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OMS pede restrições a cigarro eletrônico, temendo efeito em crianças

A OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um relatório alertando para o perigo que o produto pode representar para crianças e adolescentes e, por isso, sugere um controle maior na comercialização do dispositivo até que se tenha a certeza de seus possíveis efeitos.

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O cigarro eletrônico já pode ser visto em terras brasileiras – a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proíbe a venda e a importação do produto, mas não o uso, a não ser em locais fechados onde a lei impede o fumo – e tem se tornado uma alternativa comum aos fumantes que tentam se livrar dos malefícios advindos do vício do cigarro.

O dispositivo eletrônico oferece pequenas doses de nicotina, mas sai na frente do cigarro comum por não ter a queima do fumo (que inclui substâncias cancerígenas provenientes do tabaco).

A OMS, porém, considera que, apesar do aparente “benefício” para os fumantes, o cigarro eletrônico pode representar uma ameaça para adolescentes e mulheres grávidas (podendo prejudicar o crescimento do feto). A OMS adverte que o vapor do dispositivo eletrônico exala algumas substâncias tóxicas e nicotina no ar e que não há evidências de que ele ajude os fumantes a largar o vício.

Por isso, a Organização pede que o uso desse tipo de dispositivo seja proibido em lugares fechados “até que se prove que o vapor que sai deles não é prejudicial para outras pessoas” e que a venda para crianças ou menores de idade também seja suspensa.

Para os ativistas que defendem o uso do cigarro eletrônico, no entanto, as restrições precisam ser “proporcionais”.

Relatório

O relatório da OMS atenta para o potencial do cigarro eletrônico em supostamente desencadear o aumento do uso de cigarros por crianças. Especialistas em saúde pedem a proibição das propagandas com esse dispositivo que podem motivar crianças e não-fumantes a usar o produto.

Eles alegam que as essências usadas no cigarro eletrônico com sabores doces, de frutas ou bebidas alcoólicas também deveriam ser banidas, já que elas tornam o produto ainda mais atrativo para adolescentes e não-fumantes.

Além disso, a OMS pede que a exposição de cigarros eletrônicos em máquinas de venda automática também sofra restrições.

De acordo com a Organização, enquanto esses dispositivos parecem menos prejudiciais do que os cigarros tradicionais, eles podem representar ameaças para adolescentes e fetos de mulheres grávidas que usam esse tipo de produto.

Mas alguns pesquisadores sugerem que restrições mais duras podem impedir que os fumantes tenham acesso a um produto potencialmente menos prejudicial que o cigarro comum.

“Sempre dissemos que, considerando que a nicotina causa vício, a idade mínima da lei (18 anos) deveria ser aplicada também para os cigarros eletrônicos”, afirma um porta-voz de uma empresa britânica de tabaco. “No entanto, se fortes regulações restritivas servirem de obstáculo para a inovação ou o uso adulto, isso poderá inibir o surgimento de novos produtos – e isso só pode ser algo ruim para a saúde pública.”

Restrições proporcionais

Hazel Cheesman, representante da entidade britânica Ação em Fumo e Saúde, diz que não há provas de qualquer dano a fumantes passivos do cigarro eletrônico e argumenta que a restrição a ele, se acontecer, deveria ser proporcional.

“Fumar mata 100 mil pessoas só no Reino Unido. Todos ou boa parte dos fumantes que trocam o cigarro comum pelo cigarro eletrônico estão mais suscetíveis a reduzir os riscos para a saúde”, afirma.

“Apesar de não podermos estar certos de que cigarros eletrônicos são completamente seguros, como reconhece a OMS, eles são consideravelmente menos prejudiciais do que o fumo do tabaco e pesquisas sugerem que eles estão ajudando fumantes a parar”, completa Cheesman.

Uma convenção internacional para discutir o controle do tabaco acontecerá em outubro, com possíveis novas orientações globais sobre o cigarro eletrônico.

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site:  http://www.bbc.co.uk/

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Tabagismo está ligado a mais de 200 mil mortes por ano

Infarto, câncer, trombose, bronquite, enfisema pulmonar são alguns dos problemas associados ao cigarro.

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Sexta-feira (29/08) acontece o Dia Nacional de Combate ao Fumo. HCor oferece programa de tratamento com médicos e psicólogas, além de realizar campanhas preventivas

O tabagismo está associado a mais de 200 mil mortes por ano, o equivalente a 23 pessoas por hora, segundo dados recentes do Ministério da Saúde. “O cigarro pode causar problemas como infarto agudo do miocárdio, derrame, trombose, bronquite, enfisema, além de câncer no pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo do útero, entre outras regiões do corpo”, enumera a psicóloga Silvia Cury, coordenadora do Programa de Controle do Fumo do Hospital do Coração (HCor). Para conscientizar a população sobre esses riscos, acontece na próxima sexta-feira (29/08) o Dia Nacional de Combate ao Fumo.

“Embora o cigarro tenha sido bastante combatido nos últimos anos, ele ainda está entre as principais causas de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs)”, afirma a psicóloga. Essas doenças passaram a liderar o ranking mundial de mortes desde o início do século XXI, quando superou a mortalidade das doenças infectocontagiosas. “Por isso, podemos afirmar que o tabagismo contribui ativamente com a taxa de mortalidade gerada em função do problema que abrange também hipertensão, diabetes, obesidade e câncer de diferentes tipos”, explica Cury.

Além das doenças citadas, o tabagismo também está associado a outros problemas, como impotência sexual, complicações na gravidez, aneurismas arteriais, úlcera do aparelho digestivo e infecções respiratórias das mais diversas. Apesar disso, o combate ao cigarro enfrenta muitos obstáculos, como o próprio incentivo por fatores socioculturais. “O tabagista geralmente tem um perfil permeado por ansiedade, depressão, estresse, emoções negativas e positivas. Por isso, é importante junto ao tratamento medicamentoso associar o acompanhamento psicológico”, explica a psicóloga.

Tratamento
O HCor administra um Programa de Controle do Fumo, no qual uma equipe de psicólogas e médicos de diferentes especialidades prestam auxílio aos dependentes de nicotina por meio de um tratamento com nove sessões de duração. Neste processo, os fumantes são medicados, de acordo com a suas respectivas necessidades, e são acompanhados por terapia psicológica, cujo objetivo é tratar a dependência física e psicológica do cigarro.

“Paralelamente, apoiamos ações preventivas em escolas, a partir da 8.ª série, com o objetivo de alertar para os perigos trazidos pelo cigarro”, diz Silvia. “Embora a dependência de nicotina possa ser tratada, a maior arma contra o fumo ainda é evitá-lo”, conclui a psicóloga do HCor.

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Governo regulamenta Lei que proíbe Fumar em locais fechados e de uso coletivo

No último dia 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco, o Ministério da Saúde anunciou a regulamentação da Lei Federal de dezembro de 2011 que proíbe fumar em locais fechados e de uso coletivo em todo território nacional. Decreto da presidente da República, Dilma Rousseff, que estabelece ambientes fechados de uso coletivo 100% livres de tabaco foi publicado hoje, 2 de junho, no Diário Oficial da União. O objetivo é proteger a população do fumo passivo e contribuir para diminuição do tabagismo entre os brasileiros. A norma entrará em vigor em 180 dias.

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Outra obrigatoriedade prevista é o aumento dos espaços para os avisos sobre os danos causados pelo tabaco, que deverão aparecer em 100% da face posterior das embalagens e de uma de suas laterais. A partir de 2016, deverá ser incluído ainda texto de advertência adicional em 30% da parte frontal dos maços dos cigarros.

“A regulamentação da lei é um grande avanço para o Brasil. É fundamental para que o País possa continuar enfrentando o tabagismo como um grave problema de saúde pública e um desafio para que toda a sociedade possa viver de forma mais saudável. A regulamentação é um compromisso com a saúde do povo brasileiro”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

De acordo com a nova regra, está proibido o consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos e outros produtos fumígenos em locais de uso coletivo, públicos ou privados, como hall e corredores de condomínio, restaurantes e clubes, mesmo que o ambiente esteja só parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou até toldo. Os narguilés também estão vetados.

A norma também extingue os fumódromos e acaba com a possibilidade de propaganda comercial de cigarros até mesmo nos pontos de venda, permitindo somente a exposição dos produtos, acompanhada por mensagens sobre os malefícios provocados pelo fumo. A legislação anterior permitia as propagandas no display.

“Estamos desenvolvendo um conjunto de medidas que buscam a diminuição do impacto do tabaco na vida das pessoas com a associação de três medidas. A primeira delas é o aumento do preço a partir a edição de lei em 2011, que já é um consenso internacional, a proibição da propaganda e o impedimento do fumo em locais coletivos fechados”, disse o ministro.

A lei não restringe o uso do cigarro em vias públicas, nas residências ou em áreas ao ar livre. No caso de bares e restaurantes, em mesas na calçada, o cigarro será permitido, desde que a área seja aberta e haja algum tipo de barreira, como janelas fechadas ou parede, que impeça a fumaça de entrar no estabelecimento.
Os fumantes não serão alvo de fiscalização. São os estabelecimentos comerciais os responsáveis por garantir o ambiente livre do tabaco. Eles precisam orientar seus clientes sobre a lei e pedir para que não fumem, podendo chamar a polícia quando o cliente se recusar a apagar o cigarro.

Em casos de desrespeito à lei, o estabelecimento pode receber advertência, multa, ser interditado e ter a autorização cancelada para funcionamento, com o alvará de licenciamento suspenso. As multas variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, dependendo da natureza da infração, que pode ser leve, grave ou gravíssima, ou de reincidências. As vigilâncias sanitárias dos estados e municípios ficarão encarregadas de fiscalizar o cumprimento da legislação.

Onde não pode fumar (ambientes de uso coletivo):
Interior de bares, boates, restaurantes, lanchonetes, escolas, universidades, museus, bibliotecas, espaços de exposições, áreas comuns de condomínios, casas de espetáculo, teatros, cinemas, hotéis, pousadas, casas de shows, açougues, padarias, farmácias e drogarias, supermercados, shoppings, praças de alimentação, centros comerciais, bancos e similares, em ambientes de trabalho, estudo, de cultura, de culto religioso, de lazer, de esporte ou entretenimento, repartições públicas, instituições de saúde, hospitais, veículos públicos ou privados de transporte coletivo, viaturas oficiais e táxis.

Onde pode fumar:
Em casa, em áreas ao ar livre, parques, praças, estádios de futebol (somente em áreas abertas), vias públicas, nas tabacarias e em cultos religiosos, caso isso faça parte do ritual, em estúdios e locais de filmagem quando necessário à produção da obra, em locais destinados à pesquisa e desenvolvimento de produtos fumígenos, e em instituições de tratamento de saúde que tenham pacientes autorizados a fumar pelo médico que os assista. Nesses casos, é necessário adotar condições de isolamento, ventilação e exaustão do ar, bem como outras medidas de proteção dos trabalhadores ao fumo.

ANTES DA REGULAMENTAÇÃO
Não havia definição sobre o que poderia ser considerado local coletivo fechado, onde é proibido fumar.
Permitia áreas para fumantes ou fumódromos em ambientes fechados, públicos ou privados.
Não estabelecia condições para comercialização.
Eram permitidas propagandas comerciais de produtos fumígenos no display.
Não fazia referência a situações de exceção com relação a cultos religiosos, locais de venda, em tratamentos de saúde, produções artísticas e pesquisa.
Estabelecia que as embalagens deveriam conter advertências, especificando como local uma das laterais dos maços, carteiras ou pacotes.

DEPOIS DA REGULAMENTAÇÃO
O fumo é proibido em locais fechados de uso coletivo, mesmo que total ou parcialmente fechado em qualquer de seus lados, por uma parede, divisória, teto, toldo ou telhado.
O fumo, em qualquer circunstância, está proibido em local coletivo fechado, abolindo áreas para fumantes ou fumódromos.
Os produtos devem ficar expostos no interior do estabelecimento comercial e 20% do mostruário visível ao público devem ser ocupados por mensagens de advertências sobre os males do fumo, a proibição da venda a menores de 18 anos, e a tabela de preços.
Fica proibida a propaganda comercial de produtos fumígenos em todo o território nacional. Será permitido apenas a exposição dos produtos nos locais de vendas.
O fumo em lugares fechados é permitido em cinco situações, desde que adotadas condições de isolamento, ventilação e exaustão do ar, além de medidas de proteção ao trabalhador exposto:
– Em cultos religiosos caso faça parte do ritual;
– Em tabacarias sinalizadas;
– Em estúdios e locais de filmagem quando necessário à produção da obra;
– Em locais destinados à pesquisa e desenvolvimento de produtos fumígenos;
– Instituições de tratamento de saúde que tenham pacientes autorizados a fumar pelo médico que os assista.

As embalagens devem ter mensagens de advertência em 100% da face posterior das embalagens e de uma de suas laterais. E a partir de 2016, será incluído texto de advertência adicional sobre os malefícios do fumo em 30% da parte frontal das embalagens.(Ministério da Saúde)

Informações parciais. Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.inca.gov.br/

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Políticas Públicas de Combate ao Fumo são elogiadas por Especialistas

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Com o Dia Nacional de Combate ao Fumo, sexta-feira (29), médicos e especialistas na área elogiaram as políticas públicas implementadas que, nos últimos 20 anos, contribuíram para uma queda de cerca de 50% no número de fumantes no país. Para o diretor da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Ademir Lopes Júnior, a criação de ações complementares e interligadas permitiu a diminuição.

“Restringiram a propaganda do cigarro, houve um aumento de disponibilidade de tratamento para quem quisesse parar de fumar e restringiram o número de locais onde as pessoas podem fumar”, destacou o médico à Agência Brasil.

De acordo com o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro, a Lei 12.546, de 2012, que proíbe o fumo em local coletivo fechado, privado ou público, não diminuiu a clientela. A percepção desses estabelecimentos, segundo o sindicato, é que a adesão e o entendimento da sociedade sobre o assunto é cada vez maior e que os clientes fumantes já assimilaram a legislação em vigor, retirando-se para local aberto na hora de fumar.

O médico de família também citou as ações do governo, dentro da política antitabagismo, que vem trabalhando com os pequenos produtores de fumo, incentivando-os a parar com a cultivo e começar outros tipos de produção, inclusive com incentivo financeiro.

O epidemiologista do Instituto Nacional do Câncer (Inca), André Szklo, ressaltou que, embora cada uma das políticas tenha tido sua contribuição na redução de fumantes, a iniciativa de maior impacto foi a de aumento de impostos nos derivados do tabaco e de fixação de preço mínimo do cigarro. “Metade da queda que ocorreu pode ser explicada somente pela política do aumento dos impostos”, comentou ele.

Szklo acrescentou que “o aumento do preço do cigarro tem grande impacto na iniciação, inibe a iniciação por parte de uma pessoa jovem, que ainda não tem o mesmo poder aquisitivo de um adulto”.

O diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Daniel Kitner, também elogiou as políticas de combate ao tabagismo, mas criticou a falta de ações específicas para os idosos. “Hoje o idoso é incluído no grande grupo dos adultos e as orientações vêm para o idoso no mesmo modelo que vão para o indivíduo mais jovem. Mas sabemos que, depois dos 50 anos, a dependência à nicotina fica mais intensa do que no indivíduo mais jovem”.

Kitner ressaltou que os idosos começaram a fumar “com idades mais precoces e acumulam uma carga de pré-disposição ao tabaco mais intensa”. Para o médico, campanhas voltadas a eles contribuiriam para romper com a crença, por grande parte dos idosos, que parar de fumar em idade avançada já não causa benefícios após décadas de fumo acumulado.

“Já temos dados bem seguros da literatura científica provando que a qualquer momento em que o indivíduo abandone o tabagismo terá benefícios, como melhora de qualidade de vida, de performance respiratória e anos depois, o risco de câncer de pulmão começa a reduzir mais, assim como o risco das doenças cardiovasculares”, enumerou o médico.

A patologista da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Thais Mauad, enfatizou que nunca é tarde para deixar de fumar. “Parar de fumar é a medida mais importante para melhorar a qualidade de vida e até prolongá-la, mesmo em pacientes mais velhos, parar de fumar traz benefícios à saúde. Entre aqueles que pararam aos 60 anos, observou-se um ganho [de vida] de até dois anos em homens e três anos em mulheres”, disse ela.

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Descoberta traz avanços no controle da asma

A asma é uma doença inflamatória crônica que ataca o sistema respiratório, resultando na obstrução ou, até mesmo, na interrupção do fluxo de ar. A grande maioria das pessoas com o mal pode controlá-lo com o uso de anti-inflamatórios e broncodilatadores, geralmente ministrados com a conhecida bombinha de ar. No entanto, uma porcentagem pequena desses indivíduos, cerca de 5%, não alcança um benefício expressivo com o tratamento, mesmo quando aplicado regularmente. Esse grupo é aquele diagnosticado com a forma mais grave da doença e passa por crises diárias de falta de ar, que, em alguns casos, podem levar à morte. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) se debruçaram por mais de 10 anos em casos clínicos da doença para desvendar as causas da ineficácia das atuais e mais avançadas terapias nesses pacientes para chegar a uma possível alternativa de tratamento.

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O extenso trabalho de pesquisa clínica, realizado pelas equipes do pneumologista Rafael Stelmach e da patologista Thais Mauad, da Faculdade de Medicina da USP, mostra que a estrutura de todo o sistema respiratório dessas pessoas se encontra alterada. As vias aéreas, os alvéolos pulmonares e as bolsas microscópicas, que compõem o sistema respiratório, são mais enrijecidas e espessas que o normal. Essas alterações seriam consequência de inflamações persistentes, ocorridas provavelmente ainda na infância.

Thais Mauad estuda, desde 1998, amostras de tecido pulmonar extraídas de pacientes que faleceram por decorrência da asma. No início, pouco era conhecido sobre quais compartimentos pulmonares eram afetados ao ponto de levar o doente à morte — imaginava-se que era uma doença das grandes vias aéreas. As longas análises, contudo, mostraram que o mal se estende até as pequenas vias aéreas e revelaram um remodelamento pulmonar. Esse processo é responsável por alterar algumas proteínas que estão no pulmão e formam o arcabouço pulmonar. “Normalmente, dentro de uma via aérea, você tem uma composição de fibras elásticas responsáveis por trazer o pulmão ao estágio inicial após a expiração. Conseguimos mostrar que existe uma ruptura dessas fibras no paciente com asma”, descreve Mauad. Esses foram os primeiros achados de sua equipe.

Músculos

Ela relata que foi descoberta ainda uma soma de fatores estruturais que levam alguns pacientes a ter o tipo grave do mal. “Eles têm alterações estruturais importantes, e uma das principais, que tem sido foco de estudos nossos e de pessoas fora do Brasil, está no músculo que envolve a via aérea pulmonar”, detalha. Para chegar a esse ponto da pesquisa, Mauad uniu-se a Rafael Stelmach, que, em 2006, já começava seu estudo clínico. A equipe do pneumologista realizou uma coleta de dados por cerca de três anos e contou, ao final da avaliação clínica, com 55 voluntários que tinham como característica principal a dificuldade de controlar crises com a medicação tradicional. Ele também analisou detalhes importantes desses pacientes, como o tempo de doença, o grau de alergia, a capacidade respiratória e o nível de inflamação no sistema respiratório.

A hipótese de Stelmach era de que se fosse o usado o melhor tratamento em seu nível mais intenso, dois terços dos pacientes graves conseguiriam manter a doença sobre controle. A surpresa foi encontrar o resultado exatamente oposto. “Na verdade aconteceu o contrário. Um terço ficou controlado e os dois terços não. Houve uma inversão da hipótese. E um controle borderline, isto é, muito próximo do não controle”, relata Stelmach. Ele comparou então as características coletadas inicialmente e encontraram uma diferença pouco expressiva entre os dois grupos. De 30% a 35% dos pacientes que não haviam melhorado continuavam a apresentar uma capacidade respiratória muito inferior à de quem havia reagido à terapia como o esperado.

Com esse resultado, a equipe de pesquisadores partiu para uma outra fase do estudo: descobrir as causas para a ausência desse controle. Foi feita uma série de exames e a biópsia dos brônquios de todos os participantes, realizada por Mauad. “Aqueles que possuem mais músculo na via aérea são os que têm a doença mais grave, no sentido de que terem muita dificuldade de retornar ao estado de relaxamento dos músculos para a respiração”, explica a pesquisadora.

Esse fator corresponde a 30% dos pacientes identificados antes e caracterizados por uma obstrução fixa. “Foi encontrado que os músculos, os canais que conduzem o ar dentro dos pulmões, estão mais espessados, engrossados. Mostrando um componente de um músculo mais doente”, acrescenta Stelmach. Posteriormente, os cientistas observaram que esse grupo também tem algumas proteínas de enrijecimento, como o colágeno. “Há um endurecimento real na maior parcela desses pacientes que tem a obstrução.”

Futuro

A descoberta pode ajudar no desenvolvimento de uma terapia alternativa que possa atender a esses pacientes. Segundo Stelmach, já existem algumas possibilidades nessa direção. Medicamentos usados hoje para outras condições pulmonares podem tratar no futuro os indivíduos com a asma acompanhada de enrijecimento muscular. Atualmente, apenas o omalizumabe trata o tipo grave da doença, mas sem distinção da estrutura pulmonar. “Pacientes que são fumantes têm uma grande destruição do pulmão e um endurecimento importante dos brônquios, inclusive com características de músculos mais enrijecidos. Eles têm um tratamento exclusivo, voltado para doença pulmonar obstrutiva crônica, que une a bronquite e a enfisema. Pode haver uma expansão disso aos asmáticos graves no futuro”, acredita o pneumologista.

Outra opção mais moderna para solucionar o problema seria com o uso de um endoscópio pulmonar, instrumento que chega aos brônquios mais “musculosos” e emite vibrações de calor. Com isso, ele derrete um pouco do tecido, por meio de um processo chamado de termoplastia brônquica. “Para esses pacientes específicos com asma grave e um espessamento do tecido muscular podemos pensar em algumas soluções mais específicas. É um caminho para o tratamento moderno, mas ainda temos dúvidas, por estarmos em investigação.”

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Tuberculose afeta um milhão de crianças por ano

Quase um milhão de menores de 15 anos desenvolvem tuberculose a cada ano no mundo, duas vezes mais do que se pensava até agora, segundo um estudo publicado pela revista médica britânica “The Lancet”, por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose.

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Cientistas americanos calculam que pelo menos 999.800 menores de idade são afetados a cada ano pela tuberculose.

Deles, 32 mil desenvolvem uma tuberculose multirresistente (TB-MR) aos medicamentos.

“Nossas estimativas são duas vezes maiores que as da da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2011 e três vezes a mais que o número de casos notificados entre crianças a cada ano”, disse Ted Cohen, um dos coautores do documento, professor na Harvard School of Public Health de Boston.

Segundo os dados mais recentes da OMS, 530 mil menores de idade contraíram tuberculose em 2012.

Esta é a primeira vez que os especialistas avaliam o número de casos de tuberculose multirresistente (TB-MR) em menores de 15 anos, que representam 25% da população mundial.

A TB-MR é uma forma de tuberculose provocada por um bacilo que resiste à Isoniaziada e à Rifampicina, os dois medicamentes mais eficazes para combater a doença pulmonar.

Segundo o estudo, a Ásia meridional e oriental é a região mais afetada pelo fenômeno, com 400 mil casos a cada ano, sendo 10 mil de TB-MR, à frente da África (280 mil casos anuais, sendo 4,7 mil de TB-MR).

Os cientistas destacam a necessidade de melhorar os métodos de diagnóstico nas crianças e, em particular, nos menores de cinco anos que correm mais riscos de desenvolver formas severas de tuberculose.

De acordo com a OMS, 450 mil pessoas desenvolveram TB-MR no mundo e 170 mil morreram em 2012, mas apenas 20% receberam tratamento adequado, o que favorece a propagação da doença.

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Mais de 500 pessoas morrem diariamente por causa do tabagismo

Ontem, (29) foi comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o fumo é uma das principais causas de morte evitável no mundo.  No Brasil, 552 pessoas morrem todos os dias por doenças ligadas ao tabagismo.

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O cardiologista Marcel Coloma, da Socerj (Sociedade de cardiologia do Rio de Janeiro),  explica que o cigarro provoca lesão direta na paraede dos vasos, que podem entupir, aumentando a probabilidade de infarto do coração e consequentemente a morte.

— Quem fuma aumenta em dez vezes o risco de morte súbita em relação ao não fumante. Além disso, o tabagismo aumenta o colesterol total, o colesterol “ruim” (LDL) e os triglicerídeos, além de reduzir o colesterol “bom” (HDL).

A parcela da população brasileira acima de 18 anos que fuma caiu 20% nos últimos seis anos, de acordo com a pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) feito pelo ministério da saúde. Atualmente 12% da população brasileira fuma, enquanto que em 2006 o índice era de 15%.

A bancaria Andrea Silva, de 36 anos, fumou 12 anos e há seis anos deixou de fumar por conta de uma promessa, mas admite que até hoje sente falta do cigarro.

— Minha filha estava doente e eu prometi que iria parar de fumar. Até hoje não coloquei nenhum cigarro na boca, mas é muito difícil. No começo eu até parei de tomar café para evitar a vontade e comia muito chocolate, mas hoje eu sei que é o melhor para a minha saúde.

O governo brasileiro tomou algumas atitudes para diminuir o consumo do cigarro, como o aumento do produto, a restrição do fumo em ambientes fechados e a proibição de propagandas.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabeleceu que a partir do dia 14 de setembro deste ano, será proibida a produção do produto com sabor ou aroma – cigarros com sabores de mentol, cravo, canela, chocolate, baunilia, morango e conhaque deverão sair do mercado.

Para o cardiologista, a retirada destes cigarros do mercado facilitará que o jovem não comece a fumar.

—  O gosto do cigarro puro é muito ruim. A fim de atrair os fumantes, especialmente os jovens que estão iniciando a prática de fumar, a indústria do tabaco acrescenta os chamados aditivos que melhoram  o gosto do produto e consequentemente estimulam o consumo.

Narguilé

A campanha do Dia do Combate ao Fumo de 2013 tem como objetivo informar jovens e adultos dos riscos de fumar narguilé — cachimbo de origem oriental que vem se popularizando no Brasil e no mundo.

De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), embora o narguilé tenha um filho d’ água, o que pode dar a impressão de ser menos agressivo que outros produtos de tabaco, ele pode causar a longo prazo câncer de pulmão, boca, bexiga e doenças respiratórias.

O cardiologista aponta que apesar do narguilé ser uma atividade muito atrativa para jovens, ele é tão perigoso quanto o cigarro

—  Os adeptos do narguilé, ao compartilhar o fumo durante uma hora, estão expostos aos problemas causados por mais ou menos o equivalente a 100 cigarros, o que pode representar até 10 litros de fumaça consumidos.

Além das possíveis doenças vindas do tabaco, o narguilé compartilhado entre outros usuários, pode transmitir herpes, hepatite C, tuberculose e outras doenças de boca.

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Especialistas elogiam políticas públicas de combate ao fumo

No Dia Nacional de Combate ao Fumo, ontem (29), médicos e especialistas na área elogiaram as políticas públicas implementadas que, nos últimos 20 anos, contribuíram para uma queda de cerca de 50% no número de fumantes no país. Para o diretor da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Ademir Lopes Júnior, a criação de ações complementares e interligadas permitiu a diminuição.

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“Restringiram a propaganda do cigarro, houve um aumento de disponibilidade de tratamento para quem quisesse parar de fumar e restringiram o número de locais onde as pessoas podem fumar”, destacou o médico ao site da Agência Brasil.

De acordo com o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro, a Lei 12.546, de 2012, que proíbe o fumo em local coletivo fechado, privado ou público, não diminuiu a clientela. A percepção desses estabelecimentos, segundo o sindicato, é que a adesão e o entendimento da sociedade sobre o assunto é cada vez maior e que os clientes fumantes já assimilaram a legislação em vigor, retirando-se para local aberto na hora de fumar.

O médico de família também citou as ações do governo, dentro da política antitabagismo, que vem trabalhando com os pequenos produtores de fumo, incentivando-os a parar com a cultivo e começar outros tipos de produção, inclusive com incentivo financeiro.

O epidemiologista do Instituto Nacional do Câncer (Inca), André Szklo, ressaltou que, embora cada uma das políticas tenha tido sua contribuição na redução de fumantes, a iniciativa de maior impacto foi a de aumento de impostos nos derivados do tabaco e de fixação de preço mínimo do cigarro. “Metade da queda que ocorreu pode ser explicada somente pela política do aumento dos impostos”, comentou ele.

Szklo acrescentou que “o aumento do preço do cigarro tem grande impacto na iniciação, inibe a iniciação por parte de uma pessoa jovem, que ainda não tem o mesmo poder aquisitivo de um adulto”.

O diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Daniel Kitner, também elogiou as políticas de combate ao tabagismo, mas criticou a falta de ações específicas para os idosos. “Hoje o idoso é incluído no grande grupo dos adultos e as orientações vêm para o idoso no mesmo modelo que vão para o indivíduo mais jovem. Mas sabemos que, depois dos 50 anos, a dependência à nicotina fica mais intensa do que no indivíduo mais jovem”.

Kitner ressaltou que os idosos começaram a fumar “com idades mais precoces e acumulam uma carga de pré-disposição ao tabaco mais intensa”. Para o médico, campanhas voltadas a eles contribuiriam para romper com a crença, por grande parte dos idosos, que parar de fumar em idade avançada já não causa benefícios após décadas de fumo acumulado.

“Já temos dados bem seguros da literatura científica provando que a qualquer momento em que o indivíduo abandone o tabagismo terá benefícios, como melhora de qualidade de vida, de performance respiratória e anos depois, o risco de câncer de pulmão começa a reduzir mais, assim como o risco das doenças cardiovasculares”, enumerou o médico.

A patologista da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Thais Mauad, enfatizou que nunca é tarde para deixar de fumar. “Parar de fumar é a medida mais importante para melhorar a qualidade de vida e até prolongá-la, mesmo em pacientes mais velhos, parar de fumar traz benefícios à saúde. Entre aqueles que pararam aos 60 anos, observou-se um ganho [de vida] de até dois anos em homens e três anos em mulheres”, disse ela.

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Dicas para Prevenir Crises de Asma

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