AIDS e hemofilia.

A Lei 10.205 de 21 de março de 2001 impede que o sangue e quaisquer de seus componentes e derivados sejam comercializados. Por isso, não há a possibilidade de compra e venda de plasma ou remuneração direta ou indireta aos doadores de sangue. A quantidade de sangue retirada não afeta a sua saúde porque a recuperação é imediata após a doação.

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A importância da doação regular de sangue

Doar sangue é um ato de solidariedade. Cada doação pode salvar a vida de até quatro pessoas. E é este pensamento que Adalto Carvalho leva a cada vez que pratica o ato. Doador frequente há 15 anos, o motorista conta que se orgulha de poder ajudar. “Sei que já salvei muitas vidas com isso e quero salvar muitas vezes mais. Chego a doar até quatro vezes por ano. Falo muito para os mais jovens da importância de doar de sangue. É muito bom a pessoa fazer isso”, conta.

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Os anos de doação renderam a Adalto histórias emocionantes. Ele pôde presenciar a gratidão de uma família, após ajudar a salvar a vida de uma criança. “Estava trabalhando e me ligaram pedindo que eu doasse, pois tinha uma criança que necessitava. Estava completando três meses e dois dias que eu tinha doado pela última vez. A família me agradeceu muito, queriam até me pagar, mas a doação é um ato voluntário e eu tenho muito orgulho em fazer isso”, relembra.

É preciso criar o hábito de doar. Atualmente, são coletadas no Brasil, cerca de 3,6 milhões de bolsas/ano, o que corresponde ao índice de 1,8% da população doando sangue. Embora o percentual esteja dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde trabalha para aumentar este índice. O Ministério da Saúde reduziu a idade mínima de 18 para 16 anos (com autorização do responsável) e aumentou de 67 para 69 anos a idade máxima para doação de sangue no País.

Alguns estados como São Paulo e o Distrito Federal fornecem vantagens para os doadores regulares de sangue. Existem leis que isentam da taxa de inscrição os doadores de sangue que quiserem prestar concursos públicos realizados pela Administração Direta, Indireta, Fundações Públicas e Universidades Públicas do Estado.

Há critérios que permitem ou que impedem uma doação de sangue, que são determinados por normas técnicas do Ministério da Saúde, e visam à proteção ao doador e a segurança de quem vai receber o sangue.

Para fazer a doação é necessário:

– Levar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou carteira nacional de habilitação);

– Estar bem de saúde;

– Ter entre 16 (dos 16 até 18 anos incompletos, apenas com consentimento formal dos responsáveis) e 69 anos, 11 meses e 29 dias;

– Pesar mais de 50 Kg;

– Não estar em jejum; evitar apenas alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.

Recomendações para o dia da doação:

– Nunca vá doar sangue em jejum
– Faça um repouso mínimo de 6 horas na noite anterior a doação
– Não tome bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores
– Evite fumar por pelo menos 2 horas antes da doação
– Evite alimentos gordurosos nas 3 horas antes da doação
– As pessoas que exercem profissões como: pilotar avião ou helicóptero, conduzir ônibus ou caminhões de grande porte, sobem em andaimes e praticam pára-quedismo ou mergulho, devem interromper estas atividades por 12 horas antes da doação

Intervalos para doação

– Homens: 60 dias (até 4 doações por ano)

– Mulheres: 90 dias (até 3 doações por ano)

Cuidados pós-doação

– Evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas

– Aumentar a ingestão de líquidos

– Não fumar por cerca de 2 horas

– Evitar bebidas alcóolicas por 12 horas

– Manter o curativo no local da punção por pelo menos de quatro horas

– Não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes, praticar paraquedismo ou mergulho

Quem não pode doar?

– Quem teve diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade
– Mulheres grávidas ou que estejam amamentando
– Pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como AIDS, hepatite, sífilis e doença de chagas
– Usuários de drogas
– Aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativos

Cirurgias e prazos de impedimentos

– Extração dentária: 72 horas

– Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: três meses

– Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem seqüelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses

– Ingestão de bebida alcoólica no dia da doação

– Transfusão de sangue: 1 ano

– Tatuagem: 1 ano

– Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina

Aproveite que domingo, 14 de junho, foi comemorado o Dia Mundial do doador de sangue e doe você também. Confira no link a lista de hemocentros de todo o país (http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=641) ou consulte com a secretaria de saúde do seu município o ponto de coleta mais próximo da sua casa.  Para saber onde doar informe-se pelo Disque-Saúde no número 136 ou confira os hemocentros do Brasil no link.

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Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa

Hoje, 15 de junho, é comemorado o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. A data, instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS), visa sensibilizar a sociedade em prol do combate à violência contra idosos e a disseminação do entendimento da violência como violação aos direitos humanos. O objetivo é garantir o envelhecimento de forma saudável, tranquila e com dignidade.

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No Brasil, a população passa por uma profunda mudança em suas características demográficas, principalmente com o crescimento expressivo das pessoas com mais de 60 anos – em especial do subgrupo de mais de 80 anos. Existem quase 20 milhões de pessoas idosas no país. Isso representa 11% da população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Projeções mostram que em 2050 haverá duas vezes mais idosos do que crianças no Brasil.

A violência contra a pessoa idosa não está relacionada apenas a agressão física. A negligência, por exemplo, foi a principal forma de violência praticada contra os idosos brasileiros nos últimos três anos. Em 2014 representou 76,3% das denúncias recebidas pelo serviço Disque 100 – da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). O descuido é caracterizado pela omissão dos familiares ou instituições responsáveis pelos cuidados básicos para o desenvolvimento físico, emocional e social da população a partir dos 60 anos. A negligência caracteriza-se de diversas formas como: privação de medicamentos, descuido com a higiene e saúde, ausência de proteção contra o frio e o calor.

“Frequentemente a pessoa idosa se cala sobre os abusos físicos que sofre e se isola para que outros não tomem conhecimento desse tipo de violência, prejudicando assim sua saúde mental e a sua qualidade de vida”, explica Maria Cristina Hoffmann, coordenadora de Saúde da Pessoa Idoso, do Ministério da Saúde. Ela conta que as estatísticas mostram que, por ano, cerca de 10% dos idosos brasileiros morrem por homicídio. “A incidência comprovada no mundo inteiro é que de 5% a 10% dos idosos sofrem violência física visível ou invisível e que pode ou não provocar a morte”, afirma Cristina.

Qualquer tipo de violência deve ser denunciada. Para isso, a Secretaria de Direitos Humanos conta com o serviço do Disque 100 para acolher denúncias. Trata-se de um serviço gratuito, que funciona 24 horas por dia. A identidade de quem denuncia é preservada. Denúncias também podem ser feitas pelo portal http://www.disque100.gov.br.

Para se informar e saber como denunciar, saiba quais são as formas de manifestação da violência contra a pessoa idosa:

– Física: Inclui abuso e maus tratos físicos, que constituem a forma de violência mais visível e costumam acontecer por meio de empurrões, beliscões, tapas ou por outros meios mais letais, como agressões com cintos, armas brancas (ex. facas, estilete) e armas de fogo.

– Negligência/ abandono: Negligência é a omissão por familiares ou instituições responsáveis pelos cuidados básicos para o desenvolvimento físico, emocional e social do idoso, tais como privação de medicamentos, descuido com a higiene e saúde, ausência de proteção contra o frio e o calor. O abandono é uma forma extrema de negligência.

– Sexual: É qualquer ação na qual uma pessoa, fazendo uso de poder, força física, coerção, intimidação ou influência psicológica, obriga outra pessoa, de qualquer sexo, a ter, presenciar ou participar, de alguma maneira, de interações sexuais.

– Econômico-financeira e patrimonial: Consiste no usufruto impróprio ou ilegal dos bens dos idosos, e no uso não consentido por eles de seus recursos financeiros e patrimoniais.

– Autoinfligida e autonegligência: Refere-se à conduta da pessoa idosa que ameaça sua própria saúde ou segurança por meio da recusa de prover a si mesma dos cuidados necessários. Nesse caso, não se trata de terceiros que provocam a violência, e sim da própria pessoa idosa.

– Psicológica: Corresponde a qualquer forma de menosprezo, desprezo, preconceito e discriminação, incluindo agressões verbais ou gestuais, com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar a pessoa idosa do convívio social. Pode resultar em tristeza, isolamento, solidão, sofrimento mental e depressão.

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Campanha de vacinação contra HPV tem baixa procura este ano

A vacina contra o HPV é capaz de prevenir 70% dos casos de câncer de colo do útero e está disponível na rede pública de saúde, desde o ano passado, para meninas e adolescentes entre 9 e 13 anos. As com HIV podem se vacinar até os 26 anos. No Dia Nacional da Imunização, lembrado hoje (9), a Sociedade Brasileira de Imunização alerta para a importância da vacinação, e para a queda na procura em 2015 em relação ao ano passado.

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Para a presidenta da entidade, a pediatra Isabella Ballalai, a queda é consequência da interpretação equivocada às reações adversas que 11 adolescentes tiveram em São Paulo, no ano passado, após terem tomado a vacina na primeira fase de imunização. Ela admitiu que havia motivo para as famílias se assustarem, a princípio, mas disse que as reações foram analisadas, e ficou comprovado que não foram efeito da primeira etapa da vacina.

“Nenhuma dessas meninas ficou paralítica, todas estão bem, não houve nenhuma doença neurológica, todos os exames foram feitos, e a conclusão é que foi uma situação de estresse coletivo, uma reação esperada quando se vacina adolescentes”, disse a médica, em entrevista à Agência Brasil.

Ela lembrou que, mesmo com as explicações sobre os efeitos positivos da vacina, o impacto da reação inicial prejudicou a adesão. “Quando o problema foi resolvido, isso não chegou com a mesma intensidade com que chegou para as famílias quando aconteceu [o incidente], e a gente ainda não sabia o que estava acontecendo.”

Isabella indicou ainda um outro fator para a redução na procura. De acordo com ela, no ano passado a primeira etapa foi ao encontro das meninas e adolescentes, com a vacinação sendo realizada nas escolas, diferentemente deste ano, quando elas precisam ir aos postos de saúde para tomar a vacina em quase todos os municípios do país.

“Em outros países, em que a vacinação de adolescentes acontece com sucesso, a vacina vai até o adolescente. Isso [ir aos postos para tomar a vacina] faz diminuir a adesão. A mãe trabalha, o pai trabalha, o adolescente não vai sozinho, sábado é complicado. São vários os motivos da rotina que fazem com que a gente não veja o adolescente indo para um posto de saúde. Vários fatores, somados, fazem com que a gente hoje tenha uma triste realidade, que é uma adesão baixa, de menos de 50% [na primeira dose] das meninas que gostaríamos de vacinar”, afirmou.

A pediatra esclareceu que é preciso manter o esquema de vacinação de três doses. Nas meninas acima de 13 anos, a segunda dose tem que ser dada dois meses após a primeira, e a terceira, quatro meses depois da segunda. Já para as menores de 13 anos, o esquema vacinal é de seis meses entre a primeira e segunda doses, e de 60 meses para a terceira. “Se não tomar o mínimo de doses, e não respeitar o intervalo mínimo entre as doses, não há proteção. Para qualquer vacina, se a pessoa não cumprir o número de doses necessárias, não há proteção.”

A médica lembrou que, se por acaso a adolescente perder o prazo, não precisa começar tudo de novo. “Se alguém esqueceu de tomar, ou atrasou, tem que voltar ao posto ou à clínica e continuar, mas tem que completar, senão, não há proteção”, disse.

As autoridades de saúde também recomendam a vacina para os meninos, mas nesse caso, segundo a médica, a vacinação só está disponível na rede privada. Na avaliação dela, essa é uma escolha de política de saúde pública.

Isabella Ballalai explicou que o HPV é a principal causa de câncer de colo do útero e, no Brasil, ocorrem 15 mil novos casos por ano.

A médica afirma que é prioridade do Ministério da Saúde vacinar as meninas para prevenir o câncer do colo de útero. “Nos meninos, temos o câncer de pênis e, em meninas e meninos, o câncer de ânus e o câncer de boca. Mas, com certeza, o impacto de meninos atingidos não é igual ao do câncer de colo do útero das meninas. Então, o governo tem que ter uma prioridade, e a prioridade são as meninas”, destacou.

Ela lembra ainda que a mulher adulta também pode procurar a vacinação na rede privada. Ela acredita que, mais que os estudos, a prática comprova que a vacina é segura e eficaz.

“Não é uma vacina nova. É uma vacina aplicada desde 2007 na Austrália, e sem evento adverso grave. É o que a gente vê nos Estados Unidos, na Austrália e na Inglaterra, enfim, em todos os países que adotaram a vacina. São mais de 200 milhões de doses aplicadas”, destacou, ao indicar ainda que as autoridades veem um horizonte favorável no combate ao câncer de útero. “A gente já vê resultado concreto e segurança, sim. E a gente vê uma boa perspectiva para daqui a 20 anos poder dizer que o número de mulheres com câncer de útero caiu”, completou.

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Vacinas: parcerias são caminho para inovação

O Brasil se orgulha de ter, em seu Programa Nacional de Imunizações (PNI), uma referência internacional de política pública. Surtos recentes de poliomelite e sarampo, inclusive na Europa e nos EUA, não chegam a afetar os cerca de 200 milhões de brasileiros espalhados pelo país.

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Pouco se fala, entretanto, do papel fundamental do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e de suas parcerias para que essas conquistas se materializassem. E ainda menos do trabalho desenvolvido pela unidade para que novas vitórias sejam alcançadas, muitas delas a partir de novas parcerias.

A luta contra o sarampo no Brasil tem um capítulo ímpar, maior, quando o governo brasileiro começou a apoiar projetos voltados para o desenvolvimento de imunobiológicos visando reduzir a dependência externa no fornecimento da vacina. Por meio de acordo de Cooperação Técnica entre a Universidade de Osaka (Fundação Biken), a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e a Fiocruz, no já longínquo ano de 1980, estabeleceu-se a criação de uma planta de produção da vacina sarampo em Bio-Manguinhos. O projeto foi implementado em quatro anos e o Comitê de Coordenação com o atual presidente do Conselho Político e Estratégico de Bio-Manguinhos, Akira Homma, como chefe. Representando a parte japonesa, estava Konosuke Fukai, professor da Universidade de Osaka. Dezenas de peritos japoneses vieram para colaborar e acelerar o desenvolvimento do projeto. “Fazemos menção específica para o perito Terumassa Otsuka que ficou entre nós, com a família, por três anos, tendo inclusive aprendido português, possibilitando uma boa comunicação com os profissionais da casa”, declarou Akira.

Pelo acordo, cabia ao governo japonês o envio de peritos, a participação técnica do planejamento e montagem dos laboratórios, treinamento dos técnicos brasileiros no Japão, fornecimento de máquinas, equipamentos e insumos para preparo da vacina e participação na avaliação de campo. A equipe liderada por Konosuke Fukai visitou o Brasil de 13 a 22 de julho de 1983, com o propósito de avaliar as realizações da cooperação no período de extensão. No mesmo ano, a demanda do Ministério da Saúde para o PNI era de 15 milhões de doses de vacina sarampo. Cinco lotes experimentais consecutivos foram produzidos com sucesso e aprovados pelo Controle de Qualidade em 1982, avaliados em crianças de 6 a 12 meses, em nove cidades do norte e nordeste. A cooperação permitiu a completa transferência de tecnologia para a produção da vacina contra o sarampo.

Outro marco da saúde pública brasileira é a erradicação da poliomelite. Ela gerou, inclusive, um personagem reconhecido e querido pela população, o “Zé Gotinha”. Foi através de um acordo envolvendo Bio-Manguinhos que essa história se deu. Nos corredores de Bio, não é difícil achar quem diga: “o Zé Gotinha trabalha aqui”. Em 1981, foi firmado um acordo de cooperação técnica entre os governos do Brasil e do Japão, tendo como objetivo a transferência de tecnologia de produção das vacinas contra sarampo (Fundação Biken) e poliomielite (Japan Poliomyelitis Research Institute) para o Instituto. Como parte fundamental do processo, Bio recebeu a colaboração do Departamento de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), para o estabelecimento e a organização do Laboratório de Controle de Qualidade da vacina oral da poliomielite (OPV).

Esse acordo colaborou inclusive com a erradicação dos vírus selvagens da poliomielite nas Américas, um marco notável da saúde pública. A Fiocruz contribuiu de forma decisiva para este resultado com o apoio laboratorial do Centro Nacional de Enteroviroses, do Departamento de Virologia do IOC/Fiocruz, a formulação e o fornecimento da vacina oral por Bio-Manguinhos, o apoio laboratorial e epidemiológico da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e o controle das vacinas pelo Instituto Nacional de Controle da Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz).

Sendo a poliomielite ainda um problema mundial, é importante ressaltar o trabalho realizado pela Fiocruz para a erradicação da doença no Brasil e nas Américas. Ainda mais após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter decretado em meados de 2014 emergência de saúde pública pelos casos da doença na Ásia, África e Oriente Médio. O maior risco de propagação, no Paquistão, Camarões e Síria, fez com que a OMS convocasse as autoridades locais a agir com campanhas de vacinação.

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Ações do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde

Em 1973, foi formulado o Programa Nacional de Imunizações – PNI, por determinação do Ministério da Saúde, com o objetivo de coordenar as ações de imunizações que se caracterizavam, até então, pela descontinuidade, pelo caráter episódico e pela reduzida área de cobertura.

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Consolidando o trabalho realizado nos anos anteriores, foi na década de 1990 que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) passou a trabalhar em articulação com entidades de defesa dos direitos da criança – Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Pastoral da Criança, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização Pan-Americana da Saúde(Opas). Em 1991, foi criado o Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI), que passou a respaldar o PNI técnica e cientificamente.

A década de 1990 foi repleta de marcos importantes para a saúde brasileira e para o PNI. A vacina Bacillus Calmette-Guérin Intra Dérmica (BCG-ID) começou a ser distribuída em grandes maternidades. Na Amazônia Ocidental, implantava-se a vacina contra hepatite B e introduzia-se a imunização contra a febre amarela nas áreas endêmicas. Ainda em 1991, cerca de 42 mil casos de sarampo foram registrados.

Por isso, no ano seguinte, foi instituído o Plano Nacional de Controle e Eliminação de sarampo, tendo como marco a realização da campanha de vacinação indiscriminada do grupo de nove meses a 14 anos de idade. O resultado não podia ser outro: redução de 81% no número de casos. Após este período, a tríplice vital – contra sarampo, caxumba e rubéola – foi introduzida gradualmente no País.

Em 1992, também foi implantado o Plano de Eliminação do Tétano Neonatal, priorizando a vacinação das mulheres em idade fértil, entre 15 e 49 anos, com a vacina dupla adulto (tétano e difteria). No ano seguinte, os povos indígenas que residem em locais isolados no País foram beneficiados pela “Operação Gota”.

Em 1994, ficou estabelecida pela 24ª Conferência Sanitária Pan-Americana a erradicação do sarampo até o ano 2000. Com o intuito de corrigir falhas primárias da vacinação contra a doença, o programa promoveu a primeira de cinco campanhas nacionais contra o sarampo para crianças menores de cinco anos. Dois anos depois, a vacina contra hepatite B passou a ser produzida no Brasil e, em 1998, já era aplicada em crianças com menos de um ano em todos os municípios.

Por conta da redefinição das áreas de risco para febre amarela em 1998, uma imunização massiva aconteceu até 2001. Ao todo, 55,5 milhões de doses foram aplicadas. No último ano da década, as campanhas de vacinação contra a gripe em pessoas com mais de 60 anos também foram marcantes.

Anos 2000

Logo no início do século XXI, o último caso autóctone de sarampo foi confirmado. Em 2001, foi iniciada a campanha contra a rubéola, utilizando a vacina dupla viral. A meta era vacinar 15 milhões de mulheres em idade fértil, visando ao controle da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC). Ainda nesse ano, a vacinação contra febre amarela tornou-se obrigatória em áreas portuárias, aeroportuárias, de terminais e passagens de fronteira.

Em 2003, a vacina combinada tetravalente (DTP + Hib) substituiu as vacina tríplice bacteriana e Hib monovalente. A vacina monovalente sarampo também foi definitivamente trocada pela tríplice viral. Neste mesmo ano, surgiu a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), responsável pelas ações nacionais de vigilância, prevenção e controle de doenças – inclusive pelo gerenciamento do Programa Nacional de Imunizações, no âmbito do Ministério da Saúde.

Os calendários de vacinação da criança, do adolescente e do idoso – com nove imunobiológicos – foram instituídos em 2004. Dois anos depois, a imunização oral de rotavírus humano (VORH) foi introduzida no calendário da criança. Na mesma época, o tétano neonatal deixou de ser problema de saúde pública no País.

O ano de 2008 foi marcado por uma megaoperação contra a rubéola: 67,8 milhões de homens e mulheres com idade entre 20 e 39 anos foram vacinados. A campanha contou com um sistema de informação online que permitiu aos gestores e técnicos monitorarem o avanço das coberturas. Uma comissão foi criada com o intuito de acompanhar a eliminação do sarampo e da rubéola.

A pandemia causada pelo influenza A H1N1, declarada como emergência de saúde pública de importância internacional, resultou em uma campanha nacional de vacinação contra o vírus em 2010. Noventa milhões de doses foram aplicadas em gestantes, crianças, indígenas, trabalhadores de saúde, portadores de doenças crônicas e adultos com idade entre 20 e 39 anos. No mesmo período, a vacina meningocócica C conjugada e pneumocócica 10 valente foi introduzida no calendário de vacinação da criança.

O PNI continua avançando. Em 2012, as vacinas poliomielite inativada (VIP) e penta (DTP+Hib+hepatite B) foram introduzidas no calendário da criança. Já em 2013, foi a vez da tetraviral (tríplice viral + varicela) e da incorporação da vacina varicela, que passou a substituir a segunda dose da vacina tríplice viral para as crianças de 15 meses de idade.

Destaca-se ainda as novas incorporações realizadas em 2014: a vacina hepatite A para crianças de um ano de idade, a vacina dTpa (tétano, difteria e coqueluche acelular) para gestantes e a vacina contra o HPV (papiloma vírus humano), para meninas de 9 a 13 anos, que serão protegidas contra os principais vírus que causam o câncer de colo de útero.

O PNI ainda terá muitos desafios para enfrentar para continuar contribuindo com manutenção da saúde da população brasileira, aprimorando cada vez mais as ações ofertadas pelo Sistema Único de Saúde.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.brasil.gov.br/

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O continente americano é o primeiro a erradicar a rubéola

Prisca Elias, uma garota de quatro anos vestindo um imaculado vestido branco olha para a câmera. É 1974. A seu lado, observando-a, posa também um homem de avental. O seu foi o último caso de varíola registrado em Botsuana. Como essa terrível doença, para a qual não existia cura e que matava um em cada três infectados, era transmitida somente de pessoa para pessoa, a última infectada transformou-se no elo final da cadeia de transmissão. De modo que o Programa de Erradicação da Varíola da Organização Mundial da Saúde (OMS) guarda em seus arquivos a recordação fotográfica de cada um desses casos. Em Bangladesh, em 1976, foi outra garotinha, Rahima Banu. Na Etiópia, em 1976, Amina Salat, um bebê.

Vacinação2

Com Ali Maow Maalin, cozinheiro em um hospital da Somália, a doença se extinguiu em 1978. Foi a última pessoa contaminada pela varíola no mundo. Depois de décadas de luta, a humanidade conseguiu erradicar uma doença infecciosa, a única até o momento. O mundo ficou livre de um mal que, segundo alguns especialistas, causou mais mortes do que todas as outras doenças contagiosas juntas, com 300 milhões de mortos somente no século XX. O esforço de países de todo o mundo, com campanhas massivas de vacinação e medidas de prevenção, conseguiu algo que o continente americano havia realizado alguns anos antes. A OMS declarou a região das Américaslivre da varíola em 1971.

Hoje o continente americano volta a liderar a luta contra as doenças prevenidas por vacinação. Conseguiu um novo marco da saúde pública. Poucas semanas atrás a OMS a declarou a primeira região a eliminar a rubéola. É uma infecção viral contagiosa, geralmente leve, mas que quando contamina mulheres grávidas pode causar a morte do feto ou graves defeitos congênitos como cegueira, surdez e problemas cardíacos. Não são detectados casos endêmicos (sem vir de outros lugares) desde 2009, de maneira que era somente questão de tempo para que a OMS confirmasse oficialmente o sucesso dos países americanos. É o terceiro feito da região, visto que além da varíola em 1971 foi também a primeira região geográfica a eliminar a pólio em 1994. Ainda que essa última doença seja uma recordação remota em boa parte do mundo, ainda deixa centenas de crianças paralíticas em países como o Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

Método modelo

Desirée Pastor, assessora da Organização Pan-americana de Saúde (OPS) em sarampo e rubéola, está convencida de que a região pode ensinar muito as outras áreas do mundo que ainda tentam eliminar doenças que podem ser prevenidas e afetam milhões de pessoas. A extensão das campanhas de vacinação aos lugares mais remotos do continente explica boa parte do sucesso. A vacina combinada contra sarampo, rubéola e caxumba (MMR ou tríplice viral) figura no programa rotineiro de imunização infantil desde os anos oitenta em quase toda a região, e nas campanhas de vacinação desde o final dos anos noventa. Somente em uma década (entre 1998 e 2008) 250 milhões de adolescente e adultos em 32 países foram imunizados em campanhas massivas de vacinação.

“Um fator decisivo tem sido o alto nível de compromisso político de todos os países, nos quais os ministérios da Saúde têm uma função preponderante para liderar as campanhas com orçamento eminentemente nacional”, diz Pastor. As campanhas são planejadas com tempo e recursos, seguindo as diretrizes feitas pela OPS em 1994. E o mais importante: “A vacinação é um bem público, já que é gratuita a toda a população às quais as campanhas são dirigidas”, frisa. O acesso à imunização é fundamental. Deve existir informação, por um lado, e disponibilidade, por outro. Algo que nem sempre acontece em regiões com pouca cobertura sanitária.

Para chegar às populações com acesso limitado aos serviços de saúde regulares, como as periferias urbanas, zonas rurais e fronteiriças e comunidades indígenas, a OPS criou em 2003 a Semana de Vacinação das Américas. A iniciativa partiu do pedido dos ministros da Saúde da região Andina, depois de um surto de sarampo na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia em 2002. Desde então, todos os anos, entre abril e maio, essa iniciativa, que é vivenciada como uma festa, informa e vacina centenas de milhares de pessoas. Mais de 519 milhões de crianças e adultos foram imunizados contra a tuberculose, a hepatite A e B, o tétano, a poliomielite, o sarampo, a difteria e a rubéola desde sua criação, segundo dados da OPS. O slogan da última semana, realizada no começo de junho, foi “Reforce seu poder! Vacine-se!”.

Susan Reef, epidemiologista do CDC (Centro para o Controle e a Prevenção de Doenças, na sigla em inglês) norte-americano e especialista em imunizações, destaca os pontos vitais que acredita que deveriam ser copiados em outras regiões: “o compromisso político e financeiro de todos os países e serem capazes de mostrar às comunidades a importância da vacinação”. Mas ainda existem muitos lugares no mundo nos quais sistemas de saúde frágeis, e até mesmo Governos frágeis, impedem a criação das estratégias adequadas. Estimativas apontam que mais de 100.000 crianças no mundo ainda nascem com as sequelas da síndrome de rubéola congênita, acrescenta a especialista.

Falta de reconhecimento

“Em alguns países a rubéola e a síndrome de rubéola congênita não são reconhecidas como problemas de saúde pública”, diz Reef. E acrescenta outras dificuldades existentes: “O custo de acrescentar essa vacina aos programas nacionais de imunização e que existam outros problemas de saúde mais urgentes”. E isso apesar dos baixos preços conseguidos pela Unicef: a vacina de sarampo e rubéola custa 1,80 real, a tríplice viral oscila entre 3,40 e 10,25 reais por dose, dependendo do laboratório que a produz, a cepa de caxumba utilizada e o número de doses por ampola, diz a epidemiologista norte-americana.

Os programas de vacinação são financiados pelos próprios países das Américas, destaca Desirée Pastor, ainda que existam doadores como o CDC, a Unicef, a United Nations Fund que destinam fundos e “complementam os esforços nacionais”. É preciso financiar não só as campanhas de vacinação, mas também a vigilância epidemiológica (compra de reativos e sistemas informáticos para vigiar o sarampo, a rubéola e a pólio) e os materiais educativos, as publicações, etc. Além disso, em 1978 os ministros da Saúde da região acertaram a compra das vacinas através de um mecanismo chamado Fundo Rotatório. Ao aproveitar a “economia de escala” obtém-se “os preços mais baixos do mercado com fornecimento oportuno e sistemático a todos os países da região”, afirma a assessora da OPS.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://brasil.elpais.com/

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